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O Legado De José Saramago

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Por:   •  3/3/2015  •  916 Palavras (4 Páginas)  •  282 Visualizações

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O Legado de José Saramago

Em novembro de 2013, na abertura da Fliporto (Festa Literária de Pernambuco), em Olinda, fui um dos testemunhos ocular a auricular, a presença da jornalista Pilar del Río, então viúva do Nobel de Literatura de 1998, o escritor José Saramago, que desencarnou aos 18 e junho de 2010, com 87 anos de idade. Em meio a plateia admirada e eufórica, como que, o próprio escritor estivesse ali presente; então perguntei a mim mesmo: Que legado Saramago deixou? Ovacionada com aplausos e admirações por parte do público pernambucano, Pilar del Río falou um pouco de sua admiração para com o escritor, e, bem como, sua vida ao lado do mesmo e os projetos que ele pode concretizar, numa visão não hostil, e se sentindo em casa, a protagonista se sentiu emocionada e disse: “José certamente estaria feliz se estivesse aqui com vocês!”.

José de Sousa Saramago nasceu em Golegã, Azinhaga, em 16 de Novembro de 1922. Foi escritor, argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista romancista e poeta. Com isso, foi autor de cinco Peças Teatrais; três livros de Poesias e Contos; quatro Crônicas; dois Livros Infantis; dois Diários de Memórias; uma Viagem: Viagem a Portugal (1975); e dezoito Romances, o último, Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas, uma reflexão sobre a indústria das armas, José Saramago já tinha decidido que esse seria seu último romance, e foi lançado postumamente, em 2014, quatro anos após seu desaparecimento.

Tive pela primeira vez contato com uma de suas obras no ano de 2003, com o livro O evangelho segundo Jesus Cristo, Editada pela Companhia das Letras, 2000, quando eu era seminarista católico. Livro este, galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e com o Prémio Brancatti (Zafferana, Itália). Contudo, foi uma obra polêmica, no qual, a propagada histórica da crucificação de Jesus, "um revulsivo forte, qualquer coisa capaz de chocar as sensibilidades e arrebatar os sentimentos" , resultou na imposição de "uma história interminável de ferro e de sangue, de fogo e de cinzas, um mar infinito de sofrimento e de lágrimas" , de acordo com a sua visão de mundo, segundo a qual “por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel" , e que, "no fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las" . Isso levou a que o livro fosse considerado ofensivo por diversos sectores da comunidade católica, a que ele sofresse perseguição religiosa em seu próprio país , e a que o governo português, pressionado pela Igreja Católica e por meio do então Subsecretário de Estado da Cultura de Portugal, Sousa Lara, vetasse este livro de uma lista de romances portugueses candidatos ao Prémio Aristeion por "atentar contra a moral cristã" . Em reação a este ato do Subsecretário de Estado, que considerou censório, Saramago abandonou Portugal, passando a residir na ilha de Lanzarote, Ilhas Canárias, onde permaneceu até a sua morte.

Contudo, não obstante a este fato, como escritor, constatei minha admiração pelas escritas deste autor lusitano, e mantenho uma coleção de alguns de seus livros em meu acervo particular, e a cada livro lido, não tenho dúvidas do porque ele ter recebido tantos prêmios literários e tantos admiradores. Saramago foi

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