O Relatório de Libras

Brenda Carvalho Tomaz de Oliveira

LIBRAS I – O que é Cultura Surda

Cultura e Comunidade surda não são a mesma coisa. E apesar disso, existem pessoas que vivem as duas e mesmo assim não são iguais.

A Cultura Surda surgiu quando antigamente, na ausência de conhecimento e experiência a respeito da mesma, os surdos faziam apenas uso de gestos. A Língua de Sinais, ainda pouco difundida atualmente entre os não-surdos, só chegou um bom tempo depois e até que ela se tornasse oficial os surdos sofriam com a proibição desta ‘língua’, porque acreditava-se que ela não era importante e que seu uso não significava um avanço, mas sim um grande atraso. Essa linguagem era desprezada e considerada meramente mímica. Assim, podemos chegar à conclusão que ainda faltava respeito à Cultura surda.

Com o avanço do tempo, após diversas conquistas e o aumento da população surda, a Cultura surda foi ganhando espaço. Por ser bastante diferente da Cultura ouvinte, principalmente em razão da limitação da falta de audição, os surdos usam mais a visibilidade e as expressões para compreender melhor cada. E por isso, esses elementos são de grande valia para a Cultura Surda compreender como é a identidade de cada pessoa surda, inclusive a classificação de tipos de Identidades Surdas. Por exemplo, há quem usa aparelho auditivo, há quem não gosta do aparelho e por isso só faz o uso da Libras, há quem opta pelo implante coclear e até mesmo aquele que não sabe Libras.  Todos fazem parte da Cultura surda, mas com identidades surdas diferentes. Essas diferenças abrangem toda a vida da comunidade surda-muda desde um pedido de um lanche por um aplicativo de celular, até um espetáculo de teatro, a escolha de uma literatura infantil ou adulta e canal de televisão. Toda essa diversidade, propicia uma diversidade que colabora para inclusão dos surdos na sociedade.

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