Libras
Artigos Científicos: Libras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RosanaXXavier • 1/9/2013 • 6.552 Palavras (27 Páginas) • 619 Visualizações
“LIBRAS”
Este trabalho pretende aprofundar aspectos da educação dos surdos, assumindo a língua de sinais como fundamental no processo educacional. Para tal, será focalizada uma classe de ensino na qual foi inserido um aluno surdo, usuário da Língua Brasileira de Sinais (Libras), acompanhado de uma intérprete. O foco das análises recairá sobre o papel da língua de sinais nas interações em sala de aula visando a contribuir para a discussão da educação dos sujeitos surdos.
1) RELÁTORIO: TEMÁTICA DA SURDEZ EM SEU ASPECTO MÉDICO, CULTURAL E SOCIAL, E SOBRE LIBRAS E A CULTURA SURDA EM SEUS ASPECTOS.
Em relação a aspecto médico observamos que existem vários mitos e desinformações a respeito da surdez, as pessoas falam que não há nada a se fazer, mas atualmente a grande maioria das pessoas surdas podem ser ajudadas.
Outro mito é que aparelhos de audição não ajudam, porém a maioria pode ouvir muito bem com um aparelho bem adaptado e prescrito pó um médico.
Existem vários tipos de surdez:
1. SURDEZ DO NERVO AUDITIVO_ as causas podem ser vários problemas como diminuição na irrigação sanguínea como tumores cerebrais.
2. SURDEZ DE CONDUÇÃO _ afeta o ouvido externo ou médio e acontece quando as ondas sonoras não são bem conduzidas para o ouvido interno.
3. OTITE SECRETORA _ um bloqueio permanente por um engrossamento do liquido virando quase uma cola e não vai ser absorvido pela tuba e é muito comum em crianças de 2 a 8 anos e pode prejudicar o desenvolvimento da fala.
4. SURDEZ RETROCOCLEAR_ ocorre quando o nervo auditivo está danificado ou não existe, essa surdez é profunda e permanente.
5. SURDEZ MISTA _ é a mistura de perda auditiva do nervo com a perda auditiva condutiva.
Já em relação ao aspecto cultural e social e libras diferem dos ouvintes não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidade psicoculturais próprias.
No Brasil os surdos desenvolveram a LIBRAS com influência da língua de sinais francesa, mas elas não são universais, pois em cada país ou comunidade surda possui sua própria língua de sinais.
Ao longo dos anos estudos tem classificados os surdos em duas categorias:
• Portadores de surdez patológica, adquirida em idade adulta;
• E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico, não implicando necessariamente em deficiência neurológica ou mental, é o caso dos surdos congênitos.
A língua de sinais é uma criação natural dos surdos independente do lugar que foram radicados.
Eles se comunicam fluentemente entre eles, desenvolvem autoestima e tem bom desempenho acadêmico, social e espiritual.
Contudo quando os ouvintes se interessam em entender a cultura surda e a língua de sinais natural, todos se beneficiam.
A chave de uma boa comunicação com uma pessoa surda é o contato visual.
Podemos concluir que o surdo tem os mesmos direitos, sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos, assim como todos.
2) RELATORIO: INFORMAÇÕES LEVANTADAS.
Percebemos que tem sido um desfio a inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e neste caso os indivíduos surdos.
Pois tem sido de forma angustiante e preconceituosa por parte da sociedade em que vivemos, pois eles são classificados como indivíduos incapazes onde não são levados em consideração suas habilidades e potencialidades que são desenvolvidas em relação aos outros sentidos e que a surdez não é uma deficiência e sim uma doença física.
Nossa sociedade em questões sociais, culturais e educacional rotulam os surdos como indivíduos limitados pelo atraso da aquisição da linguagem.
Com o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais, por meio da legislação e da LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002 onde o presidente da república decretou como língua da comunidade surda brasileira, que no artigo 4° artigo, dispõe que o sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e o Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, em seus níveis médio e superior o ensino da Língua Brasileira de Sinais, percebemos que houve um avanço nessa questão, mas que há muito que se trabalhar em relação à educação dos surdos.
Para reverter essa visão preconceituosa de nossa sociedade é necessário rever os conceitos de surdo pois, “QUADROS (2006, p. 57) diz ... a identidade surda se constrói dentro de uma cultura visual, essa diferença precisa ser entendida não como construção isolada, mas como construção multicultural”.
O surdo percebe o mundo de forma diferente através de experiências visuais, ou seja, de suas experiências vividas na prática.
No Brasil percebemos que o surdo não é pior que os ouvintes e sim ele tem características diferentes e formas de aprender.
Em si a sociedade deve aprender a ver o surdo como um todo e adaptar-se a ele e não ele adaptar-se a sociedade esperamos que a sociedade reconheça o valor da pessoa surda e que somente não fique no papel e legislações, que preconceitos e atitudes em relação aos surdos sejam diferentes, pois o ser humano é dotado de múltiplas inteligências e basta a nos estimula-las, pois todos tem os mesmos direitos e deveres.
Cada vez mais pesquisadores e professores têm procurado refletir sobre as práticas desenvolvidas nos diversos espaços educacionais, buscando ver, por meio da pluralidade de interesses dos vários sujeitos e de suas diferentes formas de interagir, modos de construção de conhecimentos e constituição de relações individuais, para melhor compreender a riqueza do funcionamento humano e as dinâmicas que ocorrem nesse contexto.
O objetivo da educação bilíngue é que a criança surda possa ter um desenvolvimento cognitivo-lingüístico equivalente ao verificado na criança ouvinte, e que possa desenvolver uma relação harmoniosa também com ouvintes, tendo acesso às duas línguas: a língua de sinais e a língua do grupo majoritário.
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
Ensino de idiomas
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