Leitura E Produção De Texo
Ensaios: Leitura E Produção De Texo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carinecsouza • 9/9/2013 • 2.009 Palavras (9 Páginas) • 392 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação à Distância – CEAD
Professor/Tutor Presencial: Deise Puntel
Acadêmicos:
Fabiani da Silva Bueno – RA 351648
Fabiano de Andrade Cardoso – RA 365600
Maria Elizete Dos Santos Moraes- RA 386454
Rosimere Santos da Silva – RA 388259
Leitura e Produção de Textos
Professoras EAD: Prof. Dr. Luiz Roberto Wagner
Pólo Taquara - RS
1º Semestre - 2º bimestre - Serviço Social
SERVIÇO SOCIAL E AS ONGS
Serviços Sociais nas mãos das ONGs
Por Laura Santos
Problemas sociais são a cada dia mais comuns, e não só no Brasil, mas em toda parte do mundo. Uma maneira encontrada para solucionar este tipo de problema são os trabalhos voluntários (serviços sociais), esse tipo de trabalho esta sendo bem visto por várias pessoas (carentes ou não), pois transforma a capacidade de agir e pensar de várias pessoas e empresas. Em decorrência da insuficiência que o estado tem em resolver sozinhos tais problemas, são criados centros assistências que contam com a ajuda de voluntários e de empresas, com isso a própria sociedade está tomando em suas “mãos” a capacidade de solucionar alguns problemas sociais.
A partir de uma reportagem da revista virtual P@rtes sobre o trabalho voluntário como uma solução para os problemas sociais, realizamos uma pesquisa mais aprofundada do assunto, onde vamos conhecer um pouco mais sobre o trabalho das ONGs (Organização Não Governamental)
O termo ONG foi utilizado na década de 1940, pela ONU, para designar diferentes executoras de projetos humanitários ou do interesse público, onde posteriormente ganharam papel consultivo em varias agencias e fundos das Nações Unidas.
No Brasil, a expressão se referia, principalmente, as organizações de cooperação internacional, formadas por igrejas (católicas e protestantes) organizações, francesas, alemãs, holandesas e inglesas que priorizavam a ajuda ás organizações e movimentos sociais nos países do sul, com o intuito de consolidarem a democracia e é neste contexto que os centros de assessorias a movimentos sociais e populares.
Na década de 1970, encontraram nessas ONGs/agencias internacionais uma fonte de financiamento para suas atividades que eram focadas na politização, conscientização e formação política tendo uma mudança a partir do final da década de 1980, momento em que houve uma verdadeira explosão das ONGs e mudanças também no foco das atividades que já não estavam mais tão comprometidas com os movimentos sociais.
As ONGS cresciam na medida em que os movimentos sociais perdiam sua força mobilizadora e adotavam uma política integradora (diferente da contestadora dos anos 1970), através de parcerias com o poder publico que, na maioria dos casos, mantinham o controle dos processos deflagrados enquanto avalista dos recursos econômicos-monetarios (Gohn, 1997:297)
A transmutação dos centros de assessorias em ONGs a partir de 1979 coincide com a volta dos exilados políticos, principalmente os cristãos e os marxistas que chegaram aos centros com um maior domínio do funcionamento dessas “ONGs Internacionais/multinacionais” que era por intermédio de algum representante da igreja.
Os gerentes das ONGs tornaram-se atores políticos com isso desviando o povo da luta de classes ficando a mercê de seus opressores, despolitizando e desmobilizando os pobres com suas ações focadas na auto-ajuda, usando temas como excluídos, discriminação racial, para engajar o sistema social, incorporando os pobres á economia neoliberal através da simples ação voluntaria privada, gerando um mundo político onde a aparência da solidariedade e da ação social disfarçava a conformidade de conservadora com a estrutura de poder internacional e nacional (Petras, 1999:49
Quanto mais dependiam do financiamento institucional, mais limitadas eram as atuações das ONGs, subalternos seguiam a lógica dos seus patrocinadores, pois se permanecessem autônomas teriam dificuldades para manter suas atividades.
No inicio dos anos 1990 surgiu com á expansão das ONGs (Organizações Não Governamental) outro termo importado dos Estados Unidos e incorporado por vários estudiosos e militantes, o chamado Terceiro Setor como uma forma de preencher a lacuna deixada pelo estado, no atendimento das demandas sociais.
A ideia de Terceiro Setor pressupõe a existência de um 1º, o Estado, e de um 2º o Mercado. O conceito refere-se a iniciativas privadas de cunho público (não governamental) e que não visam lucro.
A expressão Terceiro Setor denomina um campo formado por atividades que falam em nome do interesse publico, sem fins lucrativos e desenvolvidos pela sociedade civil. O setor inclui ações realizadas por diferentes tipos de organizações e associações civis e não governamentais movimentos sociais, formas tradicionais de ajuda mútua, alem de iniciativas isoladas desenvolvidas pela população, e de investimentos filantrópicos de empresas privadas, mas recentemente vista como ações de responsabilidade social
A idéia de que o Terceiro Setor ou suas organizações não governamentais, agindo localmente, tornaram-se mais ágeis do que as organizações estatais, sendo incorporada e difundida por militantes/defensores das ONGs ao afirmarem, por exemplo, que as ONGs tinham um conhecimento maior da comunidade do que o Estado justificando a chamada parceria para realizar as suas atividades.
“Embora as organizações do Terceiro Setor venham assumindo a responsabilidade de promover políticas sociais de forma autônoma, doadores privados para financiar suas atividades, ressalta que o Estado não pode se furtar de alocar recursos para a realização de projetos por essas entidades. O Estado possui condições mais adequadas para alocar recursos de forma racional e equânime uma vez que detêm informações sobre o conjunto da sociedade que permitem, em principio, compensar as desigualdades regionais de renda e riqueza, apontando as prioridades e evitando que estados e municípios, que possuam menor crescimento econômico e menores investimentos privados no social, sejam prejudicados.” (FERRAREZI, 1997:10).
O terceiro setor tem
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