O Signo Linguístico: De Saussure A Benveniste
Artigos Científicos: O Signo Linguístico: De Saussure A Benveniste. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Darlyane • 19/3/2014 • 500 Palavras (2 Páginas) • 803 Visualizações
Título do texto: O signo linguístico: de Saussure a Benveniste
Autor(es): Micheli Marel Decian e Celia Helena Pelegrini Della Méa
Categoria: Artigo científico.
Referência: Disciplinarum Scientia. Série: Artes, Letras e Comunicação, Santa Maria, V.6, n. 1, pp. 93-109, 2005. (ISSN 1676-5001)
Saussure realizou estudos sistematizados e especializados acerca da linguística enquanto fenômeno e da língua como sistema, e Benveniste é um autor pós-saussuriano e utiliza em sua teoria as bases dos conceitos desenvolvidos por Saussure, porém com uma visão mais usual da língua e do signo.
Para Saussure a língua objetiva a comunicação pela qual os interlocutores apresentam compreensão mútua, porém não leva em consideração a fala em si e o seu esquema de enunciação, o que para Benveniste já é um ponto chave para o estudo da linguística, pois considera como parte do processo de entendimento, o contexto de aplicação da língua.
A noção de língua para Saussure é correspondente a um sistema de signos linguísticos, sem valorizar o contexto de enunciação, porém Benveniste diz que a língua é um elemento em uso, ou seja, só se constitui como tal no momento da enunciação.
Enquanto Saussure diferencia a fala da língua, Benveniste considera-a com elemento integrante, e nesse ponto é possível considerar que ele avança em relação a Saussure visto que percebe a dificuldade em dividir a língua, excluindo a fala, que é o meio pelo qual se consolidam os processos linguísticos e de comunicação humana.
O signo linguístico sob a perspectiva de Saussure associa um conceito a uma imagem acústica, sendo este uma entidade psíquica dessas duas faces. Conceito estaria relacionado à imagem mental, ao referente utilizado para designar o signo e imagem acústica será a sequencia fônica utilizada para designar o signo linguístico. Esse dois elementos também são chamados em sua teoria de significado e significante, respectivamente.
Na concepção de Benveniste o signo linguístico é dotado de sentido e significação, que até mesmo o precede, ou seja, a noção de signo está relacionada à Semiótica da língua.
Benveniste diz que o signo é indivisível, porém apresenta a característica de decomposição, ou seja, pode ser separado em unidades menores, sem que com isso perca sua essência original, um mesmo elemento, assim, poderia ser utilizado de diversas formas, de acordo com a intencionalidade e necessidade de quem o utiliza.
Para Saussure o signo é arbitrário, isso quer dizer que não possui uma relação direta entre significante e significado. No caso do signo de Benveniste o significante não seria apenas uma sequência fônica da língua, ele seria por si mesmo condicionado por essa sonoridade, o que acaba determinando o seu significado, que seria o seu aspecto formal sígnico.
Uma característica interessante na análise da teoria Saussuriana e de Benveniste é de que este último nos mostra a língua numa perspectiva dinâmica e funcional, dentro de um sistema semântico, diferentemente de Saussure que desconsidera as condições nas quais ocorre o uso do signo. Desse modo um ponto chave é que o conceito de signo linguístico na teoria de Benveniste possui uma unidade semântica
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