A HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA NOS SÉCULOS XIX E XXI
Por: Ericufal • 13/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.971 Palavras (8 Páginas) • 643 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PEDAGOGIA LICENCIATURA - CAMPUS MACEIÓ
SABERES E METODOLOGIAS DO ENSINO DE HISTÓRIA
Licenciando: José Eric de Lima.
Professor: Tomás
FICHAMENTO
Itens | Conteúdo |
1. Tipo de Obra | |
1.1. Ano da Publicação 1.2. Editora | Periódico, apresentado em Congresso do Curso de História UFG/Jataí. Publicado no ano de 2007. (Congresso). I Congresso do Curso de História da UFG Jataí. 2007. (Congresso). Publicado pela editora da PUC/Goiânia. |
1.3. Título 1.4. Autor 1.5. Localização | Titulo: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA NOS SÉCULOS XIX E XXI: DO CIENTIFICISMO À HISTÓRIA CULTURAL Autor: Simone Aparecida Borges Dantas (Universidade Federal de Goiás) A autora possui graduação em História pela Universidade Católica de Goiás (1997), especialização em História pela Universidade Católica de Goiás (1998), especialização em Educação pela Universidade Federal de Goiás (2000), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Goiás (2006). Atualmente cursa o 10º de Direito na Universidade Salgado de Oliveira. |
2. Objetivos da Obra | Com objetivos de introduzir uma discussão simplificada sobre a historiografia e sua relação com a história. Além disso, a obra tem como objetivo discutir algumas considerações sobre a história da ciência e a historiografia da ciência, com intuito de trazer contribuições dessas disciplinas para a pesquisa histórica em análise do comportamento. Para isso, são apresentadas algumas questões centrais nas discussões e produção sobre a história e historiografia. Ao mesmo tempo, recorrer-se-á a exemplos de pesquisas históricas em análise do comportamento além de discutir alguns aspectos críticos que envolvem esse tipo de investigação. |
3. Ideias Centrais da Obra e discussões importantes para formação do professor. | Discutem os movimentos unificados durante o século XIX, a Europa se viu mergulhada nos movimentos de unificação e de afirmação das nacionalidades. Assim, Estados como: Alemanha, Inglaterra, França e Itália se despertam pelo estudo do passado, buscando neste, as origens de um sentimento de nacionalidade, ou seja, os fundamentos de uma nação. O surgimento da Historia, desse modo, na perspectiva oficial, como legitimadora das novas bases do poder.O investimento governamental que incentivava as buscas e mantinha grandes empreendimentos em pesquisas e publicações. As abordagens e a organização dos estudos científicos. A maior expressão da chamada “escola Cientifica” o avanço do pensamento histórico alemão. |
4.Conteúdos importantes que podem ser ensinados nos anos iniciais do ensino fundamental | O Ensino de História nas Séries Iniciais deve considerar a história de vida do aluno, uma vez que somos seres históricos, a princípio, a criança não entende o sentido de história em seu contexto de temporalidade, este tema está inserido no currículo escolar e deve ser trabalhado para que então a criança comece a construir esta noção de temporalidade. Nesta perspectiva o ensino de História nas Séries Iniciais, deve buscar envolver as crianças num sentido de valorização de sua própria história, alicerçando-se assim, para a aquisição de história local e do mundo. É de grande importância que os estudos de História estejam constantemente pautados na construção da noção de identidade, através do estabelecimento de relações entre identidades individuais, sociais. O ensino de História deve permitir que os alunos se compreendam a partir de suas próprias representações, da época em que vivem, inseridos num grupo, e, ao mesmo tempo resgatem a diversidade e pratiquem uma análise crítica de uma memória que é transmitida. |
