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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Por:   •  9/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.546 Palavras (15 Páginas)  •  213 Visualizações

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LETRAS – PORTUGUÊS E ESPANHOL

HERMENSON PEREIRA DA SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização

Porto Velho-RO

2021

HERMENSON PEREIRA DA SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização

Trabalho   de   produção   textual   interdisciplinar

Individual apresentado à Universidade Unopar como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos   da Educação, Educação Formal   e   não   Formal, Didática: Planejamento   e   Avaliação, Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula e Ed – Comunicação Oral e Escrita.

Tutora à distância: Fabyanny de Fatima F. dos Reis Willy.

Porto Velho-RO

2021

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        DESENVOLVIMENTO        4

2.1 Trajetória histórica, social e política da educação de jovens e adultos no Brasil.        4

2.1. Direito, função social da escola e processo de ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos        6

3.        CONCLUSÃO        10

4.        REFERÊNCIAS        11

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi desenvolvido com base nas disciplinas estudadas no 3º semestre do curso de graduação de Letras – Português e Espanhol e visa abordar a escolarização de jovens e adultos analfabetos ou com baixa escolarização. Considerando ser papel da escola, dentre tantas outras, a promoção de ações justas e igualitárias e preparar o aluno para cumprir os requisitos formais de construção de um trabalho científico, estaremos neste trabalho refletido sobre a importância da escola no processo de escolarização de jovens e adultos ao longo da história.

O processo educativo no Brasil, nunca foi tão difícil de formar como a proposta para Educação de Jovens e Adultos, daí resultar em uma trajetória histórica marcada de programas e ações interrompidas.

Nos anos 40 (1940) foi quando tudo começou na Educação de Jovens e Adultos, é nesse momento que é dado a partida na Política Educacional Nacional. A partir daí a educação de adultos assumida através da campanha nacional do povo começou a mostrar seu valor e, com a Constituição de 1988, surgi o tema educação com interesse social e estabelece que a Educação Básica fosse oferecida também através da EJA. Assim, após longo período de implementação, por meio de programas e estratégias, a EJA, em 2008, passou a fazer parte da Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e ficou reconhecida como de Direito Público. Sobre a LDB, Lei nº 9.394/96, é pertinente a afirmação do prof. Haddad, que diz que essa lei “ dedica a essa educação de jovens e adultos uma seção curta e pouco inovadora”.

Assim, tem-se a EJA, que é caracterizada como modalidade da educação básica que corresponde ao atendimento de jovens e adultos que não frequentaram ou não concluíram a educação básica. Nos dias atuais usamos o termo Educação de Jovens e Adultos para assinalar as ações anteriormente conhecidas como Ensino Supletivo.

A diversidade peculiar a esta modalidade de ensino faz com que o espaço de aprendizagem seja repleto de riquezas sociais e culturais.

É pertinente buscar elementos que ajudem a enfrentar os desafios da consolidação da educação de jovens e adultos trabalhadores como direito de todos.

Abordaremos primeiramente fatores Históricos, sociais e políticos da educação de jovens e adultos, logo em seguida partiremos para uma reflexão que deverá abranger aspectos peculiares, dificuldades, metodologias e formação pedagógica.

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1. TRAJETÓRIA HISTÓRICA, SOCIAL E POLÍTICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL.

A ação educativa junto a adolescentes e adultos remonta ao período colonial, pois, segundo Di Pierro e Haddad (2000, pag. 108-109), “já no período colonial os religiosos exerciam sua ação educativa missionária em grande parte com adultos”. Embora o objetivo primordial desses religiosos fossem transmitir o evangelho, também ensinavam ofícios necessários ao funcionamento da economia, por exemplo.

Desde então, pouco ou quase nada foi realizado no sentido de prover ensino para os jovens e adultos até o ano de 1940. Assim, segundo CARVALHO (2009)

algumas novas iniciativas nesse período, em se tratando da educação de adultos, foram realizadas. Todavia, apesar dos avanços, o novo Censo realizado em 1940 revelava a existência de 56,2% de analfabetos entre as pessoas maiores de 15 anos, evidenciando que a redução do percentual de analfabetismo não alcançava 10%.

Com o advento da Constituição de 1934 foi iniciado o Plano Nacional de Educação, que, segundo Di Pierro e Haddad,

vinculou constitucionalmente uma receita para a manutenção e o desenvolvimento do ensino; reafirmou o direito de todos e o dever do Estado para com a educação; estabeleceu uma série de medidas que vieram confirmar este movimento de entregar e cobrar do setor público a responsabilidade pela manutenção e pelo desenvolvimento da educação. (2000, p. 110)

O Plano Nacional de Educação incluía entre suas normas o ensino primário integral gratuito e de frequência obrigatória, cujo ensino devia ser extensivo aos adultos. Com isso, a educação de jovens e adultos passou a ser reconhecida e a receber tratamento particular.

Buscando viabilizar a implementação do ensino para jovens e adultos, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos - INEP, criado em 1938, instituiu, em 1942, o Fundo Nacional do Ensino Primário, cujo objetivo era realizar um programa progressivo de ampliação da educação primária que incluísse o Ensino Supletivo para adolescentes e adultos.

Nessa linha, após a 2ª Guerra Mundial, tendo em vistas as desigualdades entre os países no quesito educação, conforme apontado naquela época pela UNESCO, o Brasil criou em 1947 o Serviço de Educação de Adultos (SEA) como serviço especial do Departamento Nacional de Educação do Ministério da Educação e Saúde, que tinha por finalidade a reorientação e coordenação geral dos trabalhos dos planos anuais do ensino supletivo para adolescentes e adultos analfabetos. A criação desse serviço foi de significativo avanço. Nesse sentido, RIBEIRO:

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