RESENHA DO LIVRO “DIANTE DAS LETRAS: A ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO”
Por: Adri.als • 24/1/2020 • Relatório de pesquisa • 3.575 Palavras (15 Páginas) • 507 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE LETRAS – FALE
FONOLOGIA DO PORTUGUÊS
ADRIANA ALVES FERREIRA
RESENHA DO LIVRO “DIANTE DAS LETRAS: A ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO”
MACEIÓ/AL
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE LETRAS – FALE
RESENHA DO LIVRO “DIANTE DAS LETRAS: A ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO”
Trabalho da disciplina Fonologia do Português, 2019.2 do curso de Letras – Ufal, como parte integrante da segunda avaliação orientada pelo Prof. Dr. Aldir Santos de Paula.
MACEIÓ/AL
2019
RESENHA
MASSINI-Cagliari, Gladis; Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1999.
A presente resenha foi realizada através do livro nomeado “Diante das letras: a escrita na alfabetização”, escrito pelos autores Gladis Massini-Cagliari e Luiz Carlos Cagliari, catalogado em 1999, editado em 2008 pela editora Mercado de Letras na cidade de Campinas - São Paulo.
Este livro foi redigido de forma clara, simples e compreensível para o leitor, o seu conteúdo nos traz reflexões voltadas para algumas indagações relacionadas com os sistemas de escrita no desenvolvimento da alfabetização dos alunos em fase inicial como: as letras, os números e os sinais de pontuação. Revelam quando um simples desenho favorece o ato de escrever, saindo do rabisco da imagem para as palavras escritas. Os autores também classificam os fundamentos dos sistemas de escrita ideográfica e fonográfica, além de explicar o confuso e diverso mundo das letras que dificultam o aprendizado dos alunos em fase inicial.
O foco específico deste exemplar é concedido especialmente ao estudo da ortografia onde é esclarecido que o sistema de escrita é fonográfico, entretanto não é fonético, ou seja, a transcrição não segue um sistema de pronúncias estáticas dos falantes e sim de uma variação linguística representada por diversificados sinais gráficos da imagem de um objeto dentro de um determinado contexto.
A estrutura deste livro inclui 16 capítulos escritos em 238 páginas ao todo; a capa é simples de material resistente com pouco brilho, com imagem brevemente atraente; o acabamento em brochura; na contracapa se encontra a identificação da obra, dos autores, da editora, ano de catalogação e edição, seu registro e número intransferível (ISBN); na folha de rosto, uma pequena e simples dedicatória oferecida aos pais dos autores; um sumário especificando os capítulos e um prefácio que explica os objetivos principais da obra para o leitor.
No primeiro capítulo “Quando desenho é escrita”, os autores mencionam que conhecer as diferenças entre Desenho e Escrita é muito importante para o alfabetizador principalmente para quem se dedica aos anos iniciais com as crianças, ou seja, o professor deve saber diferenciar os desenhos das escritas realizadas pelos alunos, pois são representações do mundo de maneira direta e indireta construídas pela percepção de cada aluno.
Os autores mostram algumas figuras que representam objetos ou ideias de mundo como exemplo, utiliza anúncios publicitários de jornais com figuras de aparelhos telefonicos onde cada ilustração representa uma linguagem distinta, ou seja, a palavra “telefone” e o objeto figurado na imagem, com isso mencionam que as figuras são mais compreensíveis na aprendizagem antes da escrita dos alunos, o que facilita bastante na alfabetização.
Mencionam outro exemplo de escrita que os jornais utilizam, que são os símbolos das carinhas de Emoji como: [pic 1],[pic 2],[pic 3], para indicar a satisfação positiva ou negativa de um programa de TV ou de um filme, pois estes símbolos significam muitas palavras escritas numa só figura e representam uma linguagem divertida para os alunos.
No segundo capítulo “Escrita ideográfica e escrita fonográfica”, a autora Gladis Cagliari nos explica que a ciência linguística determinou que a linguagem dos humanos se realiza através dos signos, segundo Saussure (1857) “a linguagem é formada de sons e ideias, ou seja, de significante e de significado”, várias pesquisas comprovaram este fenômeno linguístico.
Porém a autora discorda um pouco e diz que a linguagem não é igual ao mundo, não é a sua cópia, pois a relação do signo com o mundo é aleatória ou contrária e dá um exemplo na palavra “CASA” que se refere a um só objeto nessa concepção, mas tem outros significados que poderiam ser: mansão, house, casebre.
Esclarece que a escrita ideográfica surge através do registro da linguagem, ou seja, da maneira de escrever a partir dos significados, e das ideias que surgem através das figuras. Já a escrita fonográfica é escrita através dos sons das palavras e afirma que todas as línguas do mundo podem ser escritas a partir desses dois fatores de escrita, pois todas elas são constituídas de sons ligados a significados. Logo após, indica a diferença entre a escrita ideográfica e a escrita com letras que se encontram principalmente no seu uso ou sua função, ou seja, para escrever uma poesia, os sons das palavras são captados e interpretados mais rápidos pelo ouvinte, já nas placas de trânsito a captação do significado leva um tempo para serem decifrados com exatidão pelo leitor.
Determina a escrita fonográfica como a representação da linguagem originada da representação dos sons, ou seja, os significados veiculados pelas palavras são recuperados na leitura através do reconhecimento dos sons da palavra escrita e depois através da recuperação das ideias que o escritor quis passar para o leitor.
Apresenta o terceiro capítulo, “O que é uma Letra? Reflexões a respeito de aspectos gráficos e funcionais”, inicia com uma indagação e explana que essa questão parece ser bem fácil de responder com poucas palavras como, “são sinais que usamos para escrever”, só que não é bem assim, pois mesmo a resposta sendo verdadeira, pode nos levar a uma conclusão errada, embora sendo as letras realmente sinais de escrita, nem todo sinal é uma letra, e dá como exemplos: ?, %, @, ^,*,^, #, !.
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