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Formação De Palavras Em Poretugues, Valter Khedi.

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Por:   •  10/5/2013  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  1.217 Visualizações

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KEHDI, Valter. Formação de Palavras em Português. São Paulo: Editora Ática, 3ª edição, 2002.

Na obra "Formação de Palavras em Português", o autor Valter Kehdi expõe através de uma perspectiva sincrônica e de forma bastante detalhada, os aspectos relevantes dos processos formadores dos vocábulos em português, atribuindo maior ênfase a dois destes processos: a derivação e a composição. O livro está organizado em nove capítulos, sendo os oito primeiros de exposição e o último de conclusão, ou seja, retomada das idéias já expressas. Kehdi possui graduação em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Lingüística Francesa pela Université de Provence (1972) e doutorado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (1982).

No capítulo inicial Kehdi afirma que a maioria dos vocábulos do idioma português é derivada do latim e evidencia que os processos de formação lexical se dividem em derivação, quando o vocabulário é formado de um só radical anexado a afixos; e composição, quando dois ou mais radicais se combinam. Afirma ainda que alguns prefixos possuem uma autonomia tão perceptível chegando a ser considerado por lingüistas e alguns gramáticos como preposição, e nestes casos, a prefixação é identificada como composição. Logo, o que diferencia o sufixo do prefixo é que os prefixos só se agregam à verbos e adjetivos e não contribuem para a variação da classe gramatical do radical a que se ligam, já os sufixos tem uma agregação mais livre e podem contribuir nesta variação.

No segundo capítulo percebe-se que de acordo com os princípios lógico-aristotélicos uma frase é dividida simplesmente em sujeito e predicado, no entanto a análise dos constituintes imediatos expõe que uma frase é bem mais que uma sucessão de vocábulos gramaticalmente coerentes e coesos. O vocábulo se constitui pela superposição de camadas representadas cada uma por um elemento nuclear e um elemento periférico, portanto o vocábulo não deve ser visto puramente como uma sucessão de morfemas, mas como uma superposição de blocos de constituintes imediatos.

Partindo para o terceiro capítulo o autor esclarece que a derivação parassintética é muito comum em português e consiste na adjunção simultânea de um prefixo e um sufixo a um radical, sendo que esse vocábulo somente se torna aceitável à língua mediante essa junção. Todavia, a parassíntese não pode ser conceituada com base específica na simultaneidade dos afixos, pois o exame dos subsistemas, assim como a análise dos aspectos semânticos é um critério imprescindível na caracterização do processo de formação vocabular. Portanto, a derivação parassintética incide quando o prefixo é indispensável para a significação da palavra, ou seja, a omissão do prefixo altera totalmente a significação do vocábulo.

No 4º capítulo o autor ratifica que a derivação regressiva ocorre quando a partir de um vocábulo com sufixo real ou suposto, formamos uma nova palavra através da eliminação do referido sufixo, logo, para acontecer a derivação regressiva é necessário que haja a subtração de algum elemento do vocábulo. Embora a abreviação seja em parte muito semelhante à derivação regressiva, ela tem características bastante específicas, um exemplo claro é que na derivação regressiva é corriqueira a mudança de classe gramatical (verbos que passam a substantivos), na abreviação apesar de também ocorrer à redução do vocábulo, este permanece na mesma classe gramatical.

O objeto de estudo do 5º capítulo é a "derivação imprópria" à qual também pode ser denominada "conversão", esta consiste no procedimento de formação vocabular no câmbio de uma classe gramatical para outra sem que haja alterações formais aparentes, exceto no que se refere ao sentido. Esse procedimento é marcado por traços formais que se localizam no eixo sintagmático de um contexto extra vocabular. É muito comum também no campo

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