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O Trabalho de Linguística

Por:   •  4/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.743 Palavras (15 Páginas)  •  137 Visualizações

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     0.Introdução

Qualquer língua natural varia ao longo do tempo e do espaço, varia ao longo da sua própria história como varia ao longo da vida dos falantes que a utilizam, quer como língua materna quer como não materna. Varia de região para região, onde é utilizada, varia em função de contacto com outras línguas, varia em função de pertenças culturais e sociais dos seus falantes, varia das situações em que é utilizada. (FARIA in MATEUS et al. 2003: 33).  

A humanidade tem o dom de comunicar entre si as suas ideias e pensamentos por meio da linguagem. Dentro da análise linguística no que concerne a morfologia encontra-se a unidade mais ínfima que é a palavra, na qual manipulando-a na sua divida maneira gera muitas palavras, sendo assim frases, textos e diversos enunciados. Daí a importância que o léxico tem na sociedade em todos os seus hemisférios mas precisamente na esfera pedagógica neste caso aos alunos da oitava classe da E.S.Q.M. portanto o sucesso de qualquer aluno não dependo somente das notas que ele tira como também da interactividade que existe por parte dele para com o professor, colegas e outras pessoas.

O projecto é constituído por dois capítulos, nomeadamente a revisão da literatura e metodologia de pesquisa, todos esses divididos e títulos e os mesmos em subtítulos.

0.1Delimitação do tema

  • Desconhecimento dos processos de formação de palavras por parte dos alunos da oitava classe na Escola Secundária Quisse Mavota no bairro do Zimpeto- Maputo.

0.2Formulação do problema

  • Em que medida a pobreza lexical dos alunos da 8ª Classe da E.S.Q.M resulta do desconhecimento dos processos de formação de palavras em português?

0.3Objectivos

0.3.1Objectivo geral

  • Compreender as causas da pobreza lexical dos alunos da oitava classe da Escola Secundária Quisse Mavota.

0.3.2Objectivos específicos

  • Propor sugestões sobre as regras de processo de formação de palavras.
  • Explicar as razoes que contribuem para que esses alunos tenham problemas e por consequente a pobreza lexical.
  • Verificar o impacto que essa pobreza traz no processo de ensino e aprendizagem.

0.4Hipóteses e variáveis

  • O desconhecimento das regras de formação de palavras pode influenciar à pobreza lexical.

0.4.1Variável independente

  • Pobreza lexical

0.4.2Variável dependente

  • Desconhecimento do processo do processo de formação de palavras.

      0.5 Motivação/ justificativa

A maior parte dos alunos da 8ª classe apresenta enormes dificuldades nas regras de formação de palavras, pois estas regras constituem a base fundamental para o enriquecimento do vocabulário individual na língua portuguesa. Por estas razões, achamos importante trazer este tema alienado ao seu problema, com o objectivo de buscar as possíveis soluções.

0.6Relevância teórica e prática do tema

Este tema sobre o desconhecimento dos processos de formação de palavras pelos alunos da 8ª C da Escola Secundaria Quisse Mavota, proporciona princípios ou mesmos fundamentos teóricos a partir do momento em que é diversificado a introdução aos processos de formação de palavras por partes de diferentes autores. Recaindo também uma relevância pratica do tema a medida que se vai praticando as diferentes formas de formar palavras.

Cap. I

Referencial teórico

        

1.Fundamentação teórica

Neste capítulo, abordaremos a noção dos vários processos de formação de palavras segundo a concepção de diferentes autores que nas suas obras tratam deste assunto. Sendo um tema derivado da morfologia achamos melhor detalhar de uma forma sumaria e apresentar algumas noções. Também por este estar relacionado mais a área linguística sendo directamente proporcional a palavra na sua essência abordaremos a lexicologia.

Para o desenvolvimento deste tema pretendemos fazer a leitura de obras de autores como: Faria; Fromkin; Vilela; Coimbra entre outros.

1.1Processos de formação de palavras

Segundo COIMBRA e Isabel COIMBRA (s/d : 80-85) na sua gramática da língua portuguesa existem dois processos de formação de palavras, a derivação e a composição ambos na língua portuguesa.

COIMBRA (opcite), chamam-se derivadas às palavras que se formam acrescentando pequenos elementos antes ou depois da palavra primitiva (palavra original, isto é, que não se forma a partir de outra). Se o elemento se coloca antes da palavra primitiva chama-se prefixo; se se coloca depois chama-se sufixo. Há palavras que podem ser formadas simultaneamente por prefixos e sufixos. Assim as palavras formadas adquirem novos significados, ou seja, os prefixos e os sufixos conferem diferentes sentidos às palavras.

1.2Palavras derivadas por sufixação

A ideia de negação ou oposição é dada pelos prefixos des-, i-, ir-, im- e in.

  • Ex: fiquei muito descontente com o teu comportamento.
  • Não sei porquê, mas sinto-me infeliz.

A ideia de movimento para dentro e movimento para fora é dada pelos prefixos i-, im- e e-, ex-, respectivamente.

  • Ex: nos anos 60, muitos foram os Portugueses que emigraram para Franca.
  • Há muitos imigrantes africanos a viver em Portugal.
  • Moçambique importa mais produtos do que exporta.

A ideia de anterioridade é dada pelo prefixo pré-.

  • Ex: de acordo com a previsão meteorológica, amanha vai chover.

A ideia de repetição ou movimento em sentido contrário é dada pelo prefixo re-.

  • Ex: por tua causa, vou ter de refazer o trabalho todo.
  • O quadro foi retirado da parede.

A ideia de união, companhia é dada pelos prefixos co-, com-, com-.

  • Ex: é um trabalho de equipa e, como tal, todos irão comparticipar nele.
  • O objectivo da festa é a confraternização entre todos os colaboradores de empresa.

1.3Palavras derivadas por sufixação

O sentido de começo de uma acção ou passagem para um estado é dada pelo sufixo verbal –ecer.

  • Ex: não gosto de nada do inverno: só são 17h30 e já esta a anoitecer.
  • Com tantas preocupações, vais envelhecer antes do tempo!

O sentido de realização de uma acção é dado pelos sufixos verbais –itar e –izar.

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