Poema de Cordel

Poema de Cordel

O que é:

Cordel são folhetos contendo poemas populares, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome.

Os poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Exemplos:

Ela disse assim (A teus pés)

Ela disse assim

É porque é

É porque é

Não há desespero em vão

Se ela quer voar

É porque tem assas

É porque tem asas

Não não não

Quando a gente voa

Distante e só

Tão distante e só

O sol não vem e a luz que cai

Nunca mais voltou

Nunca mais voltou

Não não não

O poeta pena quando cai o pano

E o pano cai

Acordes em oferta, cordel em promoção

A Prosa presa em papel de bala

Música rara em liquidação

Poema Figurativo

O que é:

Empregado desde a Antiguidade Clássica, o Poema Figurado é uma composição poética cujos versos se organizam de maneira a sugerir a forma do objeto que lhe constitui o tema: coração, cálice, asa, etc.

No simbolismo despertou o interesse dos poetas, mas quem o repôs em circulação foi a poesia concretista que preconiza a espacialização e geometrização do poema, esquemas arquitetônicos de semelhante caráter.

Hoje o poema figurado transformou-se em um mero exercício de forma, de arte artesanal. Diz-se, até, que serve para encobrir carência ou falta de inspiração, ou seja, “Arte sem Arte”.

Dos nossos poetas, compuseram poemas figurados Fagundes Varela, Soares de Souza, Mário de Lima, Hermes Fontes, Da Costa e Silva entre outros. Deste último, faço exemplo, o poema “Madrigal de um Louco”: