A Vida e Obra de Maria Montessori

Seção 1

Vida e obra de Maria Montessori

Maria Tecla Artemesia Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 na cidade de Chiaravalle, Itália. Foi uma mulher inovadora em sua época, feminista quebrou padroes com pensamentos além do esperado. Primeira mulher da Itália formada em medicina e a segunda da Europa, sofreu muito preconceito na sua graduação por ser a única mulher em um ambiente composto por homens e também por ter contrariado a sua família e sociedade, mesmo com todos esses dilemas, não se deixou abalar e se especializou na área da psiquiatria, se destacou em suas pesquisas com crianças atípicas.

Seu sucesso foi tanto que decidiu aprimorar seus conhecimentos para crianças típicas também, que na época não tinham tanto reconhecimento, não enxergavam o potencial das crianças. Seu método de educação foi voltado para crianças pobres e marginalizadas por suas condições físicas e mentais, embora nos dias de hoje seu método seja explorado pela classe alta da sociedade.

Se Maria Montessori era médica, por que ficou tão conhecida na área da educação? Desde sua formação, sempre foi apaixonada por crianças, com ênfase aquelas com deficiências mentais.

Em seguida, trabalhou durante dois anos como assistente na clínica psiquiátrica da Universidade de Roma, onde é principalmente encarregada de estudar o comportamento de um grupo de jovens com retardos mentais. O tempo passado com essas crianças lhe permite constatar que suas necessidades e seu desejo de brincar permaneceram intactos, o que a leva a buscar meios para educá-los. (RöHRS, 2010, p.13)

Decidiu criar o método a partir da experiência da clínica de psiquiatria, quando ficou horrorizada pelo modo em que as crianças eram tratadas. Sem dignidade alguma, se comparado a animais, chamadas de idiotas, inúteis e retardadas, vistas como incuráveis. Após esse tempo concluiu que isso não poderia ser aceito de modo algum e decidiu se mover para mudar a situação. Participou de um congresso de medicina realizado na cidade de Turim, Montessori defendeu a ideia que a ausência de materiais e estímulos adequados era a principal causa de atrasos no desenvolvimento de crianças com deficiências mentais.

Em 1900, ela trabalhou na Scuola Magistrale Ortofrênica, instituto encarregado da formação dos educadores das escolas para crianças deficientes e retardadas mentais. Após ter estudado pedagogia, ocupou-se da modernização de um bairro pobre de Roma, San Lorenzo, encarregando-se da educação das crianças. Para atender às suas necessidades, ela fundou uma casa das crianças (Casa dei Bambini) onde estas podiam aprender a conhecer o mundo, e a desenvolver sua aptidão para organizar a própria existência. (MONTESSORI, s.d, p. 13) (não tem parágrafo em citação direta; inserir o ano da obra)

Cursou pedagogia para estar mais perto de crianças com retardos. Tornou-se diretora em uma escola Ortofrênica aprofundando seus conhecimentos sobre pedagogia, também em 1904 passou a ser professora na Escola de Pedagogia da Universidade de Roma. Com toda essa experiência moldou um método revolucionário no tempo que vivia, baseado em confiança nas crianças, acreditava que não deveriam ser cobrados, recompensados e explorados, deveriam se mover através de sua curiosidade, sendo respeitados sem interferências, deixando os livres em um ambiente totalmente preparado para eles. (citar autor)

Seu esforço trouxe resultados surpreendentes. As crianças que eram expostas ao seu método que eram taxadas como não educáveis na época conseguiram atingir um desempenho igual ou até superior da média nacional comparado com as ditas crianças normais. Todos ao seu redor ficaram admirados com seus esforços, mas ela não.

Esses resultados pareciam quase um milagre para quem os via. Para mim, no entanto, os meninos do hospício só foram capazes de competir com as crianças normais porque foram ensinados de um jeito diferente. Eles foram ajudados em seu desenvolvimento, enquanto as crianças normais tinham sido sufocadas, impedidas. […] Enquanto todos admiravam o progresso dos meus… eu procurava pelas razões que podiam manter as crianças saudáveis e felizes das escolas comuns em um plano tão inferior, que pudessem ser igualadas em testes de inteligência com meus pobres alunos. (MONTESSORI, s.d, p.38)

Pode parecer discriminatória e preconceituosa essa colocação (mudar redação), porém é preciso levar em consideração como as crianças com deficiências eram tratadas nessa época, abandonadas e proibidas de frequentar escolas. Montessori defendia uma instituição especializada para essas crianças, e que também escolas “normais” estivessem preparadas para recebê-las.

Hoje, isso não é mais suficiente. Graças ao trabalho e à fibra de Maria Montessori, superamos seus desejos e hoje queremos mais: que as crianças com deficiência sejam incluídas em todos os ambientes, junto com as outras crianças, e com a atenção e as estratégias didáticas e pedagógicas necessárias para seu desenvolvimento. Se podemos querer isso hoje, é porque o absurdo de se aceitar o abandono e a negligência foi suplantado pelo trabalho de Maria Montessori. (TRABALZINI, p.19) (colocar ano da obra)

Utilizar mais vezes o pensamento do autor (a) acima

Em 1907, Maria Montessori abriu em um dos bairros mais pobres de Roma a sua primeira escola, Casa Dei Bambini destinada a crianças que eram marginalizadas devido à pobreza extrema. essa escola era adaptada com materiais desenvolvido por ela mesma começou a alfabetização dessas crianças a partir de seu método e observou resultados positivos.

Seu método defende a autonomia da criança. Para a criança ser capaz de desenvolver a autonomia necessidade de um ambiente preparado e adaptado às suas necessidades e limitações Röhrs (2010, p...), destaca que “O conceito fundamental que sustenta a obra pedagógica de Montessori é que as crianças necessitam de um ambiente apropriado onde possam viver e aprender.”

Montessori defendia a ideia da criança como um ser pensante que precisa que suas necessidades sejam atendidas para poder se desenvolver, defendia sua tese com convicção do que fazia.

O método montessoriano adota o movimento conceitual que parte do concreto ao abstrato, com base na observação e na experiência direta com vistas à descoberta. Para isso, desenvolveu vários materiais