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TIPOS DE LEITURA

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Por:   •  13/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.639 Palavras (7 Páginas)  •  3.885 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A leitura é parte da interação verbal escrita, enquanto implica a participação cooperativa do leitor na interpretação e na reconstrução do sentido e das informações pretendidos pelo autor. A atividade da leitura completa a atividade da produção escrita. É por isso, uma atividade de interação entre sujeitos e supõe muito mais que a simples decodificação dos sinais gráficos. O leitor, como um dos sujeitos da interação, atua como participante, buscando recuperar, buscando interpretar e compreender o conteúdo e as intenções pretendidas pelo autor.

A leitura é uma atividade de acesso ao conhecimento produzido, ao prazer estético e, ainda, uma atividade de acesso às especificidades da escrita. Ela envolve diferentes processos e estratégias de realização na dependência de diferentes condições do texto lido e das funções pretendidas com a leitura. Depende não apenas do contexto linguístico do texto, mas também do contexto extralinguístico de sua produção e circulação.

O QUE É LER

A atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura. É muito mais importante saber ler do que escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para a leitura. Se um aluno não se sair muito bem nas outras atividades, mas for um bom leitor a escola cumpriu sua tarefa. A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola. A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma.

O aluno muitas vezes não resolve problemas matemáticos, não porque não saiba matemática, mas porque não sabe ler o enunciado do problema. Ele sabe somar, dividir etc., mas ao ler um problema não sabe o que fazer com os números e a relação destes com as realidades a que se referem.

Ler é uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos. Podemos ler sequências de números de maneiras diferentes, dependendo daquilo a que eles se referem. Tudo o que se ensina na escola está diretamente ligado à leitura e depende dela para se manter e se desenvolver.

A leitura é a realização do objetivo da escrita. Quem escreve, escreve para ser lido. Ela é uma atividade profundamente individual e duas pessoas dificilmente fazem uma mesma leitura de um texto, mesmo científico. Ao contrário da escrita, que é uma atividade de exteriorizar o pensamento a leitura é uma atividade de assimilação de conhecimento, de interiorização, de reflexão. Algumas pessoas analfabetas conseguem, às vezes, se sair bem economicamente, mas nem por isso deixam de ser pessoas vazias. Tem a riqueza externa, sabem se virar na sociedade, mas são pobres culturalmente, porque só experiência da vida, por mais rica que possa ser não é suficiente para fornecer uma cultura sólida e geral.

Às vezes, se referem à experiência da vida como “leitura do mundo”. A leitura do mundo é obviamente uma metáfora, mas nem por isso, deixa de ser algo tão importante para cada um quanto à própria filosofia de vida.

A leitura é, pois, uma decifração e uma decodificação. O leitor deverá em primeiro lugar decifrar a escrita, depois entender a linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que um texto tem e, finalmente, refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu. Os PCNs corroboram com isso, no que diz respeito ao uso-reflexão-uso. A leitura é uma atividade estritamente linguística e a linguagem se monta com a fusão de significados com significantes.

Uma criança não lê como um adulto. Sendo de um meio social pobre, não lê do mesmo jeito que uma criança de um meio social rico; nenhuma delas provavelmente lerá da mesma maneira que a professora. Também aqui não se deve concluir que uma lê bem e a outra lê mal; todas leem de maneiras diferentes. Cada um lê a seu modo e isso não é mal, mas é o que deve acontecer, e a escola deve respeitar a leitura de cada um. Por mais que um escritor se esforce para restringir a leitura de sua obra a limites bem definidos e controláveis, jamais isso será possível na sua totalidade. Caberá sempre ao leitor interferir na leitura que fará de acordo com seu mundo interior.

Ensinar as crianças a ler no seu próprio dialeto é fundamental para formar bons leitores. A criança que fala numa variedade do português diferente da que a escola usa e que aprende que a leitura deve necessariamente ser feita no dialeto da escola, levará esse hábito para a vida e, quando for ler, precisará fazer um esforço muito grande para conciliar velocidade de leitura e compreensão. A habilidade como falante é decisiva para uma boa leitura e indispensável para uma leitura mais rápida sem comprometer a compreensão.

TIPOS DE LEITURA

Uma leitura pode ser ouvida, vista ou falada. Um texto escrito pode ser decifrado e decodificado por alguém que traduz o escrito numa realização de fala. Esse tipo de leitura ocorre mais comumente nos primeiros anos de escola, no trabalho de certos profissionais, e em raras situações para a maioria das pessoas. A leitura oral, falada, é vista, em geral, devido aos preconceitos linguísticos da sociedade, como devendo ser a realização plena do dialeto-padrão no seu nível mais formal. A leitura oral é feita não somente por quem lê, mas pode ser dirigida a outras pessoas, que também “leem” o texto ouvindo-o. Os primeiros contatos das crianças com a leitura ocorrem desse modo. Os adultos leem histórias para elas. Ouvir histórias é uma forma de ler. A diferença entre ouvir a leitura está em que a fala é produzida espontaneamente, ao passo em que a leitura é baseada num texto escrito, que tem características próprias diferentes da fala espontânea. Porém, foneticamente as duas atividades são muito semelhantes, com relação ao processamento.

Nem sempre a leitura silenciosa é a mais adequada para certos textos que foram feitos com a intenção de serem lidos oralmente ou ouvidos. A leitura visual silenciosa é muito mais comum entre as pessoas. Sua importância para a vida da maioria delas é maior que a dos outros tipos de leitura.

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