Linguística
Seminário: Linguística. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 38264316 • 15/12/2014 • Seminário • 818 Palavras (4 Páginas) • 223 Visualizações
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Objetivos
Ao final da disciplina, o aluno deverá ser capaz de:
• Identificar a Linguística como uma ciência da linguagem cujo
objetivo principal é estudo da língua como sistema;
• Reconhecer a Linguística como uma ciência empírica, que
parte da experiência para a teorização;
• Identificar a língua como objeto de estudo da Linguística, independente
da gramática;
• Distinguir a Linguística geral, ou teórica, da Linguística descritiva.
O que é Linguística
Recentemente, uma polêmica instaurou-se a respeito de um
tema pouco usual na mídia: o preconceito linguístico. Tudo
aconteceu em vista de uma notícia de autoria de Thais Arbex,
com o título Livro usado pelo MEC ensina aluno a falar errado, publicada
no site “colunista.ig.com.br”.
Essa reportagem e o livro motivaram tamanha discussão na mídia
e muita gente falou sobre esse tema. Caetano Veloso chegou a
escrever em seu blog que a polêmica foi motivada por gente como
linguistas, que estavam tentando ganhar dinheiro.
Texto de Caetano Veloso
Por uma vida melhor
Caetano Veloso, O Globo, 22/05/11
Quero ler o livro de Heloisa Ramos por inteiro.
Estou na Bahia gravando a voz de Gal com
Moreno no estúdio Ilha dos Sapos, de Carlinhos
Brown (que fica no Candeal, um bairro
com muitas características de favela, mas que
transpira tranquilidade e autoestima, o que se deve ao trabalho
da Timbalada de Brown na área): não tive tempo de
procurar o livro e estudá-lo. Fico com as notícias exageradas
da imprensa, que estamparam manchetes alarmistas sobre o
MEC ter aprovado uma cartilha que “ensina a falar errado”,4
e os artigos de Bagno e Possenti, os sociolinguistas que parecem
crer que a língua é viva hoje, mas que também parecem negar
que as normas vigentes são criação do povo (“o inventalínguas”)
através dos séculos.
Os linguistas estão certos ao denunciarem a açodada reação
dos jornais: estes tratam um comentário feito numa página como
se fosse a totalidade dos ensinamentos do livro. Mas os jornais
são jornais: têm de excitar, entusiasmar, fazer indignar- se seus
leitores, enquanto os informam. Não é absurdo que tenham tomado
o breve comentário como sintoma de um problema grande
que o livro pode representar. A pressa com que os sociolinguistas,
em atitude verdadeiramente esnobe, desqualificam os jornalistas
por conhecerem menos bem a norma culta do que eles
próprios sugere uma euforia de superioridade, um deslumbramento
de qualificação científica que mais aponta para uma vaidade
arrogante do que para o alegado pendor igualitarista. No
fim das contas, ouvimos ecos das odes ao português de Lula que
eram mantra da campanha petista (a qual começou faz décadas e
nunca terminou, nem mesmo com o metalúrgico cumprindo dois
mandatos e fazendo a sucessora), o que, por sua vez, remete aos
cargos distribuídos aos companheiros.
Não entendo que se queira ensinar Linguística ou sociologia
aos alunos de alfabetização. De qualquer idade. É auspicioso que
se informem os professores sobre as descobertas dessas disciplinas.
Mas ao aspirante ao letramento, quanto mais firmeza simples
melhor. Possenti está certo ao afirmar que ninguém precisa
ensinar quem diz “os peixe” a dizer “os peixe”. Ensinam-se as
regras de concordância da norma culta. A menção à legitimidade
da forma em que o plural se exprime
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