O Movimento Mdernista - Analise De Poemas E Comentários.

• Introdução.......................................................................2

• Autopsicografía...............................................................4

• Cartas de Amor à Heloísa.................................................5

• Eu sei e você Sabe..........................................................6

• Memórias.........................................................................7

• O Anel de Vidro................................................................8

• Quando Eu Morrer.............................................................9

• Saudade.........................................................................10

• Soneto da Saudade.........................................................11

• Timidez............................................................................12

• Vazio...............................................................................13

• Interpretação dos poemas.................................................14

• Ref. Bibliográficas............................................................16

O movimento Modernista iniciou-se em 11 de fevereiro de 1922, com o evento chamado “Semana da Arte Moderna”. Mas muitos consideram o inicio do modernismo a partir do ano de 1920, pois as características modernistas já haviam sido incorporadas aos escritores pré-modernistas.

“Antologia Poética: Dizeres do Coração” reúne alguns poemas/poesias de vários autores desse movimento, trazendo seus sentimentos mais profundos para as águas serenas e compreensivas da literatura.

Boa Leitura

Escrever é Esquecer

“Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.

Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.”

Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Dizes que brevemente

Serás a metade de minha alma.

A metade?

Brevemente?

Não: já agora és,

Não a metade, mas toda.

Dou-te a minha alma inteira,

Deixe-me apenas uma pequena parte

Para que eu possa existir por algum tempo

E adorar-te.

Graciliano Ramos

Eu sei e você sabe

Já que a vida quis assim

Que nada nesse mundo levará você de mim

Eu sei e você sabe

Que a distância não existe

Que todo grande amor

Só é bem grande se for triste

Por isso meu amor

Não tenha medo de sofrer

Que todos os caminhos

Me encaminham a você.

Assim como o Oceano, só é belo com o luar

Assim como a Canção, só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem, só acontece se chover

Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer

Assim como viver sem ter amor, não é viver

Não há você sem mim

E eu não existo sem você!

Vinicius de Moraes

Amar o perdido

Deixa confundido

Este coração.

Nada pode o olvido

Contra o sem sentido

Apelo do Não.

As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis

à