Leitura literária e suas diferenças

Diferenças entre a leitura literária (que deve ser exercida com liberdade) e leitura utilitária

A leitura literária acontece pela espontaneidade e o prazer de ler, na maioria das vezes, quando está está fora do contato escolar. A formação deste tipo de leitor, acontece em um ambiente favorável, onde a literatura é apresentada aos sujeitos, sem restrições nem imposições, onde o mesmo exerce com autonomia e fascínio a prática da leitura, transformando o ato de ler num relacionamento espontâneo, e afetivo com o texto. Logo, ele abre a possibilidade de diálogos, e confrontos. A importância das palavras na leitura, onde se conhece algumas, adivinha-se outras são ligadas a experiências anteriores e, pode vir a ser vivenciado em espaços onde as ações realizadas possam favorecer o ato de ler como processo de interação entre o autor e o leitor, mediada pelo texto. além de passar a fronteira de decifração dos signos, ele tende a enxergar uma nova visão que não permanece somente na leitura em si, mas o ensina a pensar e adquirir conhecimento.

A literatura no ambiente escolar que representa educação, arte, cultura e informação nas ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula, exige que o educador a sensibilidade e a habilidade para introduzi-lá nesse processo interativo, não só como instrumento didático pedagógico, mas, principalmente como possibilidade de reconhecer e entender o mundo e da história da humanidade através da arte. Assim como qualquer outra arte, a literatura supera o conhecimento do mundo, produzindo complementos e na medida em que o leitor busca o desconhecido, ele poderá buscar respostas dentro de si mesmo e a partir daí, construir os sentidos do texto.

Diferente da anterior, a leitura utilitária, carrega com ela o peso da exigência da leitura para avaliações e tarefas de muitas direções e pouco interessantes, na maioria das vezes realizadas nos livros didáticos, não está ligada à satisfação e por não acontecer em espaços socializados e aberto, não possui boa aceitação por parte dos estudantes. Assim, se torna claro que na escola ainda existe o pensamento antigo de que a presença da espontaneidade e do prazer exclui a seriedade das ações educativas desenvolvidas ali. Tal pensamento acaba criando um campo de tensões, acabando com o “clima” da leitura. Muitas vezes a insatisfação do aluno está no fato de que deve ler por imposição do professor. Essa insatisfação acaba gerando um sentimento de indiferença e até mesmo de repulsa pelos livros. E o que poderia ser uma atividade prazerosa transforma-se no ritual aborrecido de reconhecimentos de signos lingüísticos

Na minha opinião isso só mudaria quando houver ações voltadas para as crianças na escola, desde o primeiro ano, que é onde se adquiri ou não o hábito da leitura. Tudo começa ali. Não precisaria investir muito para isso. Basta capacitar e fornecer material (livros) as professoras do ensino infantil para incutir nas crianças o gosto pela leitura. Entre os adulto é mais difíceis de adquirir o hábito da leitura,diferente das crianças que absorvem tudo com mais facilidade.