Formação de Língua Portuguesa
Por: azevedo13234 • 28/8/2017 • Trabalho acadêmico • 1.696 Palavras (7 Páginas) • 273 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE LETRAS
ELCIA VIANA DOS SANTOS GUIMARÃES
LUCIANA CANDIDA AZEVEDO
MILENA FERNANDES GUIMARÃES
SIMONE MACHADO ATAIDE
NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA
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NIQUELÂNDIA
2014
ELCIA VIANA DOS SANTOS GUIMARÃES
LUCIANA CANDIDA AZEVEDO
MILENA FERNANDES GUIMARÃES
SIMONE MACHADO ATAIDE
NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA
Trabalho apresentado ao Curso de Letras da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Leitura e Produção de Texto em Língua Portuguesa l; Língua Portuguesa: Conceitos Gerais; Teoria da Literatura; Lingua Latina e Métodos e Técnicas de Pesquisa Seminario de Praticas lll.
Orientadores: Ana Paula Silveira; Celso Pagnan; Rosemari Calzavara; Eliza Nantes.
3º Semestre - Turma: “A”
Unidade: NIQUELÂNDIA – CENTRO – GO
NIQUELÂNDIA
2014
1. INTRODUÇÃO
A vida das pessoas está intimamente associada ao processo de comunicação que acompanha sua própria evolução. “A linguagem é um método puramente humano” (LYONS, 1987, p.3), considerando o homem um ser que fala e a palavra a senha de entrada no mundo humano, lancemos um breve olhar sobre o passado da nossa língua. A Língua Portuguesa é uma das línguas mais faladas no mundo, segundo a Unesco, cerca de 10 milhões de indivíduos a utilizam como língua materna. É a língua oficial do Brasil, Portugual, alguns países africanos, grupos na Ásia, São Tomé e Príncipe.
A origem da Língua Portuguesa está ligada ao latim vulgar – língua falada pelo povo romano, que se situava no pequeno estado da Península Itálica, o Lácio. Por volta do século III a.C., os romanos ocuparam a Península Ibérica através de conquistas militares e impuseram aos vencidos seus hábitos e, principalmente, sua língua. Assim, entre transformações políticas – históricas – geográficas e a mistura de diferentes línguas e dialetos, surge a Língua Portuguesa.
Ao Brasil, a Língua Portuguesa foi trazida no século XVI, através do “descobrimento”. O Português era imposto às línguas nativas que havia aqui, como língua oficial. A implantação da Língua Portuguesa no Brasil é marcada por quatro períodos significativos, segundo Teyssier (2004): O primeiro vai da colonização até a saída dos holandeses do Brasil em 1954; o segundo começa em 1654 a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808; já o terceiro, finda com a Independência do Brasil em 1822. Por fim, o quarto momento se inicia 1826, com a transformação da Língua do Colonizador em Língua da Nação Brasileira. Com a influência do Romantismo no início do ségulo XIX, a língua portuguesa falada no Brasil foi ganhando uma nova forma. “A pluralidade linguístico-cultural fortaleceu as bases da construção da identidade do Português brasileiro”, explica ANDRADE; MEDEIROS (2009).
Nossa Língua ainda hoje está em processo de construção de sua própria identidade. Aspectos estes, que serão abordados no presente trabalho, assim como algumas mudanças ocorridas na sua formação e o que a difere de Portugal.
2. DESENVOLVIMENTO
“A língua é um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo. Palavras novas surgem para expressar conceitos igualmente novos; outras deixam de ser utilizadas, sendo substituídas.” (MACEDO, 1983). Desde o século XVI, em decorrência do processo de formação da nossa nacionalidade, o português falado no Brasil, esteve mais aberto às contribuições linguísticas de outros povos. Assim, esses contatos, com várias línguas, conduziram mudanças, provocando o surgimento de uma variedade típica do Brasil.
“A partir dos anos 80, suprime-se a preposição do, e começamos a falar em português brasileiro. Sinaliza-se a expressão de identidade linguística dos brasileiros.” CASTILHO (2002, p. 31). Ao analisarmos a tirinha proposta, do autor Alexandre Beck, e as palalavras de Castilho, deduz-se que, exista um português brasileiro, “não uma língua brasileira autêntica, mas, um formato brasileiro da língua portuguesa” (GUIMARAES, 2005). O que nos faria acreditar que realmente o nosso português é difierente? Além dos argumentos que nos fornece a linguística variacionista, essa diferença pode ser facilmente observada nas análises vocábulas de Armandinho. As palavras do cartunista (faixa de pedestre/passadeira, pedestre/peão), deixa claro que o Português do Brasil não é totalmente igual o de Portugal, há diferenças fônicas segmentáveis. Na verdade, variedades de uma mesma língua com fonéticas próprias do sistema vocálico e consonântico do Português Brasileiro.
Ouvir algo da Língua Portuguesa que soa estranho, nos faz entender as dificuldades do cartunista em compreender o português de Portugual. Atualmente, existem muitas diferenças entre o português que falamos no Brasil e o que se fala em Portugal. Elas não se limitam apenas à pronúncia das palavras, facilmente notabilizada na linguagem oral, vão além nos vocabulário e na construção gramatical. Tais diferenças consiste a dificuldade demonstrada pelo cartunista ao evidenciar preocupações em saber o significado das palavras com grafia diferente do nosso português, mas com a mesma definição. As modificações que ocorreram nas duas línguas não são necessariamente as mesmas, fazendo com que sua grafia se afaste.
Mudanças são inevitáveis em um país com tanta diversidade cultural como o nosso, vários estudos mostraram que o Portugues Brasileiro sofreu modificações. Geralmente, a maneira de falar se renova mais rápido do que o modo como se escreve, uma série de palavras e construções usadas no Brasil que, se consideram erradas, são exemplos da linguagem mais "correta" do passado, afirmam estudiosos. O nosso Português apresenta paramétrica - estruturas que deixaram de existir ao longo do tempo na gramática. Tais mudanças sofreu uma redução significativa de frequência que passou a ser interpretada/representada diferentemente.
Para abordar as mudanças ocorridas no português do Brasil, observa-se as pesquisas de Cyrino (1996, 1997); quanto à alteração do paradigma pronominal para a posição de objeto direto da 3ª pessoa, a mudança da posição da próclise, passando a ser a tendência geral. Observa- se os clíticos que desapareceram primeiro do Português Brasileiro; o clítico neutro, usado para substituir uma oração, como no exemplo da autora (1997, p.16), “O caso he este; dir-vo-lo-hei.” O segundo a desaparecer foi o clítico “o” que retoma um antecedente (+ masculino, - animado), que acabou sendo substituído por uma categoria vazia. Por último, é o clítico acusativo de 3ª pessoa com antecedente (+ animado) que cai em desuso e é substituído pelo pronome tônico ele/ela. Para Nunes (1996), a gramatização das formas nominais “você e a gente”, acarretou na reorganização do nosso sistema pronominal, as novas construções que substituíram a antiga construção com clíticos acusativos de 3ª pessoa: construções com objeto nulo e construções com pronome tônico na posição de objeto direto anafórico, como: “Eu devolvi (Ø) pro João./ Eu devolvi ele pro João.”
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