Resenha do filme: Quanto vale ou é por quilo?

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Resenha de filme: Quanto vale ou é por quilo

O filme faz uma narrativa sobre a história do Brasil no período colonial e associa com os dias atuais, em diferentes episódios.

O primeiro envolve o caso de uma negra alforriada, e o rapto de seu escravo por um proprietário branco. A negra reúne um grupo e vai à casa do homem com os papéis que garantem a posse de seu escravo, legalmente adquirido.

O episódio se conclui com a denúncia do homem branco contra a negra, por perturbar a ordem, seu posterior julgamento e condenação por invasão de propriedade do senhor branco.

Ao associar ao período atual, ainda vivenciamos diversas injustiças quando se trata da relação social entre negros e brancos, homens e mulheres. Nossa sociedade é preconceituosa e machista, ainda hoje, a palavra de um homem branco é considerada acima de uma mulher negra.

O filme faz uma analogia entre os costumes das classes dominantes no período colonial e a exploração das classes menos favorecidas de hoje, apresenta durante o filme as referências do arquivo nacional do Rio de Janeiro.

Ainda, faz uma crítica acerca dos trabalhos ditos sociais e das Organizações não governamentais, com um discurso humanitário, tais empresas se beneficiam através da exploração da imagem dos pobres. Muitos políticos corruptos se utilizam de empresas de fachada para fazer lavagem de dinheiro, entre elas, as ditas Ong’s.

Através de estratégias golpistas e marqueteiras, lucram com a miséria do pobre, visam maiores patrocinadores e desviam verba dos projetos sociais. Sendo assim, dentro do sistema capitalista ao qual pertencemos o homem é apenas um número gerador de lucro, um eterno escravo, do sistema, da mídia, de seus anseios.

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