O Que é Leitura?

INTRODUÇÃO

No livro “O Que é Leitura?”, notamos que ler significa muito mais que decodificar símbolos. Há muitas outras situações em que podemos fazer o uso do termo “leitura”. Quando se utiliza popularmente a frase “estou lendo”, significa que a outra pessoa está fazendo uma análise da outra, lendo-a. Quando vemos um objeto, ou ação cotidiana e momentaneamente lhe damos uma nova “leitura”, um novo significado nos aproxima ainda mais daquilo.

Resumo do Livro: “O que é Leitura?” de Maria Helena Martins

Como já podemos ver o aprendizado é um fator que exclui, e muitos que ensinam, desenvolvem um paternalismo onde a cultura é o silêncio e quem está aprendendo simplesmente “aceita” as opiniões de quem ensina, é considerado cultural e pode desenvolver uma política medíocre: aquele que ensina e outro que acredita aprender.

Os que educam, acreditam que para superar isso é preciso criar nos estudantes hábitos de leitura. É do conhecimento de todos que a importância da leitura está diminuindo e que os jovens estão numa fase de desinteresse, e os livros que lhes são entregue na escola, considerados didáticos são mais usados para dominar do que para expandir conhecimentos.

São dois os conceitos de leitura que se conhecem: um que se refere a decodificação pura e o outro em entendimento amplo do texto. Os dois são ligados por uma leitura que passa a ser sem vida, enquanto não tiver decodificação não haverá leitura. Portanto, o conceito de leitura é variável, dependendo da experiência que cada um vive.

O professor deverá dar condições para o aluno desenvolver sua própria aprendizagem, criando seus próprios métodos e suas próprias necessidades para que se torne um leitor mais consciente. Os três níveis básicos da leitura são: o sensorial, o emocional, e o racional. Dependendo da necessidade eles podem ser usados de forma simultânea.

É aquela leitura básica que fazemos do mundo através dos nossos sentidos. Se começarmos a ler um livro, logo pelo nosso tato podemos sentir sua capa, folheamos suas folhas e se for novo podemos até sentir seu cheiro. O mesmo acontece com os outros tipos de leitura, a maneira como lemos uma circunstância, depende dos nossos sentidos.

Assim como a cultura letrada parece ser superficial, a leitura emocional também possui parcela de inferioridade, pois se trata de uma leitura que nasce com os sentimentos provocando falta de objetividade, e acaba se tornando subjetivo. Quando fazemos uma leitura, somos levados a sentir uma certa incapacidade, de controlar o que sentimos naquele momento, então percebemos a força que a leitura tem e como ela pode nos mudar interiormente. Ela consegue mexer com as nossas emoções, não importando se as vezes somos ridicularizados ao assistir uma cena de filme ou telenovela e no mesmo instante rimos ou choramos ao ver algo cômico, ou triste, quem sabe uma cena de amor.Temos registrado em nossas lembranças, cenas de algum filme ou a leitura de algum romance que se tornaram uma referência em determinados momentos de nossa vida. Segundo a autora do livro, a leitura emocional, nos envolve de tal maneira a ponto de nos sentirmos na pele do outro, ou seja, do personagem, ou de outra pessoa e até mesmo de outro objeto. O leitor participa de uma realidade que não é sua, mas sim, virtual e isso abre espaço para o que vem do mundo externo. A leitura emocional causa efeito sobre nós. Podemos achar certos assuntos desinteressantes dependendo da nossa situação emocional, ou o mesmo assunto pode se tornar o oposto do que achávamos.

Os intelectuais dizem que a leitura é muito séria e que para muitos estabelecer relações de leitura com experiências sensoriais e emocionais é diminuir a leitura e mostrar a ignorância. Essa posição