A importancia no movimento na educação

A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO DE BRINCADEIRAS NA ALFABETIZAÇÃO ESCOLAR

Amanda Vittorazzi Curzel ¹

Carla Jacqueline Subtil de Godoy ²

Letícia Mascarello Forlin ³

Maicon Roberto Gruesag ³

Resumo

Palavras chaves:

Introdução

Para a criança, as brincadeiras liberam os estados de prazer, a descontração, e consequentemente, ao surgimento de novas ideias criativas, que atribuem para aprendizagem de novas práticas e interações conscientes e inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida. Por este motivo, este artigo tem por finalidade estabelecer subsídios que permitam saber de que forma as brincadeiras podem contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos que estão no processo de alfabetização.  

Acredita-se que para a maior “assimilação” dos conteúdos propostos nesta faixa etária, a criança necessita do visual e do concreto, sendo assim, será que pode se dizer que os jogos e brincadeiras são importantes para desenvolvimento da área cognitiva? Durante este período, os alunos desenvolvem diversas habilidades, e durante a estimulação pelos jogos e brincadeiras, podem ampliá-los e desenvolve-las, criando, explorando seu corpo, adquirindo raciocino e consequentemente aprendendo.  Os movimentos trabalhados na escola, desde antes da alfabetização, desenvolvem áreas que serão utilizadas futuramente, como noções de espaço, utilização do corpo, socialização entre os grupos, entre outros. A importância desta pesquisa se dá pela necessidade do movimento nesta faixa etária, onde habilidades adquiridas através de várias atividades do cotidiano, farão diferença significativas na sua formação, pois trabalha-se o movimento de diversas formas, através do pegar do lápis, manusear o papel, o caminhar entre outros.

 

Desenvolvimento

Este presente artigo releva a importância que são os jogos na alfabetização escolar. Muitos dos professores utilizam métodos mais lúdicos com seus alunos em alguns momentos na escola. Assim as crianças ficam mais descontraídas, liberam estado de prazer e se encontram desafiadas pela imaginação. Com base nesta afirmação, foi decidido ir em busca destas informações através da escola. Foi observado aula do 1º ano do ensino fundamental, com crianças entre 6 a 7 anos de idade, na Escola Estadual Professor Targa da cidade de Flores da Cunha – RS. Eram 20 crianças na sala de aula, 9 meninas e 11 meninos.

No primeiro dia de observação foi aplicado dois questionários de entrevista (em anexo) onde consta perguntas do grupo para a professora, sobre a importância do lúdico no cotidiano escolar e o outro é um relatório de observação em que o próprio grupo respondeu sobre a observação feita na escola. A aula que estava sendo trabalhada, era uma aula de Educação Física, onde a professora de sala de aula que é formada em pedagogia, ministrava a própria aula. Ela estava trabalhando equilíbrio, onde utilizou saquinhos de areia. No fundo da quadra em uma fila um do lado do outro, as crianças equilibravam os sacos no pé esquerdo e depois no direito, em cima da mão com a palma para baixo direita e esquerda, e por último em cima da cabeça. Lembrando que as crianças, iam e voltavam de uma lado a outro da quadra. O próximo exercício era revezamento, competição para motivar os alunos. Dividimos em duas equipes mistas, e utilizando um bastão, com uma coluna de alunos postos de um lado e outro na quadra. Eles deviam correr para pegar o bastão, voltar e entregar ao colega, o próximo devia pegar e ir até o outro lado e deixar o bastão no chão, para que o próximo pegue e continue a brincadeira. A última brincadeira era no mesmo estilo, porem a criança que pegava o bastão, devia se pôr a frente de sua coluna e passar por cima da cabeça até que a última criança pegue-o e leve de volta para sua colocação inicial para assim dar sequência a brincadeira. Depois disso, aplicamos o questionário a professora e foi conversado com ela sobre a turma, como que eles estão em relação a coordenação motora fina. Que segundo GUARDIA (1993), o desenvolvimento da coordenação motora fina compreende algumas modalidades e uma variedade muito grande de movimentos, que aparecem normalmente em situações reais e espontâneas em atividades programadas com diferentes modalidades, como também pode ser exercitado intencionalmente através de movimentos propostos com esse objetivo específico. O equilíbrio continua a ser desenvolvido ao nível dos pequenos movimentos, e a lateralidade como também a orientação espaço-lateral já começaram a se refletir nos trabalhos produzidos pelas crianças.

No segundo dia de observação com a mesma turma de primeiro ano, desenvolvemos um pequeno plano de aula para aplicar a turma de primeiro ano. Com aproximadamente vinte minutos, três atividades, onde o objetivo é englobar a coordenação motora ampla e fina, atenção, memória, agilidade, disposição e fazer uma relação direta com o que foi trabalhado em sala de aula. O plano de aula que foi aplicado era dividido em três momentos, o aquecimento, desenvolvimento e volta a calma. Como primeira atividade de aquecimento, foi aplicado a turma a clássica corrida do pega pega, porém o pegador ao encostar em um colega, o mesmo tem que dar a mão para o pegador e os dois irão ser os pegadores. Assim sucessivamente irá se formar uma corrente com todos os alunos pegos. Foi limitado um espaço na quadra para facilitar a brincadeira e fazer com que não fique alunos parados pela mesma. Esta brincadeira trabalha principalmente a corrida, velocidade e até mesmo estratégia entre a corrente para pegar os alunos que ainda faltam. Quanto mais alunos na corrente, mais difícil fica de correr, por isso eles devem entrar em acordo por qual caminho devem seguir. O interessante é que nesta brincadeira os alunos de 1º ano, realmente conversavam entre eles para ver aonde que ia ser melhor correr para pegar os próximos, cooperaram com os colegas e souberam trabalhar como uma grande corrente. Respeitaram os espaços delimitados na quadra e aqueceram seu corpo.

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