A EDUCAÇÂO DO CAMPO E QUILOMBOLA
Por: Naylane • 2/9/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 381 Palavras (2 Páginas) • 253 Visualizações
EDUCAÇÂO DO CAMPO E QUILOMBOLA
A educação do campo é uma modalidade da educação que surgiu na década de 1990 decorrente das reivindicações dos movimentos sociais da época que acreditavam que a concepção de educação rural de caráter assistencialista não correspondia às necessidades formativas dos povos do campo. Atualmente, no entanto, a escola para os povos do campo, na prática, não contempla totalmente as necessidades específicas das comunidades rurais.
Além disso, há a educação escolar quilombola, que tem como um dos principais obstáculos as aulas que não conversam com sua identidade e cultura, ou seja, não existe um reconhecimento do território e da comunidade como parte do processo educativo.
É necessário então que haja uma reflexão crítica acerca da prática educativa no campo e nas comunidades quilombolas, colocada em tese no Currículo, tendo como objetivos fundamentais o aprendizado e a socialização dentro da escola. Isso exige um documento que tenha como meta programar medidas a fim de que auxilie o aluno do campo e quilombola a entender a sua origem, trazer conhecimentos adquiridos na zona rural e do quilombo para assim prepará-lo para o mercado de trabalho.
Dentro dos princípios da gestão democrática, é objetivo da gestão escolar da escola do campo consolidar a autonomia dos povo do campo para que vivam na sua comunidade rural com dignidade, sempre fortalecendo a coletividade. Devido a isso, a escola do campo possui uma especificidade dentro das políticas educacionais e gerais para a educação básica, pois vincula-se de maneira significativa à realidade em que está inserida, que é o campo brasileiro.
Um projeto de educação do campo e quilombola tem que incluir uma visão mais rica do conhecimento e da cultura. É preciso que as questões curriculares incorporem saberes do campo e dos quilombos, que prepare o homem para a produção e o trabalho, para a emancipação, para a justiça, para a realização plena como ser humano. Sendo assim, é impossível separar o tempo da cultura e tempo do conhecimento.
Portanto, é imprescindível que a escola do campo e das comunidades quilombolas seja amparada por um Currículo que crie uma identidade própria, podendo ver o homem do campo e dos pertencentes dos quilombos identificados neles, sendo que para isso ocorrer a escola precisa estar mais próxima da realidade na qual está inserida e mais preparada para dela participar efetivamente.
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