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10.000 Antes de Cristo

Por:   •  5/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.646 Palavras (7 Páginas)  •  593 Visualizações

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Eu conheci um garoto, um garoto com uma realidade diferente da minha, cheio de marra, cheio de "poder", uma pessoa prejudicial pra minha vida.

E eu me apaixonei.

E eu amei ele.

E eu sempre fui muito mandona, e ele nunca me fez mal, nunca me contrariou.

Eu acordava durante a madrugada com ligações só pra saber se eu tava bem, e ouvir ele dizendo o quanto me amava, e fazia descrições do local onde ele estava, e brincava dizendo que queria estar dormindo ao meu lado. E todos os dias me acordava às 06:00 da manhã, dizendo que eu precisava ir pra escola.

Sempre fazia tudo o que eu pedia, sempre respeitava minhas decisões e escolhas. Com ele e nele quem mandava era eu.

E ele me desrespeitou em um único requisito. - conversar com minha mãe.

Mas a vontade de me ter era tanta, que ele foi lá e clamou por aceitação. Não conseguiu, mas n desistiu.

Sempre respeitando meus limites, nunca tentou algo que eu n quis. Sempre foi presente, a única coisa q ele pedia, era que eu fosse presente também (o que infelizmente/felizmente n foi válido), eu sempre fui medrosa demais pra enfrentar minha família, mas eu juro, eu juro de dedinho que eu amava ele. Eu juro que minha vida já era formada, e que eu não imaginava outro futuro pra mim.

Nós já tínhamos nossa casinha planejada, nossos dois filhos, nossa vida. Falávamos que não teríamos nenhum animal porque nem eu e nem ele cuidaríamos. As nossas brigas era por conta de eu estar em segurança, e ele não; porque eu não ter jantado; por eu não ter saído do quarto pra fazer alguma coisa; ou por eu não ter coragem suficiente de mostrar ele para o mundo.

O mais engraçado dessa história toda, é que com o passar do tempo, ele já não era mais a mesma pessoa, e apesar de todo mundo me falar que ele tinha mudado, que já estava sendo prejudicial pra mim, eu não conseguia enxergar.

Eu desvalorizei tanto ele no início, que ele cansou. E quando ele cansou, eu quis valorizar, e Ainda assim, ele ficou aqui.

Ele poderia ter sido, ou ser, a pior pessoa da face da terra, mas ele me amou! Ele não só amou, como ele provou de todas as maneiras que me amava.

Eu era a garota dele, eu era a garota que depois dele correr 5 km pra fugir dos tira, era pra mim que ele ligava, e dizia estar bem, que estava vivo por nós, que teríamos o nosso futuro.

Eu sempre soube que depois de mim, existia outras garotas. E eu nunca surtei com isso, porque eu entendia que ele tinha necessidades, necessidades das quais ele nunca me cobrou, e nunca tentou ser favorecido, e mesmo sabendo que tinha outras, eu também sabia que eu era única, e eu sempre soube porque ele fazia eu me sentir assim, única.

Eu sabia tantas coisas, coisas que poderiam me fazer sair correndo pra bem longe dele.

E o tempo tá se passando, quase dois anos, e eu tô perdendo as sensações, tô perdendo a eletricidade que eu sentia só de ouvir o nome dele. E apesar de ninguém entender, eu não quero perder isso, porque pela primeira vez na minha vida, eu fui suficiente pra alguém, e eu fui feliz. Gente do céu, eu fui tão feliz, é uma Felicidade que não tem palavras que possam expressar.

Ele sempre me falava que eu merecia coisa melhor, que eu daria orgulho pra ele. Mas ele era o meu melhor!

Lembro de quando ele foi comprar umas blusas, só gostou das feias, e eu só gostei das rosas (ele odiou todas), mas ficou com as quais eu escolhi.

Ele sempre quis um presente, ele sempre disse que poderia ser um bombom até, mas ele sempre quis o presente meu, e eu nunca dei.

Quando terminamos pela primeira vez, eu dei um presente a ele, eu dei o meu cordão de herança pra ele, abençoado pelo padre da minha congregação, e com o meu perfume.

Ele ficou tão feliz, que o fato de estarmos terminando, pareceu mais um início. Ele não reprimia palavras, dizia que me amava a todo segundo, e me carregava, e dizia que eu sempre seria sua garota, e eu sempre afirmava que seria só dele, pra sempre.

O nosso término se tornou outro início.

um início mais conturbado, mais complicado, eu já não via uma vida inteira com ele, mas n queria perdê-lo.

Eu sentia tantas emoções com ele, eu me sentia viva, eu era suficiente, o que é raro.

E o tempo foi passando, e eu fui me tornando ausente, o sentimento dele foi diminuindo, eu fui dando espaço pra outras entrarem na vida dele, e foi quando ele terminou comigo. Sumiu completamente da minha vida, o que na verdade foi um alívio, pois eu brigava muito com meus pais. E a desgraça pelo fato de eu saber que ele tinha me trocado por várias qualquer.

E eu não conseguia aceitar aquele fato, e decidi que iria me tornar igual elas, pra ver se chamava a atenção dele.

E nada disso resolveu, eu só me perdia mais e mais.

Lembro de uma vez, que eu tava brincando na rua, e ele apareceu igual o pintinho amarelinho, todo de amarelo, e em uma ligação.

Eu tava tão feliz por ver ele, e ele nem olhava na minha direção. Eu fazia tudo que podia pra chamar a atenção dele, e nada.

E foi ali que eu percebi que tinha o perdido, quando a ligação se tornou uma presença ao vivo, uma garota.

O amor da minha vida com um outro alguém.

E o nosso conto de fadas? Onde só era eu ele e nossos filhos? Quem era essa garota?

E foi quando eu sabia que havia chegado a hora de seguir minha vida, e foi isso que eu fiz.

Depois disso ele me procurou, e eu era passado demais pra não aceitar ele de volta.

Minha vida sempre foi conturbada demais, igual a esse texto, bagunçado.

Eu sabia que não daríamos certo, nós sempre

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