O Advérbios e ple
Por: Livia Frade • 1/12/2018 • Trabalho acadêmico • 687 Palavras (3 Páginas) • 165 Visualizações
1- Normalmente, a definição básica trazida pelas gramáticas tradicionais sobre o advérbio é que ele é um termo invariável que exprimi uma circunstância podendo modificar um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Advérbios com a terminação em “-mente” modificam a palavra, sendo um recurso com o objetivo de tornar o discurso mais elegante, claro e conciso.
Bechara (1999) classifica os advérbios como “expressão modificadora que por si só denota uma circunstância (de lugar, de tempo, modo, etc.) e desempenha na oração a função de adjunto adverbial”.Na sua gramática, podemos encontrar uma definição mais clara e completa sobre os advérbios pois ele leva em conta não somente a função sintática como também a função semântica. Segundo Bechara (1999), “O advérbio é constituído por palavra de natureza nominal ou pronominal e se refere geralmente ao verbo” ou como vimos no início do texto a um adjetivo, advérbio ou a uma declaração inteira.
No livro, encontramos uma seção chamada “O plano “transfrástico” e os advérbios” (1999, p. 292-293) a qual ele chama atenção a antitaxe, uma camada de estruturação gramatical, que “diz respeito à retomada ou substituição de uma unidade de um plano gramatical qualquer” que combinada com a hipertaxe ou superordenação se torna uma unidade inferior que pode, sozinha, funcionar em camadas superiores. Essa é a situação dos advérbios terminados em “-mente”, que fora da série de características canônicas do advérbio, acaba saindo da camada no nível da palavra para o nível da oração ou do texto.
Bechara, apesar de observar e abordar esse assunto em sua gramática, não se aprofunda tanto em terminações como o escritor Moura Neves, que se dedicou a classificar esse fenômeno como modalizadores, trazendo uma divisão semântica completa sobre esse “nível/ conjunto de palavras” como, por exemplo, epistêmicos (que avaliam, indicam um valor de verdade), delimitadores (delimitam o enunciado), deônticos (que seria um tipo de obrigação do enunciado) e afetivos (reações afetivas).
No texto de Basílio (2006, p.63), podemos encontrar diversos exemplos sobre o que Bechara e Moura Neves comentam. Ele inicia o assunto declarando que –mente não é apenas modificador de um verbo, mas também de um enunciado. E, assim, ele apresenta diversos exemplos para explicar mais detalhado à diferença entre um advérbio de modo e um advérbio “oracional” como em “João falou francamente” e “Francamente, nunca pensei que você fizesse isso”. Na primeira frase o advérbio francamente modifica o verbo, já na segunda, fica claro que o advérbio desempenha uma função de mostrar a insatisfação do falante. Desse modo, conseguimos entender mais precisamente as categorias definidas por Moura Neves.
2- Para um aluno de PL2-E, o ideal, primeiramente, seria apresentar a formação dos advérbios e a sua estrutura. Por exemplo, para abordar os advérbios com a terminação em –mente, eu apresentaria um esqueleto de palavras terminadas em vogais de adjetivo masculino, transformando em adjetivo feminino com o acréscimo de “-mente” formaria um advérbio. Algo como:
Lento > Lenta = Lentamente
Seguidamente, mostraria exemplos que não apresentam um gênero específico, como em feliz- felizmente. E, por fim, mostraria que os advérbios
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