O poema "Kogda ji umirju"
Tese: O poema "Kogda ji umirju". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thaisbarcelos_ • 11/8/2014 • Tese • 462 Palavras (2 Páginas) • 217 Visualizações
Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De sopetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei lá no norte, meu Deus!
muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem pálido, magro de cabelo escorrendo nos olhos
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu…
O poema retrata a súbita preocupação de um homem que mora numa grande cidade e está no conforto de seu lar. O frio que fazia levou-o em pensamento na direção das pessoas do Norte do Brasil, região em que há uma grande incidência de miséria e pobreza. O eu poético que narra o poema em primeira pessoa, imagina um pobre homem cujo corpo demonstra as marcas do sofrimento e que já está dormindo. O eu poético num ímpeto de caridade, afirma que esse homem é brasileiro e se é brasileiro, então é ele, o poeta. A mensagem que este poema trás é que vez em quando é bom a gente se colocar no lugar do outro para poder sentir na pele o que o outro está passando.
Quando eu morrer
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paiçandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos.
Quero saber da vida alheia,
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro diabo,
Que
...