5. Citações Sínteses | Durante o século XIX, a Europa se viu mergulhada nos movimentos de unificação e de afirmação das nacionalidades. Assim, Estados como: Alemanha, Inglaterra, França e Itália se despertam pelo estudo do passado, buscando neste, as origens de um sentimento de nacionalidade, ou seja, os fundamentos de uma nação. (pag.1) O interessante em notar é que desde o final da Idade Média os eruditos elaboram regras e técnicas que “os historiadores, absortos em suas preocupações literárias, teológicas ou morais, desprezaram quando não ignoraram completamente” (Glénisson, 1991, p. 207). O contexto, todavia, se modificara, a História, em busca de seu método, reivindicava essas regras e técnicas, aperfeiçoando-as e transformando-as num método coerente: o método crítico. Dessa forma, poderia a história almejar um espaço ao lado das outras ciências.(pag.2) Pode-se dizer que a influência do Positivismo para a historiografia do século XIX relaciona-se à concepção do método. Ao lado dessa tendência, existe o ideal de ver a história figurar ao lado das ciências da natureza. Assim há uma busca pelo rigor, pela técnica, e o método erudito é transformado em método histórico, enrijecendo-se e tornando-se dogmático. Os historiadores tornam-se meros técnicos, possuindo como tarefa principal a verificação dos fatos. È a partir dessas características que muitos críticos da atualidade, classificam a História do século XIX de Positivista. (pag. 3). Alguns historiadores do assunto, entretanto, chegam à conclusão de que a escola histórica que se fixou na França entre 1880 e 1930 foi a Escola Metódica, indevidamente classificada como Positivista. Isso ocorreu em decorrência das semelhanças entre o método desenvolvido pelos historiadores na segunda metade do século XIX e as idéias difundidas pelos discípulos de August Comte. (pag.3) Apesar do alcance das concepções positivistas, os historiadores franceses não se inspiraram especificamente em Auguste Comte, mas sim, no alemão Leopold Von Ranke. A Escola Metódica coloca em prática as postulações de Ranke e a História se firma na França, realizando uma “[...] autêntica ‘ruptura epistemológica’ ao afastar o providencialismo cristão, o progressismo racionalista, até mesmo o finalismo marxista”(Bourdé; Martin, 1983, p. 102). (pag. 04) (...) Esse periódico pretendia finalizar a tradição historiográfica francesa pautada na política e na religião, destinando-se a publicar investigações originais sobre a Europa e, em especial, a França, tendo em vista os princípios de objetividade e exatidão das informações. (pag.04) No século XIX ainda se destaca o idealismo alemão, essa corrente filosófica tem em Hegel (1770), seu maior expoente. As postulações deste filósofo trazem importantes contribuições para o modo de se conceber o conhecimento e, em especial, o conhecimento histórico. (pag. 05) Na Alemanha do século XIX, vislumbra-se outra corrente filosófica, ligada a dois filósofos, Friedrich Engels e Karl Marx. Num período marcado pelas ideias “positivistas” e de afirmação do ideário liberal burguês, as teorias desses filósofos não se destacam, em grande parte também, devido ao fato de que seus criadores propunham uma transformação da sociedade via revolução. (Pag. 06). Conforme Glénisson (1991, p. 225), para Marx, a evolução da sociedade é determinada por leis objetivas que podem ser reconhecidas por meio do estudo científico. A partir desta concepção, no início do século XX, aliadas às críticas ao Positivismo, as postulações de Marx ganham adeptos. A partir desse período aparece nos trabalhos dos historiadores a preocupação em estudar o modo de produção da sociedade e suas implicações. (Pag. 06). O historiador L. Febvre criticava a concepção histórica baseada no registro seqüencial de acontecimentos, e somente fundamentada por documentos escritos, defende uma história total que aborde todos os aspectos das atividades humanas. (pag.7) Críticos da atualidade não negam a importância da inovação gerada nos estudos históricos a partir dos Annales, no entanto, muitos não a consideram como propriamente uma Escola, devido a sua heterogeneidade de abordagens históricas. Nesse sentido, segundo Peter Burke (1991, p. 112) pode-se falar em Movimento dos Annales e não em Escola. ( Pag. 08). Críticos da atualidade não negam a importância da inovação gerada nos estudos históricos a partir dos Annales, no entanto, muitos não a consideram como propriamente uma Escola, devido a sua heterogeneidade de abordagens históricas. Nesse sentido, segundo Peter Burke (1991, p. 112) pode-se falar em Movimento dos Annales e não em Escola. Esse autor ainda identificou três fases no Movimento: a primeira fase de 1920 a 1945: a segunda identificada no período pós-Segunda Guerra Mundial; e uma terceira fase, que se inicia por volta de 1968.