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LIBRAS – ASPECTOS LINGUÍSTICOS

Por:   •  5/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.244 Palavras (5 Páginas)  •  743 Visualizações

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DISCIPLINA: LIBRAS – ASPECTOS LINGUÍSTICOS

EDWIGES ROBERTA DE OLIVEIRA SANTOS COIMBRA

2014

LIBRAS – ASPECTOS LINGUÍSTICOS

Durante a evolução humana o homem criou meios para expressar seu pensamentos, suas ideias e sentimentos por meio do que hoje chama-se linguagem. Assim, linguagem é toda forma do ser humano se comunicar dentro de uma dada comunidade, podendo ser de forma verbal e não-verbal.

Cada comunidade linguística estabelece regras (gramática) e códigos linguísticos (léxico) convencionais para que a linguagem se estabeleça. A esse conjunto de regras arbitrárias dentro da linguagem denominou-se línguas. Assim, da necessidade de cada comunidade se comunicar forram surgindo as línguas, específicas de cada lugar.

Hoje tem-se uma variedade de línguas faladas em todo o mundo, e a língua de sinais está incluída entre elas. Como nas línguas orais, as línguas de sinais também se diferem das comunidades de surdos em diferentes países.

Existem algumas diferenças entre as línguas denominadas orais e as línguas de sinais. Como principal diferença tem-se o canal transmissor da mensagem, onde na língua oral utiliza-se a fala e na língua de sinais tem-se o espaço visual.  

A língua de sinais tem sido o foco de muitos estudos linguísticos em comparação a língua oral, e hoje pode-se dizer que a língua de sinais contempla das mesmas complexidades como qualquer outra língua. As línguas de sinais apresenta um organização formal como as demais línguas, ou seja, um nível sublexical, que podemos comparar com o sistema fonológico de uma língua oral; e também um nível gramatical (morfossintaxe).

Se na linguagem oral precisa-se estar atento ao som e a representação que este som emite para entender uma mensagem, na linguagem de sinais precisa-se estar atento ao espaço visual e a representação formada, dentro deste espaço, pelos parâmetros (configuração das mãos, localização, movimento, orientação das palmas das mãos e traços não manuais) para poder entender a mensagem.

Cada parâmetro assume uma função: a configuração das mãos são formas de produção de sinais como do alfabeto digital (datilologia) e demais formas feitas pelas mãos; a localização trata-se do lugar onde o sinal é produzido podendo ser no corpo do falante ou no espaço; o movimento é todo movimento utilizado pelas mãos para a produção do sinal incluindo movimentos dos dedos, dos pulsos, das mãos em formas de retas, círculos, curvas...; a orientação das palmas das mãos direciona a palma da mão aponta na produção do sinal, sendo este para o lados (direito e/ou esquerdo), para cima, para baixo, para o corpo do falante ou para frente; os traços não manuais são expressões feitos pela face, pelo olhar, pelo movimento do corpo que ajudam na produção do sinal, tornando o sinal mais compreensível.

Todos os parâmetros citados são chamados de traços distintivos da língua de sinais. Tomando o conceito da língua portuguesa de que a menor unidade distintiva de uma língua oral é o fonema (dentro do sistema fonológico) pode-se, então, dizer que a menor unidade distintiva na língua de sinais é um parâmetro. Dois sinais em libras podem utilizar um, dois ou mais parâmetros iguais para a sua representação, porém vai haver um parâmetro para distinguir um sinal do outro, como por exemplo os sinais APRENDER e LARANJA, apresentam a mesma configuração das mãos, o mesmo movimento, mas são reproduzidos em lugares diferentes (laranja o sinal é produzido na direção da boca e aprender é produzido na direção da testa).

Outro fator importante de especificar é a condição de simetria que é a restrição do movimento de duas mãos na produção de um sinal. A configuração das Mãos deve ser a mesma para as duas mãos a localização deve ser o mesmo ou simétrico, e o movimento deve ser simultâneo ou alternado. A condição de simetria é uma regra, dentro da Língua de sinais, que estabelece combinações possíveis e não possíveis para a formar sinais.

A língua de sinais, como qualquer outra língua, também apresenta seus aspectos morfológicos. Exemplo disso é sua condição na criação de novos sinais por meio de: derivação (de verbos para nomes e vice-versa), composição (combinação de dois sinais para dar origem a um novo sinal), incorporação de um argumento (exemplo o verbo jogar que se modifica de acordo com a ação), de um numeral (exemplo usar numerais para especificar quantidades de dias, meses...) ou de uma negação (para formar sinais negativos por meio de expressão facial, movimentos com a cabeça, oscilação que conserve a configuração das mãos...).

Com relação as categorias gramaticais, Libras também apresenta classes gramaticais como verbos, adjetivos, pronomes e classificadores.

Os verbos em Libras se classificam basicamente em: verbos simples (quando o verbo não apresenta flexão de pessoa e número), verbos direcionais (quando o verbo se flexiona em número e pessoa sem afixos locativos) e verbos espaciais (verbos que possuem afixos locativos).

Os adjetivos em Libras, em sua maioria, expressão descrição, classificação e qualidade do objeto. Esta classe gramatical não apresenta flexão de gênero nem de número, sendo assim apresenta-se sempre na forma neutra.

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