A Educação do Campo
Por: marcosmoh • 29/3/2023 • Artigo • 3.262 Palavras (14 Páginas) • 61 Visualizações
EDUCAÇÃO DO CAMPO: uma reflexão acerca do panorama educacional do campo no município de Chapadinha – MA
Andreza Cristina da Costa Ferreira[1]
Jefferson Ferreira de Santana[2]
Lennon Kaiser Silva Gomes[3]
Marcos Moisés Alves Costa[4]
Natália de Souza Araújo[5]
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar o panorama educacional do campo no município de Chapadinha-MA, sendo neste artigo, elencados a dinâmica funcional do sistema público municipal, vinculados a área educacional voltada para o ensino do campo, utilizamos como referencial teórico periódicos da base de dados da CAPES e também através da realização de entrevistas na Secretaria Municipal de Educação – SEMED, do município supracitado. A partir dos referidos dados coletados buscamos também fazer uma reflexão sobre a realidade educacional do ensino do campo em Chapadinha.
Palavras-chaves: Educação do Campo, Ensino Multisseriado, Modelo Educacional.
ABSTRACT: This article aims to analyze the educational landscape of the countryside in the municipality of Chapadinha-MA, being in this article, listed the functional dynamics of the municipal public system, linked to the educational area focused on teaching the countryside, we use as theoretical reference periodicals of the CAPES database and also through interviews at the Municipal Department of Education - SEMED, in the aforementioned municipality. From these collected data, we also seek to reflect on the educational reality of rural teaching in Chapadinha.
Keywords: Rural Education, Multigrade Teaching, Educational Model.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo analisar o panorama educacional do campo no município de Chapadinha MA, sendo neste artigo, elencados a dinâmica funcional do sistema público municipal, vinculados a área educacional e voltada para o ensino do campo.
A educação do campo é uma modalidade de ensino, no qual desenvolve particularidades que devem ser vistas e respeitadas como o modo de vida cultural, social e ambiental das diversas comunidades camponesas existentes no território rural de chapadinha, o poder público e sociedade em geral devem estar atentos e vigilantes a educação do campo, que por vezes é negligenciada ao modo de vida característicos dessas comunidades, o que nós reforça levantar dados e pesquisas referentes a tais problemáticas, evidenciando assim os principais cenários atuais existentes na disponibilidade do ensino e aprendizagem da população que integram essas comunidades.
A escolha desse tema, justifica-se pela ausência de pesquisas que discutem a qualidade da educação do campo no município de Chapadinha, bem com, pelo interesse das pesquisas em contribuir com a melhoria da qualidade de vida da população rural, subsidiando, teoricamente, os seus direitos.
2 Educação do Campo
A Educação do Campo é uma modalidade de ensino direcionada a crianças, jovens e adultos que vivem no campo. Tem como objetivo atender as necessidades e especificidades da população campesina através de uma educação de qualidade que engloba as particularidades dessa população e que visa a valorização dos aspectos histórico-sociais e culturais. Nesse sentido, a educação do campo diferencia-se por sua natureza particular, se baseia principalmente em práticas educativas e pedagógicas que estão diretamente relacionadas com o contexto da população do campo, que leva em consideração os aspectos característicos e modo de vida peculiar dessa comunidade.
Para atender os princípios básicos da educação do campo é necessário levar em consideração a realidade na qual se encontra a população do campo, partindo de uma perspectiva educacional baseada em um modelo condizente com as práticas educacionais que estão alinhadas com o modo de vida do povo campesino. Desse modo, surge como referência a LDB – Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, que assegura a oferta da educação básica e define um modelo a ser adaptado para o contexto rural de cada região, como descreve no seu artigo 28:
Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. (BRASIL, 1996)
A educação do campo segundo a LDB deve ser entendida como uma modalidade de ensino voltada para as práticas condizentes na inclusão significativa e representada por suas diversidades indenitárias, culturais e sociais do povo do campo, mas que, infelizmente não se mostra na realidade de tais escopos, o que na grande parte das escolas do campo externa um ambiente voltado ao ensino urbanizado, destoando da realidade rural e concreta da vivência dos alunos.
Segundo Duarte,
A garantia de acesso diferenciado à educação não é um privilégio, mas sim uma política que pode ser justificada racionalmente a partir de uma situação de desigualdade. A construção das políticas públicas percorre etapas, sendo que a primeira deve ser a realização de um diagnóstico da situação, o que justifica a proteção especial a determinados grupos – alvos prioritários da ação estatal que visa à garantia de direitos. (DUARTE, 2008 p.37)
Nesse sentido, o ensino e aprendizagem no campo deve ser entendido pelo poder público seja Federal, Estadual ou Municipal como uma modalidade pautada na inclusão de tais medidas relacionadas acima, buscando um modo de ensino embasado nas especificidades do campo, sejam elas inseridas nas condições curriculares, didática e pedagógica que em tese se diferencie da usada em zona urbana, ou seja, pelo modo de ensino no currículo e principalmente nos fenômenos naturais e climáticos, este último se apresenta como uma dificuldade maior ao acesso dos alunos a escola, devido às fortes chuvas que danificam a infraestrutura das instituições, onde também se observa os impactos seja na deterioração das estradas, pontes, cheia dos rios e lagos, pontes, até os fatores climáticos acometidos em determinadas épocas do ano.
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