A Escola da ponte - Rubem ALves
Por: Paloma Sedlmaier • 3/7/2018 • Resenha • 723 Palavras (3 Páginas) • 469 Visualizações
Escola Estadual Darcília Godoy
Magistério - Curso normal a nível médio
Paloma Sedlmaier
A Escola da Ponte – Rubem Alves
Senador Modestino Gonçalves- MG
2018
A Escola da Ponte - Rubem Alves
Quero uma escola retrógrada.
Rubem Alves no início desse texto compara a escola com uma fábrica de linha de montagem onde os funcionários constroem e o produto final não tem seu nome e o funcionário não será conhecido por aquilo que foi feito. As escolas recebem seus alunos que vão passando nessa linha de produção que são as séries ou anos e por fim recebem o diploma e esse aluno se transforma em um produto igual a milhares de outros.
Rubem Alves pede uma escola retrógrada, ou seja, uma escola que não seja como uma linha de montagem, mas, que ela seja um lugar onde os alunos possam participar e que o produto final não seja aquele determinado pelo professor, que o aluno possa construir e o professor diga o que está bom e o que precisa melhorar. Rubem Alves acreditava não existir uma escola assim até visitar a escola da Ponte em Portugal.
Em uma viagem á Portugal ele visita uma escola onde a sua guia é uma aluna da escola de 10 anos de idade. A aluna mostra que a escola é diferente das escolas comparadas a uma linha de produção. Ele observa que a escola não possui salas com divisões de classes, não há alunos correndo e nem professora pedindo silêncio. Mas havia uma sala ampla com mesinhas própria para as crianças, e elas se moviam tranquilas e em ordem, cada uma trabalhava em seus projetos. Nessa escola os alunos que sabem ensinam os que não sabem, formando assim uma rede de relações onde um aprende com o outro coisas que deseja aprender.
Na escola da Ponte os alunos sempre participam em tudo, até mesmo nas regras de funcionamento da escola, e uma vez por mês é feito uma reunião (assembleia) com todos para tratar os problemas da escola e sugerir soluções, cada um levanta o dedo e fala na sua vez sem interromper o outro. Nessa escola o conhecimento adquirido pelas crianças vem a partir da troca de experiência por elas vivida.
A inteligência é prática, ninguém nos obriga a aprender a falar, aprendemos a falar porque queremos e porque vemos outros falando. As escolas ensinam para cumprir um cronograma já criado, mas não permite que o conhecimento venha através das dúvidas e do querer do aluno.
Os alunos são forçados a estudar o que não os interessa e logo esquecem o que aprenderam por não achar importante, por não saber em que essa informação servirá em sua vida.
Cumprir um programa e passar nas provas não significa que o aluno de fato aprendeu. Na escola da Ponte as coisas mais importantes são ensinadas de forma inconsciente, as crianças aprendem e tem prazer em aprender, pois elas aprendem a partir de suas dúvidas, sua vivência, suas curiosidades e na relação com outros.
Conclusão
O livro escola da ponte nos faz repensar a prática escolar que conhecemos. As escolas são mecânicas, ou seja, todas ensinam da mesma forma forçando os alunos a aprender o que não querem memorizando muitas coisas que não vão fazer diferença na vida dele. Por exemplo, o texto cita uma criança que questiona á mãe o porquê ela tem que aprender o que são oxítonas sendo que quando a gente fala e quando a gente escreve se quer lembra que essa palavra existe. A Escola da Ponte é uma escola onde os alunos aprendem uns com os outros e aprendem o que acha interessante e que vai fazer com que aquele conhecimento adquirido tenha sentido na sua vida cotidiana.
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