Lingua latina
Por: Diegodesara • 16/5/2015 • Artigo • 963 Palavras (4 Páginas) • 317 Visualizações
AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
LICENCIATURA EM LETRAS
GEOVANIO FELIX SOARES
A LÍNGUA DO BRASILAMANHÂ E OUTROS MISTÉRIOS
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Paripiranga
2015-1
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola, 2004.
Esta obra aborda fatos que acontecem na evolução da língua e na sua passagem por várias transformações. O autor Mário Alberto Perini é especialista em linguística e já foi professor nas universidades: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de Campinas (UNICAMP). Atualmente é professor de pós-graduação em língua portuguesa da PUC de Minas Gerais. Ele alerta nesta obra sobre as mudanças que a língua portuguesa tem sofrido ao longo do tempo, a aceitação de termos estrangeiros que estão modificando esta língua. Para o autor, cada língua tem suas modalidades de identificação de objetos e, traços da oralidade que determinam esta diferenciação e, cada falante expressa na fala o que pensa. Segundo o autor, mesmo que um indivíduo estude e decore todas as gramáticas de uma língua ele ainda não sabe o que é gramática, pois gramática representa um conjunto de regas da língua e esta sofre variações ao longo do tempo. Existem diferenças gramaticais entre a fala e a escrita e, cada uma destas diferenças distinguem essas duas modalidades, e Perini alerta aos tradutores que tomem muito cuidado quando exercerem seus trabalhos, pois uma tradução incorreta pode mudar a gramática de uma língua, também modificar o modo de falar de alguns falantes, desde que tenham acesso a obra traduzida. Perini encerra sua obra citando a dificuldade e cuidados que devem existir quando se estuda um significado linguístico, pois este tem que ser analisado culturalmente e psicologicamente, para que segundo o autor não haja mal entendidos.
1º Capítulo: A Língua do Brasil amanhã (Falando portunhol?)
“Uma coisa se pode responder já de cara: apesar dos professores, dos gramáticos, da Academia e do Ministério, a língua portuguesa do Brasil, tanto falada quanto escrita, vem incorporando elementos chamados “populares” [...]. Alguns gostam, outros não; o que não faz a menor diferença para a língua, que, como tudo o mais, continua mudando com o tempo” (p.19).
2º Capítulo: Um continente inexplorado (Viagem à gramática portuguesa)
“Minha posição é outra. Acredito que quem decorar todas as gramáticas disponíveis (as minhas inclusive) e souber na ponta da língua tudo o está ali, não sabe gramática. E mais: nem sequer estudou gramática” (p.26).
3º Capítulo: As três almas do poeta (As línguas e o recorte da realidade)
“Os seres humanos têm todos um equipamento sensorial semelhante, e todos percebem, por exemplo, a diferença entre um cachorro e um gato, ou entre uma mão e um braço. Mas isso não quer dizer que todas as diferenças sejam codificadas em todas as línguas do mesmo modo” (p.44).
4º Capítulo: Os dois mundos da expressão linguística (Reflexões sobre falar e escrever)
“Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das eliminações e recursos do meio empregador: a fala ou a escrita” (p.55/66).
“Um texto escrito, tipicamente, é lido em um lugar e momento distantes daqueles em que foi escrito, e o autor não está presente quando o leitor o lê. Isso acarreta exigências diferentes quanto à expressão de pessoas, lugares e momentos” (p.70/71).
5º Capítulo: Etimologia popular (Falsos parentes)
“Em latim, o objeto se chamava veru, palavra que à primeira vista parece muito longe de sua correspondente portuguesa. Mas o povão não dizia veru; preferia um diminutivo, verunculum (acento no primeiro u), e foi sob essa forma que a palavra se perpetuou” (p.75).
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