(pag. 08) A terceira geração dos Annales é bastante criticada. Seus Críticos dizem que essa fase teria optado pelo estilhaçamento da História [François Dosse, História em Migalhas], e que, além desse aspecto, os Annales teriam perdido uma das características essenciais: a busca de uma construção histórica visando à totalidade. (pag. 09) Enfim, nota-se que ocorre na atualidade um esforço de revisão dos modelos historiográficos, o que tem provocado, por sua vez, a busca por novas abordagens teórico-metodológicas em História. Pg. 10. |
6. Resumo Geral da Obra | Este artigo tem por objetivo conduzir uma discussão inicial acerca da noção de “Escola” nos estudos historiográficos. Ao lado desta discussão, o conceito de “paradigma” também é analisado, incluindo as possibilidades de interação deste conceito com a noção de “escola histórica”. Depois desta parte inicial, são desenvolvidas algumas considerações em torno de dois movimentos que podem ser denominados “escolas” na historiografia: a Escola Histórica Alemã, do século XIX, e a Escola dos Annales, na França do século XX. Os casos examinados interessam precisamente para a abordagem de alguns problemas relacionados ao conceito de “escola histórica”. |
6.Comentários Gerais (Aprendizagens com a leitura e análise crítica da obra. ) | Elementos importantes a serem lembrados nestes comentarios, é que o próprio contexto da história efetiva costuma reconfigurar o papel das “escolas históricas”, seu campo de atuação, seus modos de constituição. O desenvolvimento das redes mundiais de comunicação através da Internet e outros aprimoramentos tecnológicos, bem como as facilidades de transportes, tendem a deslocar para planos mais internacionalizados os movimentos e escolas, que antes tendiam a se apresentar como “escolas históricas nacionais”. O mundo torna-se mais intercambiante, as relações se apresentam como mais flexíveis, a informação circula cada vez mais com maior facilidade. Estes novos contextos explicam que muitos prefiram evitar a designação de “escola” para os grupamentos historiográficos que se formam. No mundo contemporâneo, a possibilidade de pertencimento a diversas identidades também abre espaços para a inserção de um mesmo historiador em grupos diversos. O estudo das “Escolas Históricas”, de qualquer maneira, mostra-se importante para a compreensão da história da historiografia, e também para a sua permanente renovação. |
7. Outras questões relevantes | É evidente o crescente interesse de analistas do comportamento pela história da disciplina e, consequentemente, pela pesquisa histórica. Nessa perspectiva, este trabalho se propõe a discutir algumas considerações sobre a história da ciência e a historiografia da ciência, com intuito de trazer contribuições dessas disciplinas para a pesquisa histórica em análise do comportamento. Para isso, são apresentadas algumas questões centrais nas discussões e produção sobre a história da ciência e historiografia da ciência, o uso de formulações presentistas que recorrem ao conhecimento atual de uma disciplina científica de forma tendenciosa e a definição de fontes históricas. Ao mesmo tempo, recorrer-se-á a exemplos de pesquisas históricas em análise do comportamento e behaviorismo para exemplificar e discutir alguns aspectos críticos que envolvem esse tipo de investigação. É importante considerar a contribuição da história no processo de construção do ser humano. Compreender esse processo é fazer com que o homem escreva sua história, produza cultura e se perceba enquanto sujeito histórico. O ensino de História possui papel relevante, na construção da cidadania e na emancipação social e política dos sujeitos. Dessa maneira, o conhecimento histórico considera diferentes povos e culturas em diferentes espaços e temporalidades na singularidade de suas manifestações. |
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