A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO DE LIBRAS

IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO DE LIBRAS

Para que possamos viver em sociedade é de total entendimento que necessitamos da educação, pois é necessário respeitar e aceitar as diferenças entre as pessoas, e dessa maneira a escola, em intermédio com os pais, precisam preparar a criança para que ela viva em uma sociedade e aceitem  as diferenças que encontram, afinal ninguém é igual ao outro, e cada  cidadão tem uma visão diferenciada do mundo. Assim sendo, é preciso atribuir valores significativos para que a criança venha a se tornar um adulto ciente do seu papel na sociedade, principalmente como participante ativo dela.

 Se voltarmos no tempo veremos os surdos ditados pela sociedade como incapazes, desde coisas simples como ir a escola, e até mesmo impedidos de construir sua própria família, era como se a pessoa surda não tivesse direito nem a própria liberdade, como as demais pessoas, muitos  infelizmente eram trancafiados em asilos, pois por serem incompreendidos ainda muitos eram confundidos com pessoas que apresentavam deficiência mental, e essa triste realidade durou um bom tempo.

No Brasil ocorreram várias mudanças na educação até que se tornou reconhecido a  língua Brasileira de sinais. E foi por meio das leis nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que a formação de intérpretes e instrutores começaram a ganhar espaço.

Quando buscamos pesquisar sobre o assunto libras, acabamos por voltar no tempo, e um demarco triste é que certas universidades foram impedidas em fazer uso da língua de sinais, segundo as normas ditas os surdos deveriam aprender com a língua oral, assim como os demais estudantes. Era como se os surdos fossem pessoas doentes, e a surdez vista como uma deficiência que tal patologia fosse tratada. A interação entre professores e alunos ouvintes e não ouvintes era impossível, e apenas na década de 1960 a associação da língua de Sinais ganhou mais mobilidade. A partir desse demarco, foram desenvolvidos alguns tratamentos como uso do aparelho auditivo, desenvolvimento da fala e o treinamento auditivo.

Porém não foi a solução para o problema, pois não era viável a união da língua de sinais com a língua portuguesa em uma única estrutura gramatical, já que ambas são muito distintas. No contexto da sociedade de hoje, a aceitação da língua de sinais vem sendo bem recebida, pois auxilia a comunicação possibilitando a inclusão e desenvolvimento da pessoa surda na sociedade em que vive.
Machado em sua obra, salienta que a educação deve ser provida de valores, e que é necessário que na escola o professor insira a realidade do mundo em seus projetos, para que a criança possa agregar esses  novos conhecimentos. Devido a modernidade ganhamos um olhar diferente a respeito do ser humano e a sua identidade.

Hoje em dia é comum a escolas atenderem crianças portadoras de uma deficiência e quando essa criança é inserida em um ambiente adequado e preparado para recebê-la os estudos se tornam mais claros e a aprendizagem mais positiva, tal aprendizagem voltada  de um modo geral a todas as crianças do ambiente, com ou sem deficiência.

Um exemplo claro dessa situação é quando temos crianças passando pelo processo de alfabetização, e em um dado momento uma criança surda é inserida nesse meio, se o professor souber explanar esse assunto mostrará uma realidade aos alunos de uma maneira positiva, intervindo na interação de ambos. Instigando a inclusão da linguagem de sinais e despertando o interesse por conhecer mais sobre libras, proporcionando significativamente a aceitação destas  pessoas na sociedade,  principalmente nas escolas e apresentando a cultura da língua de sinais para os demais. Deixando claro que os surdos não são pessoas doentes, eles deixaram de ser vistos como deficientes.

Com o decorrer de toda essa mudança, a educação precisa se alongar abrindo um leque de mudanças positivas, eis que então que surge a educação bilíngüe, por meio dela se trás em primeiro a língua de sinais e posteriormente a língua escrita. A inserção da educação bilíngüe serve de apoio para que o aluno com surdez não se sinta excluído dos demais, e assim os outros alunos também se sentem inseridos nessa realidade em que vivemos.

A língua de sinais ainda encontram obstáculos na realização da sua inserção no meio estudantil, pois depende muito de como os surdos se organizam sendo necessário que o professor tenha um contato com eles fora da escola para saber sua real dificuldade. E também, sendo necessário que os gestores educacionais contratem professores surdos, também. Facilitando assim a inclusão dos não ouvintes com os ouvintes.