A EDUCAÇÃO NO CAMPO
Por: shirleylescano • 15/4/2015 • Artigo • 2.443 Palavras (10 Páginas) • 220 Visualizações
A VISÃO NEGATIVA DA NÃO ACEITAÇÃO DO ASSENTAMENTO ELDORADO II EM RELAÇÃO AO ENSINO OFERECIDO NA ESCOLA MUNICIPAL ELDORADO
Aluno
Orientador
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo, verificar os motivos que levam os pais a matricularem seus filhos nas escolas urbanas, apresentando uma negativa aceitação do ensino ofertado nas escolas rurais, mas especificamente na Escola Municipal Eldorado, do assentamento Eldorado. Os pais, quando podem, preferem matricular seus filhos em escolas da área urbana, pois não tem a visão de uma boa qualidade de ensino que são ofertados nas escolas rurais, acreditando que seus filhos receberão um ensino com mais qualidade na área urbana, uma visão destorcida, pois, apesar das dificuldades enfrentadas pelas escolas do campo, o ensino ofertado tem sido melhor, mas especificamente na Escola Eldorado. O Estudo se caracteriza por uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, realizando uma pesquisa com pais que tem seus filhos matriculados na escola Eldorado, verificando quais são as suas visões sobre o ensino que atualmente é ofertado na escola.
Palavras-chave: Educação no campo. Ensino. Assentamento Eldorado
1 INTRODUÇÃO
A educação no campo segundo a legislação brasileira.
A educação do campo em mato grosso do sul (como está organizada, número de escola, número profissionais)
A educação do campo em sidrolandia (Como está organizada, a número de escola, número professores, números de alunos) recursos oferecidos para a educação do campo,.
Problema - Apesar da estrutura fornecida a educação do campo existem um número de alunos que deslocam para as escolar urbanas fazendo uso de recursos públicos. Em média quantos KM, qual o consumo de combustível, quantas vezes por dia esse ônibus faz o trajeto?), qual o veículo
Esse artigo visa apresentar os resultados......
2 EDUCAÇÃO DO CAMPO: BREVES CONSIDERAÇÕES
Olhando para a história da educação no Brasil, observa-se que as pessoas menos favorecidas não tinham direito a educação, somente os mais poderosos poderiam usufruir de educação voltada para a sua formação. A educação surgiu no Brasil com a chegada da colonização portuguesa quando os jesuítas trouxeram a moralidade, os costumes, a religiosidade e seus métodos pedagógicos, dedicando-se a ensinar no Brasil, a fé católica, procurando converter os indígenas ao catolicismo, tornando-se necessário para isso, a alfabetização dos mesmos, pois os índios deveriam aprender a ler e escrever (PAIVA, 2000).
A Independência ocorrida no ano de 1822, nada alterou na educação no Brasil. A preocupação estava no acúmulo de riqueza e não em educação, e em 1824 é aprovada a primeira Constituição Brasileira.
Na primeira república foi adotado o sistema político americano que era presidencialista, percebendo-se na educação, a filosofia positivista. Neste mesmo período houve um atraso na área educacional, que começou a ter mudanças na década de 30 com a Segunda Revolução da República.
A educação passou por um período longo de dificuldades, mas que teve sua realidade mudada com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, que trouxe novos caminhos a serem seguidos pela educação brasileira, até mesmo sobre e educação no campo.
Pinheiro (2011) afirma que:
[...] a educação do campo tem se caracterizado como um espaço de precariedade por descasos, especialmente pela ausência de políticas públicas para as populações que lá residem. Essa situação tem repercutido nesta realidade social, na ausência de estradas apropriadas para escoamento da produção; na falta de atendimento adequado à saúde; na falta de assistência técnica; no não acesso à educação básica e superior de qualidade, entre outros [...].
Infelizmente essa é uma realidade presente na maioria das escolas do campo no Brasil, cujas escolas passam por problemas principalmente com a sua infraestrutura, problema esse ressaltado por quase todas as escolas que não dispõe de condições mínimas de infraestrutura para atender aos seus alunos e apesar dos avanços ocorridos na educação no campo, ainda pode-se encontrar algumas lacunas que ainda fazer diferença na qualidade de ensino dos seus alunos.
Desde o Império até o século XX a educação era ofertada somente para a elite, cujos pobres, negros e índios não tinham o direito a essa educação, o que pode ser associado a educação no campo, porque hoje, eles ainda em que lutar por uma educação com mais qualidade, se esse direito já foi conquistado. O art. 28 da LDB apresenta as seguintes determinações para o ensino no campo.
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
As adaptações necessárias para a educação no campo, apesar das determinações da LDB, não acontecem efetivamente, pois nem todas as escolas têm condições de atender a esses dispositivos da lei, pois não tem apoio do Governo e continuam passando por dificuldades para atender o que a lei determina.
Fernandes (2005) diz que:
O campo é lugar de vida, onde as pessoas podem morar trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar, a sua identidade cultural. O campo não é só lugar de produção agropecuária e industrial, do latifúndio e da grilagem de terras. O campo é espaço e território dos camponeses e quilombolas. É no campo que estão às florestas, onde vivem as diversas nações indígenas. Por isso tudo, o campo é lugar de vida e, sobretudo, de educação (p. 137).
Portanto, a educação é um direito de todos, independente de onde eles vivem, o acesso a educação é universal e dessa forma, a educação no campo deve ter a mesma qualidade que a educação das áreas urbanas, e diante disso, muitas escolas do campo tem procurado, apesar das dificuldades, oferecer um ensino com mais qualidade e, mesmo diante dessas tentativas, pais tem preferido enviar seus filhos para estudarem na cidade, não acreditando na qualidade do ensino ofertado no campo.
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