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A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO MODERNO NO SERVIÇO SOCIAL: O REFERENCIAL TEÓRICO E O TRABALHO PROFISSIONAL

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Por:   •  7/10/2014  •  4.668 Palavras (19 Páginas)  •  617 Visualizações

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A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO MODERNO NO SERVIÇO SOCIAL: O

REFERENCIAL TEÓRICO E O TRABALHO PROFISSIONAL

BRANT, Nathália Lopes Caldeira1

Eje Temático II: El debate sobre las teorías criticas en la formación profesional.

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências

Humanas e Sociais.

Avenida Eufrásia Monteiro Petráglia, nº 900 – Bairro Jardim Doutor Antônio Petráglia.

Franca, São Paulo, Brasil - CEP 14409-160.

Fone: (+55163706-8793).

e-mail: nath_lcb@yahoo.com.br

Trabajo de Investigácion

Palavras-chave: Formação profissional. Sociedade capitalista. Teoria Social. Trabalho

profissional.

RESUMO:

Este artigo tem como objetivo discutir acerca da influência do pensamento moderno no

Serviço Social, ressaltando particularidades na realidade brasileira, abordando o

referencial teórico assumido pelo Projeto Ético-Político Profissional e a objetividade do

trabalho profissional inserido na lógica da sociabilidade regida pelos interesses do capital.

1.INTRODUÇÃO

1.1. Modernidade e Serviço Social: Reconstrução Histórica e o Movimento de Reconceituação

do Serviço Social

Considerar uma relação entre a Modernidade e o Serviço Social, pressupõe tecer

sobre a relação intrínseca do Serviço Social com a questão social e o modo como tal

profissão se constitui, particularmente, no Brasil. A relação da questão social com a

profissão, já muito discutida e teorizada, se torna relevante uma vez que “[...] é a questão

social que dá concretude ao Serviço Social.” (Mota, 2010, p.45).

O Serviço Social, no Brasil, surge no início do século XX, na urgência de atender,

institucionalmente, as refrações da questão social, que vão se intensificando pelo

processo de industrialização do país (que se dá de modo tardio ao comparar com os

outros processos ocorridos no globo) e exigem resposta e respaldo por parte do Estado

que acaba por ter que amenizar os impactos na vida de grande parcela da população. É

também quando se inicia as primeiras formulações das políticas sociais que servem

como instrumento para este profissional a fim de manter a ordem, atendendo algumas

necessidades dessa população.

A profissionalização do Serviço Social pressupõe a expansão de produção e de

relações sociais capitalistas, impulsionadas pela industrialização e urbanização, que

trazem, no seu verso, a questão social. (Iamamoto, 2008, p. 171, grifo do autor).

1 Mestranda no Programa de Pós Graduação em Serviço Social da UNESP-Franca. Graduada em

Serviço Social pela UNESP-Franca, 2010. Assistente Social do Instituto de Educação, Ciência e

Tecnologia do Sul de Minas – Campus Machado. Bolsista CAPES. nath_lcb@yahoo.com.br

2

Falar no Serviço Social é necessariamente se remeter aos limites da sociedade

capitalista, sociedade que se caracteriza pela exploração do homem pelo próprio homem,

no atendimento às necessidades de expansão do capital. Ainda que esta profissão esteja

inserida neste marco, possui condições de se contrapor a esta lógica, mesmo que não

supere totalmente seu caráter contraditório.

Como dito, a profissão tem seu início nas primeiras décadas do século XX, com a

primeira escola de Serviço Social em 1936 na cidade de São Paulo, onde os primeiros

assistentes sociais foram formados para atender as mazelas da sociedade, para o

enfrentamento da pobreza, com o intuito de manutenção da ordem por meio das políticas

sociais.

Intimamente ligada a ações da Igreja Católica, com características de caridade e

de filantropia, a profissão se desenvolve e amadurece com o desafio de superação deste

caráter de ajuda e caminha no sentindo de repensar a razão de existência de si no

âmbito da sociedade capitalista, pensar quais as possibilidades de intervenção e com

qual intencionalidade se dá suas ações.

Iamamoto (2009) ressalta a reorganização do bloco católico, criando as bases

para o surgimento dessa profissão, sob forte influência do modelo europeu (autoritário,

doutrinário), entretanto esse fenômeno não pode ser relacionado apenas ao caráter

transnacional da Igreja Católica.

Conforme afirma Iamamoto (2009), o Serviço Social nasce e se desenvolve como

profissão reconhecida na divisão social do trabalho, tendo por pano de fundo o

desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana em um contexto em que se

afirma a hegemonia do capital industrial e financeiro, que emerge sob novas formas da

chamada “questão social”, a qual se torna a base de justificação

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