RESUMO EXECUTIVO Cores do mal, Charles Bodder
Projeto de pesquisa: RESUMO EXECUTIVO Cores do mal, Charles Bodder. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: romaes • 22/10/2014 • Projeto de pesquisa • 916 Palavras (4 Páginas) • 333 Visualizações
ATIVIDADES ACADEMICO-CIENTIFICO-CULTURA
ROSÂNGELA DOS SANTOS FERREIRA, R.A. 1151239.
LICENCIATURA EM ARTE - EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
SÃO JOSE DO RIO PRETO
11/10/2014
RESUMO DO LIVRO
As Flores do Mal, de Charles Baudelaire.
Charles Pierre Baudelaire nasceu em Paris no dia 9 de abril de 1821 e veio a falecer em 31 de agosto de 1867. A morte de seu pai e as segundas núpcias de sua mãe marcou os primeiros anos de sua vida. Obrigado pela sua família, que não admite sua paixão pela literatura, realiza uma longa viagem pelo oriente, em 1841. Um ano depois, regressa a Paris, onde vive de forma boemia e se relaciona com outros escritores. Seus artigos publicados na imprensa servirão para que Baudelaire fuja da pobreza.
Em 1845 publica “Os Salões”, uma crítica artística aos pintores e criadores que dominavam o panorama artístico parisiense da época. As traduções das obras de Edgar Allan Poe, autor por quem Baudelaire tinha grande admiração, foi outra de suas principais ocupações. Herdeiro de uma grande fortuna, seu estilo de vida desregrado e excêntrico o levou à ruína e à morte aos 46 anos.
O livro As Flores do Mal, que escreveu em 1857, é considerada o marco da poesia moderna. Aborda os males do homem e da sociedade, com versos rigorosamente metrificado e rimados, que prefiguraram o Parnasianismo. Baudelaire tratou de temas e assuntos que vão do sublime ao escabroso, investindo liricamente contra as convenções morais que permeavam a sociedade francesa dos meados do século XIX, obra que o levaria aos tribunais, ao ser considerado um atentado contra a moralidade. Em sua produção literária destacam-se também Os Paraísos Artificiais (1860), Pequenos Poemas em Prosa e Meu Coração a Nu. Romântico para uns, simbolista para outros, Baudelaire se coloca como uma das mais importantes figuras da literatura francesa. Os poemas desta obra retratam como ninguém as mazelas do espírito humano.
Diversos poemas de As Flores do Mal foram cortados do livro como imorais, por decisão legal, num processo que só foi anulado em 1949. Nem mesmo suas dilacerantes contradições e dramas íntimos, alternando orações a Deus e ao diabo, transformando sua vida em uma prodigiosa confusão entre amor sublime e degradação, dissipação e trabalho intelectual, tudo isso agravado pela doença que o corroía, a sífilis que acabaria por levá-lo à morte em 1867, aos 46 anos, não o impediram de, à sua maneira, ser consistente. Comentário de Paul Valéry: As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstrata e poderosa.
As Flores do Mal é o livro que inaugura o simbolismo, redimensiona o poeta e o texto abrindo caminhos que se revelavam áridos para as possibilidades que se apresentavam.
Baudelaire tornou-se a lanterna para uma geração de escritores originais, Poe, Cruz e Souza, Eugenio de Castro e tantos outros transitaram sobre os passos deste poeta que, como poucos, criaram e ousou levando a expressão para além do tema, antecipando relações lógicas e que ainda hoje não
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