Meu Nome é Jonas
Por: Polyana Sily • 18/11/2021 • Resenha • 363 Palavras (2 Páginas) • 102 Visualizações
Em Meu Nome é Jonas, vemos uma família que enfrenta a dificuldade de adaptação e comunicação, pois os pais e irmão mais novo do protagonista são ouvintes enquanto o próprio é surdo. Enquanto criança, Jonas recebeu um diagnóstico errôneo que o classificou como “retardado” e por isso ficou em instituto para crianças especiais por quase quatro anos, o que no fim dificultou o próprio aprendizado de Jonas e o entendimento da família sobre a situação, tanto que os pais acabam desempenhando papéis diferentes, mas que de fato, são retrato da realidade:
A mãe: Não vê o filho como surdo, como sujeito que ele é, e tenta com o auxílio de uma fonoaudióloga o “tratamento” conhecido como ouvintista. O ouvintismo foi pregado aprox. na década de 70 no qual afirmava que os surdos deveriam aprender a leitura orofacial e aprender a dizer as palavras, sem o uso de sinais. A mãe, de fato, quer o melhor para o seu filho, mas não entende a situação do mesmo até conhecer surdos que se comunicavam através da língua de sinais (americana) e por intermédio destes surdos a mãe conhece a comunidade surda. Com isso, a mãe percebe que o filho de fato é diferente e o método ouvintista não é eficaz.
O pai: Não aceita a condição do filho, em determinado momento do filme até diz que não sabe se o filho é capaz de pensar, e se preocupa com o que os amigos, parentes e vizinhos ouvintes pensam ou falam de seu filho. A figura deste pai retrata a rejeição que os surdos podem vir a ter pela falta de informação e entendimento por parte da pessoa ouvinte.
É importante ressaltar que por não ter acesso aos sinais e não ter conhecimento da língua escrita, Jonas não compreende que o Homem-Aranha é um super-herói e sente medo do personagem. Assim como, não compreende os conceitos de festa ou de morte. Através dos sinais, e ao ver a tartaruga morta, Jonas conseguiu assimilar o ocorrido com seu avô, que faleceu na sua frente.
O filme mostra a importância da integração do surdo na sociedade e apenas através da língua de sinais, Jonas pôde sinalizar seu próprio nome, sua identidade.
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