Gregório De Mattos

Questão 1

Gregório de Matos (1636-1696) foi poeta brasileiro. A figura mais importante da época colonial. O maior poeta do barroco brasileiro. Por suas críticas à sociedade baiana, recebeu o apelido de "Boca do Inferno". Sua produção poética pode ser dividida em três linhas: satírica, lírica e religiosa. Seus poemas líricos e religiosos revelam influência do barroco espanhol. Sua poesia satírica é do tipo que ataca sem compostura, toda a sociedade baiana, da qual ele se sentia um censor e uma vítima.

Gregório de Matos foi o maior poeta do barroco brasileiro.

O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização. A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.

Os textos de Gregório de Matos, Inconstancia das coisas do mundo e Pintura admirável de uma beleza, são dois sonetos de versos regulares, pois apresentam dez sílabas poéticas. Possuem rimas interpoladas e emparelhadas na primeira e na segunda estrofe, nota-se no primeiro a presença forte da antítese em todos os versos da primeira estrofe e de interrogação na segunda, mostrando a oposição entre o mundo material e o espiritual. O segundo trata da idealização amorosa. São constantes as interrogações e há no segundo verso da ultima estrofe um paradoxo, tudo-nada.

Embora Gregório de Matos é o maior poeta barroco brasileiro, sua obra permaneceu inédita por muito tempo, suas obras são ricas em sátiras, além de retratar a Bahia com bastante irreverência, o autor não foi indiferente à paixão humana e religiosa, à natureza e reflexão.

As obras desse escritor são divididas de acordo com a temática: poesia lírica religiosa, amorosa e filosófica.

Questão 2

A experiência mais criativa e fecunda do Trovadorismo - e, portanto, dos primórdios da literatura portuguesa - encontra-se na poesia trovadoresca. De um lirismo estranho, quando comparados, por exemplo, à poesia moderna, os poemas dos trovadores podem parecer ultrapassados àqueles que fizerem uma leitura desatenta, superficial.

Há dois tipos de cantigas: a lírica e a satírica. A primeira se divide em duas: de amigo e de amor. A segunda também, de escárnio e de maldizer. Cada uma delas possui características diferentes. As cantigas de amigo possuem uma linguagem discreta recatada e fala do ambiente rural e faz uso do refrão, paralelismo e leixa-pren, enquanto as de amor usam uma linguagem ousada e conquistadora e trata do ambiente da corte. Já as cantigas de escárnio têm uma linguagem indireta com o uso de ironia leve, diferentes das de maldizer que são difamatória e ofensiva.

Entre os principais trovadores, devemos citar: João Soares Paiva, Paio Soares de Taveirós, dom Dinis (que deixou cerca de 140 cantigas líricas e satíricas), João Garcia de Guilhade e Martim Codax.

Não podemos esquecer que todas essas cantigas eram musicadas. Os trovadores as cantavam, acompanhados de um ou vários instrumentos musicais. E, em algumas situações,