Práticas acadêmicas com a leitura
Por: ivanmartins • 7/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 757 Palavras (4 Páginas) • 158 Visualizações
RESUMO: Pretende-se, com este artigo, fazer uma reflexão sobre algumas concepções de leitura, com base, principalmente, em estudos da área da linguística, da linguística aplicada e da psicolinguística. Conhecendo os aspectos cognitivos da leitura conforme as práticas acadêmicas e será entendido o porquê a leitura errada ainda existe.
A leitura vem sendo estudada por diversas áreas do conhecimento. Conforme o foco de pesquisa, a concepção de leitura se modifica, aproximando-as, fazendo interseções ou se modifica completamente. Com essa variação de concepções novos trabalhos vão refinando e aperfeiçoando os conceitos anteriores.
A palavra ler, traduz em sua raiz, três níveis de leitura: 1) a leitura enquanto decodificação, 2) a leitura enquanto “colheita” e 3) a leitura enquanto construção de sentido por parte do leitor.
Os trabalhos que procuram descrever a leitura como processo podem ser divididos em dois grandes polos: situam-se os modelos de processamento ascendentes, que constituem estratégicas que começam pela verificação de um elemento escrito qualquer para, a partir daí, mobilizar os conhecimentos anteriores e, descendentes, que é constituído por estratégicas que vão dos conhecimento anteriores à leitura daquele texto para o nível da decodificação das palavras, entre eles situam-se concepções intermediárias, que oscilam entre a forma de processamento.
A leitura vista por GOUGH (1972), é considerada uma das mais radicais concepções ascendentes, a leitura é vista como um processo mecânico, que não envolve um raciocínio elaborado. Já a leitura vista por GOODMAN (1967 e 1970) de ordem dos processamentos descendentes, vê a leitura como “um jogo psicolinguístico de adivinhações”, de acordo com essa concepção, tem –se a leitura como interação entre o texto e o leitor.
Avançando um pouco mais na concepção de GOOFMAN, tem-se a concepção de leitura de SMITH (1971), para quem a formulação de hipóteses não tem base apenas nas expectativas do leitor, mas também nas intenções do autor, marcada linguisticamente através de pistas textuais. Também para (LEVY 1979) que o leitor constrói o significado a partir do seu conhecimento prévio e da percepção das intenções do autor
A partir das concepções de GOODMAN e SMITH conclui-se que o leitor deve ser rápido, seletivo, capaz de utilizar seu conhecimento anterior e “ler significados” e não letras e palavras (como defende GOUGH). De acordo com as concepções de SMITH e LEVY, já se percebe a leitura como uma forma de interação entre autor e leitor mediante o texto.
Entretanto a pesquisa na área da leitura já tenha apresentado vários modelos complexos, ainda encontra-se em livros que contém uma concepção mecânica da leitura, como as perguntas de interpretação de texto em que exige, ao máximo, a decodificação de palavras.
A partir das práticas de leituras, surgem também as atividades de produção textual, significativas e contextualizadas, como a produção de resumos e resenhas. Uma prática simples e que enfatiza o leitor em busca de uma leitura mais eficiente é conhecida com varredura. A perda da qualidade gráfica como: ‘‘letras em tamanho reduzido; falta de cores, importantes principalmente em gráficos e ilustrações; redução de margens; montagens sem apresentação estética, dentre outros’’. Esses fatores podem afetar, ainda, a compreensão do texto. A leitura linear é dividida em dois momentos, primeiro em uma leitura sem interrupções, e segundo procura-se fazer uma leitura pausada, com um marcadores sublinhando e entendendo o sentido de palavras desconhecidas.
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