O TESTE TRABALHO
Por: Ingrid Reggiani • 17/5/2017 • Abstract • 7.372 Palavras (30 Páginas) • 379 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Recentemente o Brasil passou por grandes mudanças na área política seguida de uma grave crise na área econômica que provocou recessão e alta inflação e que tem trazido grandes prejuízos ao país. Como resultado, um número significativo de brasileiros perderam os seus empregos e foram em busca de novas formas de trabalho.
No ano de 2015, aprofundou a crise econômica no Brasil que acarretou em um aumento considerável no índice de desemprego nas grandes e pequenas cidades. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2015), a taxa de desemprego ficou em 8,3% no segundo trimestre de 2015, a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012.
Contrariando as expectativas, o cenário econômico não obteve melhoras, e em 2016 os índices foram ainda mais altos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua, divulgada pelo IBGE (2016), a taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto/2016 ficou em 11,8% o que equivale a 12,3 milhões de brasileiros sem trabalho no país.
Tendo em vista a situação econômica do Brasil, grandes, micro e pequenas empresas tiveram que demitir muitos dos seus funcionários para conseguir manter suas empresas em funcionamento no mercado. Diante disto, muitos brasileiros desempregados e sem alternativas, decidiram arriscar em algum projeto empreendedor que pudesse ser uma nova forma de gerar renda. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, patrocinada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) no Brasil, revelou que em 2015 a taxa de empreendedorismo no país foi de 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos e quase o dobro do registrado em 2002, quando a taxa foi de 20,9%.
O contexto atual do país impulsiona a criatividade e a força de vontade do brasileiro em ter o seu próprio negócio, contudo, só isso não é suficiente. Em virtude disso e segundo (DORNELAS, 2014), no Brasil existem diversos programas em apoio ao empreendedor (como o Brasil Empreendedor, do Governo Federal, o Jovem Empreendedor do Sebrae, o Empretec e entre outros) que ajudam, desde a criação da empresa até a solidificação da mesma no mercado. Além desses programas, o país também conta com a parceria de renomadas entidades de apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo que disponibilizam recursos e forte ajuda ao empreendedor, são elas: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Instituto Empreender Endeavor.
Neste contexto, as discussões sobre desemprego e empreendedorismo vêm crescendo cada vez mais e sendo de extrema importância para a sociedade. Neste sentido, é de extrema relevância este trabalho, pois pretende apresentar informações íntegras e atuais para a comunidade acadêmica não só sobre o desemprego e empreendedorismo, mas também, sobre ideias criativas e inovadoras (de pessoas às vezes sem experiência no meio empreendedor) que acabam se tornando um novo negócio de sucesso no mercado brasileiro. E para aprofundar na discussão de ideias criativas e inovadoras para um novo negócio, auxiliando futuros administradores a fomentarem e gerir um empreendimento.
Considerando o que foi mencionado anteriormente, o presente estudo se deu pelo seguinte questionamento: Como superar as dificuldades geradas pelo desemprego?
Quais as dificuldades para montar um negócio?
Com o intuito de responder ao questionamento, este trabalho tem como objetivo geral analisar a inserção de um trabalhador em um novo negócio como forma de superar o desemprego.
Nos objetivos específicos pretende-se:
- Verificar os fatores que levam à entrada em um novo negócio;
- Identificar as vantagens e problemas de empreender;
- Verificar as formas de apoio governamental ou privado a um negócio.
Este trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro que é esta Introdução, em seguida o Referencial Teórico que contém os tópicos: Desemprego: Definição, Efeito Social e Situação Atual; Montagem do Negócio Empreendedor e Suporte; Problemas Enfrentados pelo Empreendedor e Vantagens do Empreendedorismo. Logo em seguida vem o terceiro capítulo com a Metodologia de Pesquisa; a Análise de Dados no quarto; e, para finalizar, no quinto capítulo as Considerações Finais.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Desemprego: definição, [a]efeito social e situação atual
Analisando o conceito de desemprego a Organização Internacional do Trabalho (OIT) (2016) define como a situação em que uma pessoa se encontra sem um trabalho remunerado, acompanhada pela busca constante de vagas e disponível para trabalhar de forma imediata. No mesmo sentido, Reinert (2001) considera o desemprego como a não oportunidade de trabalhar.
Considerando o desempregado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016), revela que são pessoas que não estão trabalhando ou que estão disponíveis para trabalhar e aqueles que nos últimos trinta dias tentaram conseguir trabalho. Na mesma visão, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) considera o desempregado como aquela pessoa que se encontra sem trabalho por falta de oportunidade de emprego ou em situação irregular de trabalho.
Estatisticamente, o desemprego é calculado a partir da proporção de pessoas ativas não ocupadas e que estão à procura de trabalho (VARGAS, 2008).
Analisando aspectos sociais, já na década de 90, Forrester (1997) relatava que o desemprego atinge todas as classes sociais, trazendo insegurança, miséria, além de preconceito da sociedade para com as pessoas nesta situação. Naquela época o desemprego era considerado um problema social de extrema importância para a mídia, sociedade e classe política do país. Forrester (1997) também relata o preconceito da sociedade em relação a essas pessoas, fazendo com que os desempregados se sintam incompetentes.
Outra consequência do desemprego, citada por Reinert (2001), é a geração de problemas psicológicos, que faz o desempregado buscar ajuda profissional para lidar com a sua situação.
Ainda sob o ponto de vista social, Vargas (2008, p.17) considera que: “o desemprego tem uma representação social muito forte ante o indivíduo que vive e se relaciona com uma sociedade capitalista, em a valorização do trabalho está imersa em “um conjunto de proteções e benefícios materiais e simbólicos a ele associados”“.
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