Linguagem Russo

Segundo Fukujima (1995), Acidente vascular Encefálico (AVE) é a mais freqüente das doenças vasculares encefálicas. As doenças vasculares encefálicas são anormalidades do tecido encefálico decorrentes de algum processo patológico dos vasos sanguineos encefálicos ou que neles ocorrem, por exemplo, lesão da parede do vaso, alteração de permeabilidade vascular, oclusão da luz vascular por trombo ou embolo, ruptura do vaso e alteração da viscosidade ou da qualidade do sangue. As principais complicações agudas do AVE são: crises epilépticas, infecções (pnemonias, escaras infectadas, flebite e infecção urinária) e depressão. As complicações tardias ou sequelas do AVE são os déficits motores, incapacidades funcionais, disfagia, depressão, desajuste social, alterações na qualidade de vida e déficits de linguagem.

De acordo com Ortiz (2010), uma variedade de alterações de fala e de linguagem pode surgir em decorrência de uma lesão no sistema nervoso central (SNC). Segundo Fukujima (1995), as principais complicações tardias ou seqüelas do AVE são déficits motores, incapacidades funcionais, disfagia, depressão, desajustes social, qualidades e déficits de linguagem, que podem ser caracterizadas nos quadros de afasia.

A afasia se caracteriza por uma desintegração abrupta da linguagem decorrente de danos cerebrais, ocasionados por fatores exógenos ao sujeito (traumatismos, intoxicações, etc.) e ou por fatores endógenos ao organismo, tais como; aneurismas, tumores ou acidentes vasculares cerebrais variados. Os comprometimentos são variados na medida em que o indivíduo é atingido no seu todo e se vê de repente impossibilitado de se comunicar de forma adequada com os que o cercam. As alterações comportamentais mais frequentes nas afasias são; o egocentrismo; modificações nas atitudes abstratas; perseverações; reações catastróficas; distúrbio da atenção, da retenção e da memória; inconsistência das respostas; anomias; estereotipias; jargão; agramatismos; parafasias; parafasias fonéticas, fonêmicas, formal e semântica (Jakubowicz & Cupuello, 2005).

O termo “demência” refere-se a uma síndrome de declínio progressivo da memória e de outras habilidades intelectuais. A demência é uma síndrome, não uma doença e pode, na verdade, ser causada por diferentes doenças. A síndrome da demência é caracterizada por três aspectos chave: é adquirida, é persistente e envolve debilidade em múltiplos domínios do funcionamento intelectual (Cummings e Mega, 2003). Os sintomas da demência persistem ou pioram com o tempo e envolve vários déficits em múltiplas funções cognitivas: linguagem, memória, habilidade visuoespacial e habilidades intelectuais gerais.

A demência vascular é uma categoria heterogênea de transtornos na qual a característica é a doença vascular (O’Brien et al., 2003). A demência vascular não se refere a uma doença específica, mas a um resultado de vários processos de doenças que diferem pelo tipo de patologia, áreas do cérebro afetadas e sintomas. O tipo de demência vascular mais conhecido, a demência multi-infartos, envolve a ocorrência de múltiplos acidentes vasculares cerebrais ou “infartos” no córtex cerebral. As formas mais comuns, entretanto, são caracterizadas por mudanças isquêmicas de pequenos vasos ou lacunas e lesões extensas na substância branca (Mendez e Cummings, 2003).

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