A Infância, Mídias e Educação: Revisando o Concreto de Socialização
Por: alquel • 2/2/2018 • Resenha • 506 Palavras (3 Páginas) • 267 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
DISCIPLINA: EDC A79 - DIDÁTICAS E PRÁXIS PEDAGÓGICAS
DISCENTE: QUEDMA DE ALMEIDA SANTOS
TÍTULO: Infância, Mídias e Educação: Revisando o Concreto de Socialização
De Maria Luiza Belloni, 26 páginas |
RESENHA CRÍTICA
O artigo retrata de aspectos de socialização, que a autora chama de instâncias, que contribuem para a socialização das crianças. Essas instâncias, de acordo com a autora, são: a família, escola, igreja e mídia; esta última, bastante destacada ao longo do texto. Para Belloni, a família, a classe social, e as vezes, a igreja, são fatores de diferenciação no processo de socialização; enquanto que a escola e a mídia são fatores de unificação. Quando a autora se refere no texto de que é na família que a criança inicia seu processo social, ela é feliz em seu comentário, quando diz: “A família é, pois, uma instância-chave para a socialização primária”. Após essa abordagem de como essas instâncias contribuem na socialização da criança, a autora inicia uma abordagem sobre a criticidade da sociologia da infância, que questiona o conceito de socialização. Para tanto, a autora apresenta que existem muitas concepções diferentes sobre esse conceito por parte de vários estudiosos, que que ao longo da história foram evoluindo. Começando por Corsaro (2005), que afirma que “as crianças se apropriam criativamente da informação vinda do adulto para criar suas próprias culturas de pares”. Nesse ponto a autora, assim como quem escreve, discorda dessa concepção, pois os meios de comunicação, sobretudo a mídia, também interferem com uma força considerável nas culturas infantis. Já Margaret Mead (2006), após experiências e coleta de dados com duas tribos (Samoa e Mundugumor), afirma que a socialização também se desenvolve por meio da cultura, enfatizando os papéis do homem e da mulher presentes nas culturas dessas tribos. E também destaca a importância do jogo, brinquedo neste processo, que passa por três momentos fortes, reveladores da importância da socialização na infância. Durkeim (1958), por sua vez, compreende a socialização “como um processo de desenvolvimento da consciência coletiva no jovem indivíduo, com vistas ao consenso (coesão social), entendido como uma comunidade de idéias, crenças religiosas, tradições nacionais ou profissionais, opiniões coletivas, normas e regras aceitas por todos os membros da sociedade”. Parsons (1955) vai propor um processo de socialização que preenche quatro funções interdependentes: função de latência, função de integração, função de atingimento de metas e função de adaptação. Em seguida, também apresenta as concepções de Habermas, adepto à Piaget quando considera que “concebe a socialização como um processo interativo: a criança interage e domina as situações novas a partir das experiências de seu mundo vivido, do espaço social e das tradições culturais que formam seu meio ambiente. Embora o conceito e processo de socialização sejam apresentados por diferentes concepções, é possível concluir, diante da abordagem feita pela autora, que se constitui na relação da criança com o meio em que vive e com os meios que fazem parte da sua realidade (família, escola, bairro, igreja, meios de comunicação), sendo assim fatores determinantes no processo da participação e comportamento da criança na sociedade.
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