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A Alfabetização literal ou de números nas escolas infantis ocorre de maneira mais individualizada

Por:   •  6/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.422 Palavras (6 Páginas)  •  534 Visualizações

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INTRODUÇÃO

        A alfabetização da criança pode ser considerada a etapa mais importante da sua vida no processo da sua aprendizagem, seja em qualquer área do conhecimento e em qualquer estágio do processo. A princípio, temos que ressaltar que um indivíduo alfabetizado sabe reconhecer e apropriar-se dos códigos das letras e dos números, portanto, sabe ler e escrever. No entanto, podemos afirmar que esse indivíduo é ou será capaz responder adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita, ou seja, está apto a interpretar o que está escrito ou produzir escrita dentro do que socialmente e historicamente está sendo exigido? Este questionamento faz parte de estudos exaustivos sobre a questão da alfabetização e do letramento, suas diferenças, suas etapas e o modo como se dão. Não iremos abordar especificamente essa problemática das definições. Vamos, aqui, propor uma ferramenta a mais para construir a alfabetização infantil nas escolas de educação básica.

        Admite-se que a alfabetização literal ou de números nas escolas infantis ocorre de maneira mais individualizada, haja vista que cada um apropriar-se-á do conteúdo a seu tempo e a seu modo, alguns com mais facilidade enquanto outros apresentam lentidão e até muitas dificuldades. Embora não se pretenda separar até onde se estaria simplesmente alfabetizando e onde daria o letramento do indivíduo (termo que surge na década de 1980 de uma tradução da palavra inglesa literacy), buscamos propor atividades pedagógicas que superem práticas de alfabetização pautadas em um ensino tradicional, sem relação dos conteúdos trabalhados na escola com os conteúdos da vida cotidiana dos alunos.

Há vasta publicações afirmando que é brincando que a criança vai construindo os alicerces da visão e compreensão de sistemas simbólicos da escrita, assim como da capacidade e habilidade em perceber as regras e práticas da vida social do grupo a que pertence. 

Considerando que as brincadeiras são formas de apresentação lúdica dos comportamentos sociais reais, não há como excluir o lúdico do processo pedagógico, pois ele é o agente de um ambiente motivador. Ao separar as crianças do ambiente lúdico, estamos ignorando seus próprios conhecimentos, pois ao iniciar na escola, a criança já possui muitas experiências que lhes foram proporcionadas através das brincadeiras e dos jogos. É justamente nesse momento que entendemos que não só se pode utilizar os jogos e brincadeiras na alfabetização, como, inclusive e concomitantemente, alfabetizar as crianças através da realidade dos jogos, utilizando as letras, as cores, as formas e as regras dos mesmos.

  1. Trabalhando com projetos

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI) é uma metodologia eficaz trabalhar através de eixos temáticos, os quais cedem espaço para a Pedagogia de Projetos. Estes respeitam as etapas do conhecimento, delimita as ações e permite uma melhor visão dos docentes quanto ao avanço cognitivo dos alunos. Essa orientação do Ministério da Educação nos incentiva a apresentar novas formas de abordar as letras e os números às crianças, associando à teoria da importância dos brinquedos no desenvolvimento das crianças defendida pelo memorável psicólogo bielo-russo que realizou diversas pesquisas na área do desenvolvimento da aprendizagem e do papel preponderante das relações sociais, profundamente estudado nos cursos de Pedagogia e educação.

  1. A proposta é trabalhar cada grupo de letras do alfabeto com uma brincadeira. Os que já conhecem a letra, seu som e uso, passa para novas brincadeiras ou novos jogos.
  2. É possível estabelecer as mesmas regras para o conhecimento dos números.
  1. Trabalhando com associações

A partir do aprendizado das letras e seus sons utilizando nomes de brinquedos e as brincadeiras é ainda possível prosseguir com as associações de novas aprendizagens/novas brincadeiras, avançando para conhecimento posterior de sílabas e palavras.

JUSTIFICATIVA

        Diante das enormes dificuldades que a Educação brasileira passa, seja no nível infantil, básico, médio e superior, e diante das cobranças sociais que recaem sobre as escolas, principalmente as públicas, queremos e devemos propor práticas simples, porém eficazes, para que possam organizar o ensino de forma que os processos de alfabetização e letramento se efetivem de forma sistematizada, oportunizando o contato com diversas práticas sociais de leitura e escrita e de convívio, ao mesmo tempo que a socialização possa ocorrer de forma prazerosa através de atividades físicas, culturais e sociais.

          

Para tanto, é necessário que os professores criem e registre, conheçam e se apropriem de processos inovadores e eficazes, que vivenciem suas especificidades e adaptem às suas realidades do cotidiano. Diante desse quadro, o grande desafio da escola e dos professores é organizar práticas pedagógicas para que os alunos, além de aprenderem a ler e escrever, compreendam, interpretem e utilizem a leitura e escrita nas diversas situações de seu cotidiano. Acreditamos que o que estamos propondo possa servir de um de muitos instrumentos que contribua para reverter o quadro assustador de crianças que seguem para ciclos posteriores sem saber ler ou escrever.

Há necessidade de propor aos futuros professores conhecimento acerca da relação entre os processos de alfabetização e letramento que possam auxiliá-los na sua prática pedagógica, inclusive sobre os métodos de alfabetização. Conscientes de que hoje, no movimento que busca a reinvenção da alfabetização, Soares (2004) afirma que é preciso conhecer vários métodos de alfabetização. Este que expomos trata-se de uma brincadeira conjunta onde professor e aluno têm uma relação muito próxima de confiança e estimulação para se avançar para as próximas etapas, a partir resultados práticos dentro do processo de alfabetização.

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