Leitura e Produção de Textos Interpretação

O QUE HÁ POR TRÁS DOS TEXTOS.

Paulo Eduardo Ferreira da Silva 

Graduando em Letras

Leitura e Produção de Textos I - Professor: Clebson Luiz de Brito

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo o estudo a respeito dos textos e seus significados, levando em conta não apenas aquilo que esta superficialmente aparente, mas mostrando que a interpretação de textos não se resume apenas àquilo que estamos acostumados a ver e que necessitamos de uma série de conhecimentos para que possamos entender plenamente o texto escrito.

Palavras–chave: Texto. Interpretação. Leitura.

INTRODUÇÃO

 

A palavra texto é bastante usada na escola e também em outras instituições sociais que trabalham com a linguagem. Apesar de ser muito usada a palavra “texto” não é fácil de ser entendida.

Muitas pessoas dão vários significados a ela e conforme o conceito comum, abaixo são dados os conceitos de texto, leitura e escrita:

         Texto: É um conjunto de ideias organizadas em determinada ordem, com o objetivo de transmitir algum pensamento a respeito de determinado assunto a quem estiver lendo.

Leitura: É o ato de poder decifrar uma escrita ou um código, independente do formato que esteja escrito.

Escrita: É transcrever para um papel ou gravar em algum outro meio um conjunto ou conjuntos de pensamentos, aplicando as normas de determinada língua.

Mas, porquê texto, leitura e escrita não se resumem a essas simples definições?

Vejamos o significado dessas palavras com base em outras perspectivas:

A respeito de texto, existe sim uma troca de conhecimento mas, segundo Koch e Elias, 2009 o texto escrito é “a mobilização de um vasto conjunto de conhecimentos do escritor, o que inclui também o que esse pressupõe sendo conhecimento do leitor ou do que é compartilhado por ambos”. Aquele que escreve deve pensar no leitor enquanto tal ao direcionar um texto escrito dado o fato que não se sabe até onde vai o conhecimento do leitor sobre determinado assunto .

Quanto à leitura, mesmo que se tenha conhecimentos sobre determinada língua, nem sempre somos capazes de compreender totalmente todo conteúdo porquê segundo Liberato - 2007 “quando lemos, não estamos jogando unicamente com aquilo que é expresso explicitamente’. Devemos ter em mente que para que haja sentido “o leitor deve acrescentar conhecimentos extras àquilo que vem dito literalmente”.

“A escrita... Requer, no interior do evento comunicativo a mobilização de um vasto conjunto de conhecimentos do escritor...” (Koch e Elias, 2009). – Sendo assim a escrita não é só meramente o conhecimento linguístico de regras gramaticais mas, também do conhecimento de mundo do leitor que interage com o texto. Deve existir algo além do mecânico para que o texto escrito faça o seu papel, algo que o ligue diretamente com aquele que está lendo.

Para um fim prático, faremos uma análise que irá mostrar como múltiplos conhecimentos mobilizados por sujeitos ativos são utilizados na (re)construção do sentido de um texto.

ANÁLISE

A charge à seguir foi utilizada no Exame nacional do ensino médio de 2012:

[pic 1]

Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 29 ago. 2016. (Foto: Reprodução/Enem)

A charge utiliza-se de recursos visuais e linguísticos para gerar efeito de sentido. Nesse caso, a charge trabalha com os dois sentidos da palavra "rede". Temos aí, um caso de polissemia, porque trabalha-se com a variedade de sentidos de uma mesma palavra.

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