A CRIANÇA É SEMPRE CRIANÇA

CRIANÇA É SEMPRE CRIANÇA por Elisa Maria Amaral Pereira

Hoje em dia é muito comum ver pais brincando, passeando e colocando as crianças como centro de suas preocupações e planos. Porém,a infância nem sempre recebeu tanta importância como nos dias atuais.

Na idade média a criança era vista como uma pessoa comum que ajudaria nas tarefas tanto quanto os adultos, a vida era igual para todas as idades. A partir do século XVII a criança começa a sair do anonimato,deixa de ser irrelevante na sociedade e passa a ser tratada com mais cuidado.

No entanto, apesar da evolução ao longo dos séculos, ainda refletem algumas dúvidas em relação ao tratamento às crianças nos dias de hoje, principalmente em relação a educação e desigualdade social. Nem todas as crianças tem acesso à educação de qualidade, alimentação adequada e às novidades tecnológicas,cada vez mais comuns hoje em dia.

E por falar em tecnologias, a infância de hoje é marcada pela facilidade e intimidade com os meios tecnológicos, totalmente diferente do tempo em que eu era criança, onde o sinônimo diversão era brincar na rua com os amigos, hoje em dia a rua virou uma grande vilã, e sinônimo de perigo. Lembro-me como se fosse hoje, brincava de diversas brincadeiras:pique esconde, bete, subia em árvores e só ia para dentro de casa na hora de jantar, ainda reclamando porque queria brincar mais um pouco.

Ao refletir como era a infância antes da minha geração e como é agora, fica a dúvida,será que existe um modo de vida ideal para as crianças? O acesso a tantas informações e tecnologias ajuda ou atrapalha na formação de uma vida adulta sociável e criativa? Assim como a infância mudou, a vida também mudou, ficou muito mais urbana, com espaços reduzidos e violência presente nas ruas. Consequentemente as crianças foram ceifadas daquela liberdade de outrora, tendo como companhia apenas as TVs, smartphones, vídeo games... Diferentemente de outros tempos, em relação à educação, existe uma preocupação entre os pais, sobre o que escolher que seja melhor para os filhos, ou seja, a escola tem que corresponder positivamente ao potencial dos filhos, que na maioria das vezes, são endeusados pelos pais, que depositam neles todas as suas angústias e frustrações.

Enfim, seja em que época for, criança é sempre criança. O que muda é a forma em que ela é tratada e educada. Seja a criança rica, pobre, genial, talentosa ou apenas “normais”. O importante é que sejam e permaneçam felizes, para que se tornem adultos realizados e capazes de formar sua própria história.