NOVAS CORRENTES NA EDUCAÇÃO DO SURDO: DOS ENFOQUES CLÍNICOS AOS CULTURAIS
Por: Victor Azevedo • 5/10/2015 • Resenha • 611 Palavras (3 Páginas) • 1.451 Visualizações
Este trabalho será uma resenha crítica sobre o artigo acadêmico no qual possui como tema principal a surdez, e seus aspectos relevantes que muitas vezes não é tratado como deveria ser. O autor da obra é LUIS ERNESTO BEHARES, um professor uruguaio,titular do Instituto de Educação e Diretor do Departamento de Ensino e Aprendizagem da Universidad de la República, Montevidéu, Uruguai[1]. O professor Behares denomina o artigo como “Novas Correntes na Educação do Surdo: Dos enfoques clínicos aos culturais”, no entanto, como este é um texto em espanhol, ele fora traduzido pela profa Eleny Gianini (UFCG), para fins didático, sendo publicado o trabalho do professor nos anos 2000. Logo de início o autor nos traz a ideia de que a surdez é um conceito cultural estabelecido pela nossa sociedade, e conseguinte apresenta alguns outros métodos que podem servir para a definição do que seria surdez, como por exemplo: “Uma pessoa surda é aquela que, por ter um déficit de audição, apresenta uma diferença com respeito ao padrão esperado e, portanto, deve construir uma identidade em termos dessa diferença para integrar-se na sociedade e na cultura em que nasceu.”. Enfatizando desta forma que a surdez, além de ser um problema, é também uma identidade a ser construída, no qual muitas vezes se é deixada de lado devido, as pessoas levarem em seus imaginários, um certo preconceito, caracterizando a surdez como algo que deva ser curado, e não enfrentado e aceito. O autor ainda divide o texto em 8 partes nas quais se é apontado um tema específico para cada qual, que são, por exemplo, 8- com observações finais, 7- A Educação Bilíngüe: dos enfoques “lingüísticos” aos culturais, 6. A Comunicação Total e o Bimodalismo, 5. O oralismo, 4. Alguns dados históricos sobre as diferentes propostas atuais para a educação da criança surda. 3. A exceção à regra: filhos surdos de pais surdos, 2. A formação de traços psíquicos e culturais na criança surda de pais ouvintes e, por fim, a primeira 1. O conceito de surdez. Ao trazer essa elaboração podemos ter uma ideia do que se trata o texto, pois fala de uma mudança paradigmática sobre a percepção da sociedade referente ao conceito de surdez, que esta não é vista apenas como um deficiência que necessite de uma melhora, pois existe a possibilidade de se viver bem e adquirir uma cultura que coopte com a integração e modo de vida.
PESSOA SURDA E NÃO DA SURDEZ Em geral, a tradição clínica, para conceituar a surdez, tem partido do déficit auditivo como dado médico específico e tem estabelecido uma terminologia classificatória, derivada do procedimento audiométrico.É certo que a expressão surdo, além de ter matizes depreciativas em muitos países, é muito mais ambígua e vaga que o termo que desejamos. Porém, também é certo que a palavra surdo é a mais comum na cultura padrão para fazer referência à pessoa que não ouve e, muito mais importante que tudo, é o termo com o qual os surdos se referem a si mesmos e a seus iguais.
Não diminuição da capacidade sensorial
se tomamos o ouvinte como modelo, então ao surdo lhe falta “algo” (o funcionamento do ouvido); portanto o surdo é um ouvinte imperfeito. menos valia. minorias e padrão hegemonico de preconceitos.
transcender ao mero dado sensorial, já que a cultura ouvinte, na qual participamos sem senti-la todos os que ouvimos, abarca um conjunto de marcadores psíquicos e culturais muito mais amplo que a fisiologia da audição. Da mesma maneira, a cultura surda, na qual está integrada uma ampla maioria dos que não ouvem, também se organiza com base em características
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