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LÍNGUA LATINA: NATUREZA, ORIGEM E EVOLUÇÃO

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Por:   •  16/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.567 Palavras (15 Páginas)  •  291 Visualizações

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LÍNGUA LATINA: NATUREZA, ORIGEM E EVOLUÇÃO

RESUMO

Este artigo objetivou, com o tema: "Língua Latina: natureza, origem e evolução", formar um apanhado envolvendo a história e disseminação desta língua. Através de pesquisa bibliográfica, costuraram-se informações, análises e visões de estudiosos e lingüistas. No decorrer foi possível verificar a questão da língua como instrumento de domínio. Nesse sentido, a língua, ou, o próprio ato de falar é um ato político. A língua tem o poder de desenvolver sociedades, unir povos, como também extingui-los. Verificou-se também a importância de estudos iniciais e básicos do latim para dar um suporte a conteúdos da morfossintaxe da língua portuguesa, os quais são alvos de dificuldades e reclamação por parte de muitos estudantes do ensino Básico e mesmo acadêmicos. Concluiu-se que fatos históricos atestam o Latim como uma língua morta, mas a prática social da língua portuguesa no Brasil a mostram com vivacidade de uso pungente. Isso não somente por ter originado outras línguas como as neolatinas (português, francês, espanhol. romeno e italiano), ou pelo fato da própria língua universal, a inglesa, contar com uma grande porcentagem de latim na origem do seu vocabulário, mas por ser utilizado quase como um empréstimo lingüístico no cotidiano, no específico e muitas vezes, até no cotidiano.

Palavras-chave: língua latina - História - Disseminação - Importância.

1- Graduada em Letras Vernáculas e pós-graduanda em Docência no Magistério Superior pela Faculdade de Itaituba (FAI) e pós-graduada em Psicopedagogia e Lingüística Aplicada pela Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia Darwin de Brasília (FACETED).

1 INTRODUÇÃO

O latim é uma língua de origem indo-européia do grupo itálico, também chamado pelos filólogos alemães de indo-germânica. O indo-europeu é língua pré-histórica, seu tronco lingüístico pode ser percebido em diversas línguas européias e com base nas semelhanças gramaticais e lexicais denotando uma raiz comum, concluiu-se que deu origem ao hitita, germânico, celta, itálico, albanês, grego, báltico, eslavo, armênio, tocário, das quais descende a maioria as línguas faladas na Europa e dos países colonizados pelos europeus, como também em algumas partes da Ásia e da Índia.

Vale salientar aqui através de DUARTE (2003:29) que o indo-ariano, oriundo do indo-europeu, deu origem ao sânscrito (Índia), o qual ganhou muita importância por, especialmente, ter sido utilizado nas sagradas escrituras hindus. Samskrya significa purificado, apurado, esmerado. É considerada, portanto, uma língua sagrada e polida, e por tal bastante conhecida hoje pelos seus diversos sutras e mantras entre os estudiosos adeptos de ioga e de outras filosofias orientais.

Aponta DUARTE (2003:77) a seguinte curiosidade: o sânscrito deu origem, no português, a palavra jambo, do Kindi (jambu), e ainda, o termo bhagavati originou o pagode brasileiro, que antes disso passou por diversos idiomas dravídicos. O termo significa templo hindu, ídolo indiano e festa barulhenta.

No final do séc. XVIII lingüistas perceberam que algumas línguas antigas da Europa e da Ásia (latim grego, sânscrito), apresentam semelhanças notáveis em suas gramáticas que indicavam a existência de uma origem comum. A célebre observação (1786) marca o início do conhecimento oficial do indo-europeu como uma família lingüística. Mais tarde comprovou-se que várias línguas extintas na Anatólia e na Ásia central foram escritas em línguas européias. "Supõe-se que o indo-europeu foi falado por um povo que se dispersou, por razões até hoje desconhecidas, há alguns milênios antes de Cristo, espalhando-se pela Europa e pela Ásia". (CARDOSO, 2005:6). No caso, então, o indo-europeu é uma proto-língua, ou seja, uma ancestral comum de uma família lingüística. Dela não há registros escritos uma vez que era falada antes da invenção da escrita.

O latim era língua falada no Lácio, região central da Itália, onde na metade do sec. VIII foi fundada a cidade de Roma.

Por volta do segundo milênio a.C, o centro da península itálica (a qual avança pelo mediterrâneo, a leste é banhada pelo mar Adriático, a oeste pelo mar Tirreno), foi sendo ocupada por povos originários da Europa central: os italiotas (sabinos, latinos, volscos). Etruscos, talvez da Ásia, fixaram-se ao norte, migraram para o sul, dominando os italiotas, dando origem à cidade de Roma e ao período monárquico.

DUARTE (2003:29) ressalta que os etruscos habitavam a Etúria, antiga província italiana situada na atual região de Toscana. Antes dos romanos, os etruscos constituíram os povos da civilização avançada da península italiana e o seu grande império. Porem pouca coisa restou. Somente algumas tumbas e cerca de 10 mil inscrições, de linguagem bastante obscura para o homem moderno, que pouca coisa decifrou delas (aproximadamente 300 palavras). Estudiosos estão seguros de que o latim sofreu influência dos etruscos, como também do grego.

Conforme DUARTE (2003: 18), à medida que os romanos, habitantes da península itálica, livravam-se do poderio dos etruscos e dos gregos que habitavam dominando a região, foram conquistando territórios e se fortalecendo. Com eles se disseminou o idioma latino que viria a ser peça fundamental da cultura e identidade ocidental, o qual por muito tempo constituiu a única língua culta do continente europeu.

Para efeito de estudos, a evolução da língua latina, conforme CARDOSO (2003:7) caracteriza-se e divide-se nos seguintes períodos: pré-histórico (anterior aos documentos escritos pelos habitantes do Lácio sec. XI e VII ou VI a.C), proto-histórico (aparece nos primeiros documentos escritos, VII e VI a.C IV a. C), período arcaico ( por volta de III a.c e início de I a.C), apresentando epitáfios, textos legais , obras de Névio, Plauto, Enio e Catão. Apesar de vocabulário reduzido, desenvolveu-se, sobretudo, pela influência da literatura Helênica (Grécia antiga). O período clássico (desenvolvido a partir da quarta parte do sec. I a. C,) momento importante para a prosa e a poesia latina, com obras de Cícero, Virgílio, Tito, Horácio e Lívio. É artístico e diferente do latim falado até pela alta classe. Preservou-se graças as obras literárias e dele originaram os fenômenos gramaticais da língua latina. O latim vulgar (realmente falado pelo povo romano, plebe, soldados etc.), envolvido em diversas províncias do império, aquele que propriamente deu origem as línguas românicas (catalão, provençal, sardo, rético, dálmata

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