A INCLUSÃO ESCOLAR NA ATUALIDADE: FATO OU MITO
Por: Lucinanda Porto • 8/7/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.562 Palavras (7 Páginas) • 549 Visualizações
A INCLUSÃO ESCOLAR NA ATUALIDADE: FATO OU MITO
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Prof.ª *********************
Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI
Licenciatura em pedagogia - Turma (PED ****)
Disciplina História da educação
03/11/2012
- RESUMO
O presente trabalho busca contribuir na compreensão e melhoria do processo de inclusão escolar de indivíduos com necessidades especiais no ensino regular e saber se as escolas regulares se encontram preparadas para receber esses alunos.
Com base em pesquisas bibliográficas, fazendo uso de livros, artigos, documentos oficiais e leis que tratam como a inclusão escolar acontece na atualidade nas instituições de ensino.
Assim esse breve estudo mostra a importância de discutir este sistema pelo fato de que para os deficientes ainda hoje a inclusão não é uma realidade nas maiorias das escolas sejam elas públicas ou privadas.
Veremos que a historia da inclusão é bem recente na sociedade. O fato que fez esta inclusão demorar tanto a chegar às escolas foi o preconceito e esse preconceito é bem antigo, tão antigo quanto à própria existência humana.
Palavra chave: Inclusão Escolar, Interação Social, e Preconceitos.
- INTRODUÇÂO
O ponto de partida para a inclusão deve ser um currículo e lições individuais acessíveis a todos, e então para que dê certo deva haver uma união entre estado, escola e família, pois sem a união desses grupos fica impossível haver inclusão.
No mundo inteiro vem acontecendo uma série de discussões a respeito da inclusão.
O sistema de ensino está se organizando e tentando se adaptar a essa nova realidade. Mas infelizmente todo o processo de mudança é muito lento e sempre encontramos várias resistências. Mudar a forma de pensar, de agir,
Diferente daqueles para o qual fomos educados e isso leva muito tempo para a inclusão acontecer de verdade.
O processo de inclusão é desafiador tanto para educando como, para os profissionais. Os obstáculos
Para a inclusão são muitos, porém o preconceito deve ser superado pela sociedade como um todo.
Quando se fala em inclusão não se refere apenas ao deficiente mental, mas sim de todo e qualquer tipo de deficiência.
Na condição de educadora este tema será muito importante para a prática, uma vez que possibilita um maior conhecimento do assunto pesquisado.
Para alcançar os objetivos desse trabalho feito através de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, buscamos compreender como a inclusão escolar acontece na atualidade.
A pesquisa bibliográfica segundo Lokatos e Marcone (2009) nos permite explorar publicações sobre o tema estudado, proporcionando dessa forma o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem chegando a conclusões inovadoras,
- DESENVOLVIMENTO
2. INCLUSÃO E EDUCAÇÃO
A educação integrada ou integradora exigia a adaptação dos alunos com necessidades especiais ao sistema escolar, excluindo aqueles que não conseguiam adaptar-se ou acompanhar os demais alunos. As leis sempre tinham o cuidado de ressaltar a condição,como indica Sassaki (1997), preferencial da rede regular de ensino: a dimensão individual e a dimensão social. Ainda hoje, muitos professores acreditam que o aluno com deficiência mental tem pouca, ou nenhuma possibilidade de se integrar. Será um mito, ou é uma realidade? Ao pensar-se a inclusão do ponto de vista do sujeito, na dimensão individual, pode-se falar no movimento próprio da criança, que a conduz naturalmente em direção ao outro e ao meio ambiente. Pode-se dizer que esse movimento é condição básica para aprendizagem: aprendizagem de si, do outro e do mundo a seu redor. Quanto à dimensão social, pensar nas diferentes formas de receber, ou de aceitar o movimento da criança com deficiência mental, por parte do outro. Como essa criança diferente é recebida ao se relacionar com o outro? Qual a influência da aceitação ou da rejeição na construção de sua identidade, de sua auto-imagem, enfim de sua auto-estima? Sassaki (1997, p. 86) considera que: a inclusão é um processo bilateral que pressupõe a participação e a ação partilhada, ao mesmo tempo dividida e somada. É um movimento de conquista de espaço, tanto daquele que pertence ao chamado grupo minoritário quanto dos demais participantes da comunidade. Sem dar uma visão simplista a essa questão complexa, pode-se pensar que, para o sujeito poder integrar-se, ou seja, assumir-se como indivíduo, conhecendo e aceitando suas possibilidades e dificuldades, há um longo caminho a percorrer, tanto por ele mesmo quanto pela sociedade.
Sassaki (1997) afirma que esse caminho depende da qualidade das relações que são estabelecidas entre a criança (dimensão individual) e seu grupo de referência: família, escola, etc... (dimensão social). Depende ainda, do compromisso e da aceitação da deficiência por familiares, vizinho, colegas, professores, etc. Portanto, depende do processo de relacionamento dialeticamente construído entre os sujeitos. A quarta fase “da inclusão” começou a se projetar no início da década de 80, quando um maior número de alunos com deficiência começou a frequentar classes regulares, pelo menos em meio turno. Intensificou-se a atenção à necessidade de educar os alunos com deficiência no ensino regular, como conseqüência das insatisfações existentes em relação às modalidades de atendimento em Educação Especial que para muitos, contribuía para a segregação e estigmatização dos educandos, assim como não davam respostas adequadas às suas necessidades educacionais e sociais. (SASSAKI,1997, p. 86) Vale a pena ressalvar a ineficácia dos instrumentos legais que, na tentativa de garantir a integração do aluno com deficiência mental na classe comum, impõem uma pseudoaceitação deste, acabando por gerar desordens na ordem escolar.
De acordo com Sassaki (1997), quando a presença do aluno diferente é imposta, sem a devida preparação (do próprio aluno com deficiência, de seus colegas, de professores, dos pais e, de funcionários etc...), fica difícil falar em integração. A integração não se faz com atos legais, não pode ser imposta. Ela é conquistada, nas ações e nas relações. Definição de educação inclusiva: Segundo o dicionário Aurélio (1993) incluir ou inclusão é o mesmo que compreender, que por sua vez que dizer entender, alcançar com a inteligência. Em entrevista á revista Nova Escola (maio /2005), Maria Teresa Eglér Mantoan [3], define inclusão como: É a capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas ,sem exceção.
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