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Relato de Experiência de Estágio em Língua Protuguesa

Por:   •  12/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.543 Palavras (15 Páginas)  •  196 Visualizações

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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A APLICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA-AÇÃO PARA A DISCIPLINA DE ORIENTAÇÃO PARA O ESTÁGIO EM LÍNGUA PORTUGUESA II

Alessandro Lima[1]

RESUMO

Trata-se de um relato de experiência cujo objetivo é relatar o desenvolvimento do projeto de pesquisa-ação de Língua Portuguesa e sua aplicação em escola campo de ensino médio nas turmas de 1° ano C e D no período matutino. O alvo do trabalho era trabalhar questões de vestibular de grandes universidades e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para revisar os conteúdos de figuras de linguagem e de dialetos e registros. O período de aplicação do projeto foi de 26 de maio de 2015 a 19 de junho de 2015. O trabalho foi desenvolvido e aplicado de forma colaborativa por um grupo de três acadêmicos.

PALVRAS-CHAVE:         Questões de vestibular. Figuras de linguagem. Dialetos e registros.

ABSTRACT

This is an experience report that aims to describe the development of a Portuguese Language project and its enforcement on the high school in classes of 1st grade. The goal of the project was to work examination questions of major universities and questions from the Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) for to review the contents of figures of speech and dialect and registers. The project implementation period was from May 26 to June 19, 2015. The work was developed and implemented collaboratively by a group of three academics.

KEYWORDS: Examination questions. Figures of speech.  Dialect and registers.

INTRODUÇÃO

                Este relatório visa apresentar os resultados do período de Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa II, disciplina do 4° ano do curso de Licenciatura Plena em Letras Português/Inglês da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Campus de Inhumas, bem como tecer alguns comentários acerca das experiências vividas na escola campo de ensino médio da mesma cidade.

                O período de estágio teve início em 02 de março de 2015 com a observação da escola campo, o que possibilitou conhecer a estrutura, a rotina e o corpo docente da mesma. E pôde ser constatado que a escola campo apresentava uma boa estrutura. Fomos recebidos pela vice-diretora, que apresentou disponibilidade para responder às nossas perguntas.

                Em 24 de março de 2015 iniciamos a fase de semirregência, em que foi observado um total de quatorze aulas nos três anos do ensino médio e em todas as disciplinas (Literatura, Gramática, Redação). As aulas eram ministradas de acordo com o modelo tradicional, ou seja, seguiam o roteiro de explicação e exercícios de fixação. E pudemos notar também que apesar de tratar de uma escola militar em que a disciplina é a prioridade, muitas das turmas apresentavam o comportamento de alunos de escolas comuns, ou seja, barulhentos, desinteressados e às vezes bem mal educados.

                No dia 26 de maio de 2015 teve início a fase de regência. Os planos de aula foram elaborados em conjunto pelo nosso grupo de estágio e a temática foi estabelecida sob o título “O despertar dos alunos na resolução de questões de língua portuguesa de vestibulares/Enem no ensino médio”. Nosso intuito foi atender ao pedido da direção da escola campo para que substituíssemos umas das professoras regentes que entro em licença médica. Além disso, tivemos que seguir o planejamento da professora em que questão. Sendo assim elaboramos nosso projeto visando revisar os conteúdos de figuras de linguagem e de dialetos e registros. E esta revisão seria amparada em questões de vestibulares passados de grandes universidades brasileiras, bem como questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

                Aplicamos o projeto nas turmas de 1° ano C e D no período matutino, perfazendo um total de doze horas/aulas.

                Muito se fala sobre o ensino de Língua Portuguesa nas escolas, em como transformar este ensino em algo atrativo para o aluno. De certo mesmo é que vemos que o ensino de Língua Portuguesa não está funcionando como deveria ou como poderia. A grande queixa da maioria dos alunos é que as aulas de Língua Portuguesa são chatas, maçantes. A visão de que aula de português serve para se aprender a falar corretamente não encontra mais sentido hoje. É necessário contextualizar o ensino com a linguagem que os alunos usam no dia a dia e mostrar-lhes as várias possibilidades de sentidos e trato com a língua.

                Pensando nisso e também na necessidade de atender ao pedido da escola em revisar os conteúdos supracitados e mais ainda, procurar atender a defasagem de leitura da maioria dos alunos, recorremos às questões de vestibulares que contextualizassem o uso das figuras de linguagem e dos dialetos e registros. Para Paulo Freire (2006, p. 5), “leitura boa é a leitura que nos empurra para a vida, que nos leva para dentro do mundo (...)”, ou seja, a leitura não pode ser mais vista apenas como decodificação de signos para a obtenção de conhecimento prático de conteúdos visando boa nota na prova. A mera leitura “objetiva”, que consistem em retirar palavras do texto para classificá-las tira do aluno a chance de entender o sentido real delas dentro do texto e também a capacidade de conhecer e entender o que está lendo e para piorar o priva da capacidade de pensar por si mesmo.

                A leitura não é atividade simples em que basta entregar textos aos alunos pra que leiam e respondam a questões interpretativas. Ler envolve uma série de mecanismos que o aluno deve ter para proceder a uma boa leitura. Para Oliveira (2010), esses mecanismos são chamados conhecimentos:

“Conhecimentos linguísticos são os semânticos, os sintáticos, os morfológicos, os fonológicos e os ortográficos. Conhecimentos enciclopédicos são aqueles que possuímos a respeito do mundo, os quais incluem os conhecimentos gerais, característicos do senso comum, e os conhecimentos mais específicos, tanto em termos culturais quanto em termos técnicos. Conhecimentos textuais, que não se confundem com os linguísticos (...), são aqueles que possuímos acerca dos elementos de textualidade, dos tipos e gêneros textuais (...)”. (Oliveira, 2010, p. 60).

Sendo assim, decidimos nos utilizar da charge como nosso texto principal, pois além da interpretação, ela também abre possibilidades de análise do contexto em que o aluno está inserido. Na charge não basta apenas lê-la, é necessário também estar atento aos sentidos que a atravessam, como por exemplo, o momento histórico e cultural e até mesmo observar que certos sentidos podem ser dados apenas nos concentrando no autor da mesma (orientação política, público a quem costuma dirigir-se, etc.).

                No tocante a produção de texto, se faz necessário falar brevemente sobre a definição de texto. No capítulo Noções Preliminares de Texto: fundamentos e práticas, Irandé Antunes traz noções sobre o que é textualidade e texto. A textualidade, Antunes (2010) define como qualquer ação de linguagem que tenha função comunicativa. Já o conceito de texto é tratado pela autora como sendo tudo o que falamos e escrevemos em situação de comunicação. Mas para ser considerado texto o conjunto de palavras precisa apresentar elementos como coesão, coerência, informatividade e intertextualidade. Assim um texto precisa seguir caminhos durante a sua construção para que efetivamente cumpra uma função comunicativa, provocando assim uma resposta.

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