Os Valores dos Tempos Verbais
Por: saide4 • 8/3/2019 • Seminário • 1.648 Palavras (7 Páginas) • 612 Visualizações
Introdução
O presente trabalho tem como tema valores dos tempos verbais e tem como objectivo trazer ao prezado leitor assuntos que dizem respeito a cerca do mesmo, concretamente abordaremos os seguintes aspectos:
- Presente do indicativo;
- Pretérito imperfeito do indicativo;
- Pretérito perfeito do indicativo;
- Pretérito mais que perfeito do indicativo;
- Presente do conjuntivo;
- Pretérito perfeito composto do conjuntivo;
- Futuro do conjuntivo
Objectivo gerais e específicos
- Conhecer as regras que regulam a língua;
- Usar os diversos instrumentos linguísticos na produção de textos orais e escritos;
- Utilizar as regras gramaticais em todas as realizações da língua, dentro e fora do contexto escolar.
- Caracterizar os tempos verbais;
- Saber os valores dos tempos verbais
Com tudo, para elaboração deste trabalho, recorreu-se a consulta de várias obras de diferentes autores que estão referenciados na bibliografia e obedece a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.
Valores dos tempos verbais
Uma forma verbal pode apresentar diferentes valores de acordo com o contexto em que está inserida.
Presente do indicativo
Segundo AMORIM, SOUSA & VILELA apud CARIMO (2015:44), o presente do indicativo apresenta os seguintes valores:
- Presente atemporal: a situação descrita é valida em qualquer tempo (passado, presente ou futuro).
Ex.: A água ferve a 100 0C.
- O presente narrativo ou histórico: utiliza para situações passadas apresentadas num discurso narrativo.
Ex.: O terramoto de 1755 destrói a capital portuguesa.
- Acção pontual simultânea ao momento de enunciação.
Ex.: Ronaldo corre para a bola e marca golo.
- Acção habitual que ocorre frequentemente no presente, podendo ser periódica ou continua.
Ex.: Todos os anos passo férias no Algarve.
A Célia levanta-se às sete da manhã.
- Acção a concretizar no futuro próximo.
Ex.: O exame termina daqui a quinze minutos.
Não só o presente do indicativo apresenta esses valores que AMORIM, SOUSA & VILELA referem, como também CUNHA e CINTRA (2005:447) referem outros valores que esse tempo verbal apresenta, deste modo, segundo esses autores, o presente do indicativo pode:
- Indicar acções e estados permanentes ou assim considerados como sejam uma verdade científica, um dogma, um artigo de lei (presente durativo).
Ex: A terra gira em torno do próprio eixo.
Deus é pai! Pai de toda criatura.
A lei não distingue entre nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e ao gozo de direitos civis.
- Marcar um facto futuro, mais próximo; caso em que, para impedir qualquer ambiguidade, se faz acompanhar geralmente de adjunto adverbial:
Ex.: Vou para Coimbra.
Outro dia eu volto, talvez depois de amanha, ou na primavera.
- Pretérito imperfeito do indicativo
Na perspectiva de AMORIM, SOUSA & VILELA (2013:173), o pretérito imperfeito do indicativo pode indicar um acontecimento habitual, um acontecimento simultâneo ocorrido no passado, é um tempo preferencialmente utilizado nas descrições e é um tempo que serve para formular pedidos, deste modo, de forma detalhada apresentam-se os valores deste tempo verbal:
- Acontecimento habitual que ocorreu repetidamente no passado, podendo ser periódico ou continuo.
Ex.: Quando era criança, passava férias em porto Covo.
Todos os sábados, a Mariana percorria a marginal de patins.
Nota: O pretérito perfeito composto do indicativo apresenta sensivelmente o mesmo valor que o pretérito imperfeito do indicativo. No entanto, enquanto o primeiro (i) indica um acontecimento que começou no passado e se prolonga até ao presente, o segundo (ii) indica um acontecimento no passado que não se prolonga até ao presente:
Ex.: (i) O Hugo tem requisitado livros na biblioteca.
(ii) O Hugo requisitava livros na biblioteca.
- Acontecimento simultâneo ocorrido no passado.
Ex.: Meu tio estava a assistir, mas não dizia nada, porque minha tia dizia tudo por ele.
- Tempo preferencialmente utilizado nas descrições.
Ex.: No mármore da cómoda havia outra garrafa de champanhe entre dois copos; o toucador, um pouco em desordem, mostrava uma enorme caixa de pós de arroz […] (E. de Queirós)
- Formulação de pedidos.
Ex.: Queria um café.
- Pretérito perfeito do indicativo
- Acontecimento pontual ocorrido no passado.
Exemplo: Em 2006 o rali Dakar partiu de Lisboa.
Nota: O pretérito perfeito do indicativo nem sempre indica acontecimentos pontuais, na medida em que estes podem prolongar-se durante algum tempo no passado:
Ex.: Jogou cinco anos no Barcelona.
A opção pelo pretérito perfeito deve-se ao facto de o falante considerar o acontecimento no seu resultado, enquanto no pretérito imperfeito o acontecimento é perspectivado no seu discurso.
CUNHA e CINTRA (2005:328) refere que o pretérito perfeito é constituído por duas formas: forma simples e composta, em que:
- A forma simples indica uma acção que se produziu em certo momento do passado.
Ex.: Ergui-me, tonto, e vi em rebolo no chão os dois faroleiros.
- A forma composta exprime geralmente a repetição de um acto ou a sua continuidade até o presente em que falamos. É formada pelo verbo auxiliar ter no presente do indicativo e no particípio passado do verbo principal.
Ex.: Tenho escrito bastantes poemas.
- Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
- Acontecimento passado anterior a outro também passado, tido como ponto de referencia (PR).
Ex.: Ele já telefonara quando cheguei (PR).
- Acontecimento ocorrido num passado impreciso.
Ex.: longos anos o ramalhete permanecera desabitado, com teias de aranha pelas grades do postigos térreos e cobrindo-se de tons de ruína. (E. de Queirós, Os Maias).
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