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Literatura: Algo A Ser Pensado

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Por:   •  8/10/2014  •  1.744 Palavras (7 Páginas)  •  269 Visualizações

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RESUMO

Conceito de teoria da literatura é um novo termo que tem gerado grandes desafios para os que acreditam neste novo conceito. Esta nova proposta pode ajudar na formação de bons leitores e ajuda também num melhor entendimento do que realmente significa a literatura e quais são as funcionalidades dos textos literários. É um longo caminho a ser seguido!

Poucas pessoas se interessam pela literatura e até pelo seu próprio conceito. É comum surgirem questionamentos a respeito da importância que este bem tem para a sociedade, muitos desconsideram os benefícios que ele proporciona, talvez por não conhecerem o seu conceito ou por não terem o devido contato com a leitura em si. O fato é que o assunto não é nenhum pouco interessante para uma grande maioria.

Ainda é um desafio para os estudiosos tratarem essas questões relacionadas aos estudos da literatura, no século XX surgiu um novo termo que foi e é mal interpretado. Alexander Portebnia e Boris Tomachevski foram os pioneiros no uso deste novo termo: teoria da literatura. Esta nova proposta, segundo Acízelo de Souza (1986, p. 19) “[...] não constitui apenas uma mudança de nome; consiste numa alteração de métodos, conceitos e propósitos”. Naturalmente, todas essas alterações acompanham uma série de discussões, questionamentos e até desentendimentos, entretanto todos estes fatores são necessários para que haja uma percepção mais plausível em relação ao conceito de literatura e de sua grande relevância.

A compreensão deste novo conceito e a função da literatura para o indivíduo estão intrinsecamente relacionadas. A maioria das pessoas, por não terem acesso ou interesse a todos estes estudos, acaba se distanciado do texto literário, ocasionando no distanciamento físico, concreto ou no distanciamento da própria obra com o leitor, levando-o a uma leitura superficial. É relevante esclarecer todas estas questões não somente para os profissionais da área, mas também para os alheios a estes assuntos, afinal isso é de importância universal, mesmo que muitos ainda não tenham percebido a dimensão de todas estas considerações e o impacto que isso causaria na sociedade. As consequências, sem dúvidas, seriam bastante positivas, até mesmo para esclarecer o que ainda não se entende em sua plenitude, pois essas novas propostas ainda são consideradas recentes.

Há muito tempo a literatura é entendida apenas em relação ao que está escrito e ao que foi lido, entretanto vai muito além do que as pessoas imaginam. Os profissionais da literatura, a partir do século XX, começaram a acreditar que isso é algo a ser questionado e problematizado, surge, então, a ideia de teoria da literatura, com o intuito de conscientizar e levar as pessoas a uma reflexão, conforme Compagnon (1999, p. 21) “a teoria contrasta com a prática dos estudos literários, isto é, a crítica e a história literárias [...] seria, pois, a crítica da crítica [...]”. Certamente, a teoria da literatura é um conceito moderno e que consiste em questionar e até polemizar a literatura.

Muitos indivíduos confundem o verdadeiro objetivo desta nova disciplina, eles acham que ela é apenas algo que serve como preparação para que se estude a literatura em si, pensam ser uma disciplina introdutória. Por existir a noção de teoria e prática, acredita-se que tudo isso é algo abstrato e que é apenas uma orientação para que se inicie uma leitura, que seria a prática. Essas interpretações erradas são comuns até entre os estudantes e profissionais de Letras, o que prejudica na expansão do uso do termo.

Esse novo conceito, apesar de ser recente, já está sendo usado por muitas pessoas, entretanto não chegou a ganhar total relevância. O investimento nesses estudos é interessante, pois eles estimulam as pessoas a repensarem tudo o que elas afirmavam a respeito da literatura e, consequentemente, da leitura. De acordo com Compagnon (1999, p. 22) “a teoria protesta sempre contra o implícito: incômoda, ela é o protervus (o protestante) da velha escolástica”. A influência desse pensamento é importante para que o leitor entenda o conceito de literatura e, em seguida, entenda o texto literário e também o questione, não aceitando apenas aquilo que está sendo lido. O leitor precisa exercer o seu papel de intérprete, crítico e, sobretudo, teórico, entendendo a intenção do autor ao produzir uma determinada obra.

Quando o leitor ler uma obra, ele tem o direito de interpretá-la de acordo com o que entendeu, porém é necessário que se entenda aquilo que o autor quis passar para o público. Eco (2003, p. 12) afirma que: “As obras literárias nos convidam à liberdade da interpretação, [...] mas [...] é preciso ser movido por um profundo respeito para com aquela que eu chamei de intenção do texto”. O autor, por estar inserido numa determinada época, escreve de acordo com o momento histórico que ele está vivenciando e não deixa dúvidas a respeito do que está sendo escrito, a intenção dele é levar o público a também vivenciar e refletir sobre esse momento. Cabe ao leitor aceitar e decifrar o que foi lido e saber separar realidade e ficção, afinal nenhum texto literário pode ser inteiramente verídico. As interpretações feitas pelo público são o que define o autor, pois ele sozinho não pode ter referências sobre sua própria obra, conforme Candido (2006, p. 84): “[...] o público é condição para o autor conhecer a si próprio, pois esta revelação da obra é a sua revelação”. Fica claro que o autor depende dos leitores, são eles que irão aprovar ou não uma obra, decidindo, assim, o futuro do autor e de seus textos literários.

Percebe-se que as pessoas têm um papel muito importante no que diz respeito a examinar e criticar uma determinada obra, a relação entre o autor e o leitor é absolutamente direta, ambos podem ser beneficiados, dependendo do que foi escrito e lido, mas a maioria não se interessa por essas questões. Geralmente não é interessante para muitos investigar livros e textos, a ligação entre a obra e o público é muito falha, poucos conhecem as consequências positivas que esse contato causaria na sociedade. É preciso que a leitura se torne um hábito entre as pessoas, a prática literária é ainda um privilégio para poucos. Isso acontece porque alguns não tiveram a oportunidade de se aproximar da leitura, mas acontece principalmente porque o incentivo não ocorre da maneira mais correta e convincente, de modo que as pessoas percebam o imenso benefício que a literatura pode conceder àqueles que têm consciência da excelência que ela possui.

É um fato que a literatura não

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