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Pensamento Moderno

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Por:   •  18/4/2013  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  1.113 Visualizações

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Características do pensamento moderno

A religião, suporte do saber na Idade Média, a partir do final daquele período durante o Renascimento vinha sofrendo diversos abalos com o questionamento da autoridade papal, o advento do protestantismo e a conseqüente destruição da unidade religiosa. Ao critério da fé e da revelação, o indivíduo moderno opõe o poder exclusivo da razão de discernir, distinguir e comparar. Ao dogmatismo, opõe a possibilidade da dúvida. Ao desenvolver a mentalidade crítica, questiona a autoridade da Igreja e o saber aristotélico. Assume uma atitude polêmica perante a tradição. Só a razão é capaz de conhecer.

O que vemos se afirmar é uma característica importante do pensamento moderno: o racionalismo. Uma das expressões mais claras desse racionalismo é o interesse pelo método.

Embora o método tenha sido sempre objeto de discussão na filosofia, nunca o foi com a intensidade e a prioridade que lhe dedicaram os filósofos do século XVII. Até então a filosofia se debruçara sobre o problema do ser, mas na Idade Moderna se volta para as questões do conhecer. Enquanto o pensamento antigo e medieval parte da realidade inquestionada do objeto e da capacidade humana de conhecer, surge na Idade Moderna a preocupação com a “consciência da consciência”. Antes se perguntava: “Existe alguma coisa?”, “Isto que existe, o que é?”. Agora o problema não é saber se as coisas são, mas se nós podemos eventualmente conhecer qualquer coisa. Das questões epistemológicas, isto é, relativas ao conhecimento, deriva a ênfase que marcará a filosofia daí por diante.

Nessa virada temática, dá-se também outra inversão: enquanto o filósofo antigo não questiona a realidade do mundo, René Descartes (1596 – 1650), seguindo rigorosamente o caminho, o método por ele estabelecido, começa duvidando de tudo, até reconhecer como indubitável a própria existência. É na descoberta da subjetividade que residem às variações do novo tema. O filósofo passa a se preocupar com o sujeito que conhece mais do que com o objeto conhecido.

É tão importante a questão do método no século XVII que Descartes a coloca como ponto de partida do seu filosofar. A dúvida metódica é um artifício com que demole todo o edifício construído do saber para recomeçar tudo de novo. O método adquire um sentido de invenção e descoberta, e não mais a possibilidade de demonstração organizada do que já é sabido.

Outros filósofos, além de Descartes, também se dedicam ao problema do método, tais como Francis Bacon, Locke, Hume, Espinosa. O método filosófico passa por profunda transformação e até hoje não cessa de desencadear as mais diversas polêmicas.

O próprio Galileu, também no século XVII, teoriza sobre o método científico, que significou uma verdadeira revolução: é justamente nesse momento que a ciência rompe com a filosofia aristotélico-escolástica e sai em busca do seu próprio caminho.

Outra característica do pensamento moderno é o antropocentrismo. Enquanto o pensamento medieval é predominantemente teocêntrico (centrado na figura de Deus), o indivíduo moderno coloca a si próprio no centro dos interesses e decisões. Ao prevalecimento da explicação religiosa do mundo, é contraposta a laicização do saber, da moral, da política, que é estimulada pela capacidade

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