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O Romantismo no Brasil

Por:   •  21/11/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  71 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Nesse trabalho será abordado a obra de Joaquim Manuel de Macedo “A Moreninha”, considerado o primeiro romance brasileiro bem estruturado. O livro conta a história de Augusto e Carolina, que não podiam ficar juntos por causa das juras de amor que fizeram a seus amados quando estavam na infância. A obra retrata os hábitos da juventude desse período, com seus saraus, piqueniques, namoros e costumes, e pertence ao período do Romantismo no Brasil.

RESUMO DA OBRA

A história começa com Augusto e seus amigos (Leopoldo e Fabrício) sendo convidados por Filipe para passar o dia de Sant'Ana na ilha ... de sua avó. No início Augusto nega, mas quando Filipe conta sobre sua irmã e as outras jovens bonitas que estarão lá, ele concorda. Devido a fama de Augusto de não se apaixonar, os rapazes decidem fazer uma aposta, se este se apaixonar verdadeiramente, terá que escrever um livro sobre sua paixão, caso contrário, Filipe escreverá.

Fabrício pede que Augusto ajude-o a se livrar da amada, pois esta faz exigências exageradas que estão levando o rapaz a falência. Augusto não concorda e o amigo fica bravo.

Na ilha, os costumes de Augusto são revelados por Fabrício que queria se vingar, e o rapaz torna-se conhecido por ser namorador e inconstante no amor. Essa revelação faz com que ele seja desprezado pelas mulheres na casa, exceto pela moreninha.

Em um dos passeios, Augusto revela para a avó de Filipe e Carolina (D. Ana), que sua inconstância no amor se deve as desilusões amorosas que sofreu e também a uma promessa que fez a uma menina quando ele tinha 13 anos. Em uma de suas viagens, Augusto apaixona-se por uma menina com quem brincou na praia. Durante as travessuras a menina pergunta se ele gostaria de se casar com ela um dia, e o menino aceita. Passam a se chamar de “meu marido” e “minha mulher”. Os dois ajudam um homem que estava na beira da morte e este profetiza que as duas crianças irão se casar quando crescerem. Para selar essa promessa o homem dá dois breves, o camafeu que augusto carregava enrolado em uma fita branca para Carolina e para o menino entrega uma a esmeralda da menina enrolada numa fita verde. Assim, voltam para a praia e a menina vai embora, sem saberem seus nomes. Por ter jurado amor a essa menina desconhecida, Augusto não permite apaixonar-se por outra. O rapaz termina de contar a história e ouve um barulho, encontra apenas Carolina próximo da entrada da gruta onde estava com Dona Ana. Ele não percebe, mas a menina ouviu toda a história. Cansado por ter contado toda a história, Augusto bebe a água da fonte. D. Ana conta para o rapaz sobre a história da fonte na gruta. Segundo a lenda, o choro de uma índia que se apaixonou por um índio e não foi correspondida se transformou na fonte que corre na gruta. Dizem que a pessoa que beber da água da fonte não sairá da ilha sem apaixonar-se.

Na ilha as festividades são comemoradas por pouco mais de vinte pessoas. Augusto e seus amigos Leopoldo, Filipe e Fabrício se divertem. As jovens que mais ganham atenção são D. Carolina, Joaquina e Joana.

No início Augusto vê Carolina como uma menina travessa, o rapaz comenta que suas feições chegam a ser feias. Porém, a inteligência da menina chama a atenção do garoto aos poucos.

Quando as festas chegam ao fim, os rapazes voltam aos estudos de medicina. Porém, Augusto não consegue tirar Carolina do pensamento. Assim, volta para a ilha para ver a menina, mas é surpreendido quando ela o repreende por estar quebrando sua promessa com sua amada do passado. Ele revela que a ama e ela não consegue admitir, mas quando ele pergunta se ela o ama, a menina responde com talvez.

Mais alguns dias se passam e aproxima-se o dia de ir para a ilha. Porém, Augusto não está indo bem nas aulas e seu pai o deixa de castigo sem poder sair do quarto. O rapaz se recusa a comer e começa a adoecer. Vendo que o filho está mal, o pai decide leva-lo até a ilha.

Na casa de D. Ana, ele conversa com a avó de Carolina. Eles decidem que Augusto pode pedir a jovem em casamento e a menina pede que esperem meia hora. A moreninha vai até a gruta e Augusto a segue. Lá dentro ela relembra a história do rapaz com a amada prometida a ele e diz que deveria procurar a mulher a quem fez uma promessa, e, portanto, não podem se casar. Augusto diz que não sabe onde encontrá-la, mas que se encontrasse devolveria o breve e pediria desculpas, dizendo que não poderia ficar com ela. Ele mostra o breve que estava guardado e Carolina se espanta. A moça fala para o rapaz que se a sua amada o perdoasse, ele poderia voltar e então se casariam. Carolina conta a mesma história que viveu e conta sobre o breve que também havia guardado. Augusto pede para vê-lo e fica chocado quando descobre que Carolina era a sua mulher.

O livro termina com Filipe cobrando o amigo sobre a aposta que ele havia perdido, portanto, Augusto deveria escrever o livro, mas ele conta para Filipe que o livro já está pronto e se chama “A Moreninha”.

ANÁLISE DA OBRA

Personagens

Augusto: um rapaz namorador, alegre. Apaixona-se fácil, mas é inconstante nos relacionamentos que não duram muito, por isso ele afirma nunca ter amado verdadeiramente, estuda medicina.

Carolina: a Moreninha. Menina travessa, espontânea, engraçada é irmã de Filipe e mora na ilha com a avó, D. Ana. Pertence à classe alta da sociedade na época, possui cabelos longos e negros, olhos e sorriso chamativos.

Filipe: estudante de medicina que convida os colegas de curso para passarem o feriado na casa de sua avó; Fabrício: um dos amigos de Filipe. Na ilha, ele tenta se livrar de Joaquina; Leopoldo: o mais animado do grupo de amigos; Dona Ana: dona da casa na ilha e avó de Filipe. Uma senhora de 60 anos que cria Carolina após ter ficado órfã; Joana: prima de Filipe, tem 17 anos e é morena; Joaquina: também é prima de Filipe, tem 16 anos sendo loura de olhos azuis. Rafael: Escravo, criado de augusto; Senhoras presentes na comemoração do dia de Sant’Ana: D. Quinquinha, D. Gabriela, D. Violante, D. Clementina.

O livro “A Moreninha”, escrito em 1844, pode ser considerado o primeiro romance brasileiro bem estruturado, lançado primeiramente como folhetim. É um romance urbano que apresenta uma narrativa romântica com características nacionais. Foi um romance escrito para entreter a burguesia da época.

A obra apresenta uma idealização da mulher, elas são tipicamente românticas, são a fonte de inspiração, belas, jovens...

“- Então suas primas são gentis?... perguntou

...

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