Tópicos de História da Literatura

Disciplina: Tópicos de História da Literatura[pic 1]

Professora: Sueli Maria de Oliveira Regino 

Alunos:      

                                         ROMEU E JULIETA

ROMEU e Julieta. Direção: Franco Zeffirelli. Produção: Anthiny Havelock-Allan Brabourne. Roteiro: Franco Brusati e Masolini D’Amico, baseado em Romeu e Julieta de Willian Shakespeare. São Paulo: Paramount Pictures Home Vídeo, 1968, DVD, son., color.

O filme retrata o intenso amor de dois jovens, Romeu e Julieta. Pertencentes à famílias rivais, Montecchio e Capuleto, esse amor se torna proibido levando-os a atitudes extremas para poder viver essa paixão, envolto no amor, desejo e violência seu enredo aborda temas delicados de forma concisa e objetiva. O destaque à inocência revelada pelos protagonistas nos demonstra a intensidade desse amor, levando a comparação com a realidade de casais apaixonados, a morte porem, em contraste com toda paixão nos apresentada é de igual importância na trama. As brigas por motivações fúteis entre as famílias fazem com que Romeu haja inconsequentemente desencadeando em mortes e por fim, seu exilio. Julieta então forja sua morte, a qual Romeu confia ser verdadeira e juntamente com sua amada tira sua própria vida acreditando assim estará para todo sempre junto de seu grande amor, Julieta por sua vez acorda e se depara com o corpo de seu enamorado e morre ao lado de Romeu.
          Em 1969, foi vencedor de prêmios como: Oscar (EUA) nas categorias de melhor fotografia e melhor figurino; Globo de Ouro (EUA) na categoria de melhor filme estrangeiro em língua inglesa, melhor revelação masculina com Leonard Wihiting no papel de Romeu e melhor revelação feminina com Olivia Hussey no papel de Julieta; Bafta (Reino Unido) na categoria de melhor figurino.  Seu diretor Franco Zeffirelli, recebeu nomeações ao Oscar e ao Globo de Ouro de melhor realizador, por Romeu e Julieta.

  Existem variadas teorias sobre o autor do livro base deste filme, Romeu e Julieta, William Shakespeare.  Em Teatro e Sociedade, Boquet nos relata que Shakespeare era oriundo de uma família tida como burguesa (devida posição social de seu pai) e como consequência pôde estudar em uma escola de renome onde aprendeu latim. Seu primeiro contato, através da obra Heroides, com Ovideo deu-se também nessa época. A educação religiosa se dividia entre protestantes e papistas, mas acredita-se que William tenha morrido papista. Porem a posição de seu pai, a mesma que o levou a uma escola de burgueses, não fora suficiente para lhe atribuir o mérito pelo seu trabalho, rumores de que as obras não foram escritas por ele sugeriam inúmeros nomes conhecidos da época como verdadeiros autores citaram-se nomes como de Michelangelo Florio; alguns cogitaram devida a popularidade de seu nome, que “o ator William Shakespeare representou as obras de outro Willian Shakespeare” (BOQUET, 1989, p. 127).

Seus textos se destacaram pela excelência na escrita, Goethe nos diz que “Shakespeare fala ao nosso sentido interior” (2008, p. 41), tamanha era sua genialidade para transcrever intensamente sentidos opostos como a virtude e o vício. Ao se ouvir uma leitura sobre suas obras é possível se tele transportar e sentir os mais diferentes prazeres. Possuindo como base suas verdades e sua própria vida passa certa credibilidade e autenticidade a seus textos, não se encaixando nos modernos nem nos antigos, Shakespeare possui uma forma própria de se manifestar reunindo características dos dois, “na poesia antiga é a desproporção entre dever e realizar; na moderna, entre querer e realizar. (...) Por meio do dever a tragédia se torna grande e forte, por meio do querer, fraca e pequena” (p. 46/47), de forma ímpar ele consegue o equilíbrio entre as duas formas, mas não deixando o querer em vantagem sobre o dever.